Hoje é dia de 500 – 20 anos de “Rebelde” México!
O Hoje é dia de NOVELA está completando
500 postagens! E para comemorar mais essa conquista, trago um texto especial
sobre o fenômeno “Rebelde”, a versão
mexicana da novela argentina “Rebelde
Way”, de Cris Morena. O enorme sucesso da novela, que completa 20 anos no
dia 4 de outubro, fez com que seus protagonistas saíssem da tela para ganhar os
palcos com a RBD, banda formada na
trama e que virou uma febre que dura até hoje – sim, até hoje, haja visto o
sucesso da recente turnê do grupo quando os integrantes resolveram se reunir
para dar um mimo para os fãs, após
mais de uma década do fim da banda. E que mimo,
hein? Dessa vez, não tivemos Alfonso Herrera junto com os demais, e nós
respeitamos a decisão do artista de não fazer parte do projeto, já que sua
experiência como integrante do RBD
não foi das melhores, como nós fãs sabemos.
Com uma
estreia em 4 de outubro de 2004, nascia então uma das novelas juvenis de maior sucesso da Televisa, vendida para muitos países e
tendo êxito em cada um deles, principalmente nos países da América Latina. No
Brasil, a trama escrita por Pedro Damián e seus colaboradores, livremente
inspirada na obra de Cris Morena, teve um sucesso arrebatador… e os fãs
permanecem fiéis até hoje – “Y soy rebelde”. Ao longo de suas três temporadas,
contabilizando 440 capítulos, “Rebelde”
se consolidou com suas tramas que abordavam os tabus e descobertas da
adolescência, muito romance, vilanias, intrigas e, claro, muita música. Todos
os clichês novelísticos, colocados no universo juvenil da época da novela,
resultaram no êxito da trama adolescente.
Em paralelo
ao que assistíamos na tevê, tínhamos o RBD
também se consolidando como banda, com suas músicas viciantes que caíram no
gosto da juventude dos anos 2000. Eu amo escutar os álbuns até hoje, e creio que
vou amar para sempre, já que tanto a novela quanto a banda fizeram parte de uma fase sonhadora da minha vida. E como toda
novela teen de sucesso, “Rebelde” também deixou sua marca na
moda, com os looks descolados dos
personagens dentro e fora do Elite Way
School, o semi-internato que é o principal cenário onde se desenvolvem as
tramas da novela. Botas, terninhos, minissaias e a famosa gravata vermelha
ganharam espaço no guarda-roupa de muitos jovens, sem falar naquele detalhe que
não podia faltar para compor o visual: a estrelinha que a protagonista Mia
Colucci usava na testa. O estilo Rebelde
estava em alta.
Falando em protagonista,
a novela tinha vários, e todos, de alguma forma, agradaram o público, como a
patricinha Mia Colucci, a rebelde Roberta Pardo, o vingativo Miguel Arango, o
problemático Diego Bustamante, a doce e meiga Guadalupe (Lupita) Fernández e o
vaidoso Giovanni Méndez… e foram inúmeras as histórias que eles contaram, nos
divertindo e nos emocionando – nostalgia resume bem o que sinto por “Rebelde”. Entre os temas polêmicos
retratados na novela, temos discussões como sexo, álcool, drogas, bullying, distúrbios alimentares, relações
familiares e muitos outros do universo adolescente, o que naturalmente chamou a
atenção desse público e fez com que milhões de expectadores tivessem uma
identificação quase que imediata com as tramas e os personagens de “Rebelde”.
E é claro
que não podia faltar os diversos romances que nasceram nos corredores do Elite Way
School, embalados pelas canções de sucesso do RBD… inúmeras canções de sucesso. Diante de tanto êxito, e deixando
uma saudade imensa, “Rebelde” é
lembrada carinhosamente pelo seu público-alvo da época – eu ainda escuto RBD e, recentemente, estou reassistindo
a novela através dos DVDs lançados pela Televisa.
Definitivamente, bate aquela saudade enorme, mas também enxergamos que algumas
coisas não envelheceram tão bem assim, e, então, precisamos fechar os olhos se
quisermos continuar curtindo a novela (hahahahahaha)
– e eu entendo que era o comportamento da época. Como gay, eu sinto muito pelo fato de a novela não ter casais LGBTs, e sabemos muito bem que há vinte
anos a sociedade conservadora do México não aceitaria personagens gays… uma lástima, porque o universo LGBT+ já não era um tabu em séries
norte-americanas há um bom tempo, por exemplo.
Parte do
mundo já encarava com naturalidade.
Contudo, “Rebelde” tem seu espaço e importância
na teledramaturgia e na cultura pop mundial,
e ter o Christian Chávez, intérprete do protagonista Giovanni, abertamente gay, já é uma vitória para nós. Com o
fim da novela, os protagonistas de “Rebelde”
ainda protagonizaram a série “RBD: La
Familia”, também criada por Pedro Damián e produzida pela Televisa, contando com apenas 13
episódios que mostravam, de maneira fictícia, a vida dos integrantes do RBD. Com a finalização de toda essa
parte dramatúrgica, o RBD conseguiu
se manter em evidência por mais algum tempo até que o inevitável aconteceu: o
fim do grupo e o desenvolvimento da carreira solo dos integrantes do mesmo, e
cada um seguiu seu caminho, deixando saudades e muito amor e carinho tanto pela
novela quanto pela banda.
Uma nova
tentativa de chamar a atenção do público, usando a força do nome Rebelde, veio em 2022, quando a Netflix lançou uma série de mesmo nome e
no mesmo cenário em que se passava a novela mexicana. Embora com outros
personagens, um tom mais pesado e tramas diferentes, a série não agradou e
apenas conseguiu, aos trancos e barrancos, sem um público muito interessado, se
sustentar por duas temporadas, até porque, a meu ver, ninguém supera o carisma
de Anahí, Alfonso Herrera, Dulce María, Christopher Uckermann, Maite Perroni e
Christian Chávez. Eles são a cara de “Rebelde”,
não tem jeito. Foram eles que contribuíram para o grande sucesso que foi a
novela e a banda. Por causa deles uma geração inteira foi e sempre será Rebelde! Rebelde para siempre!
“Y soy rebelde, cuando no sigo a los
demás…”
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