Último Capítulo de “Mulheres de Areia” (25 de setembro de 1993)
“Eu te amo!” “Eu também te amo, muito.
Pra sempre.”
Uma novela
linda, de grande sucesso, personagens carismáticos, cenas marcantes e tramas
redondinhas, do jeito que o público dos anos 1990 amava – e o de agora também,
convenhamos. Um clássico! Uma novela tão marcante que até mesmo quem não viu
conhece bem a história das gêmeas mais famosas da teledramaturgia brasileira.
Ruth e Raquel são ícones, e nenhuma outra história de gêmeas nas novelas se compara
e tem o mesmo carisma que a delas. Sucesso absoluto. Porém, não acho o último
capítulo tão empolgante quanto a novela em geral. Não há nenhuma grande
reviravolta, uma grande revelação ou coisas impactantes para o desfecho de um
folhetim, praticamente tudo já havia se resolvido nos capítulos anteriores. E
só o que faltava eram algumas pitadas para a conclusão. Para este último
capítulo, restava descobrirmos como Ruth e Marcos ficariam juntos após a última
grande armação de Raquel.
Então, Marcos
vai falar com Ruth, porque soube que ela foi procurá-lo e ele quer saber o
motivo. Assim, é esclarecido que ela foi buscar por ele, no aeroporto, no dia
errado, porque Marcos partiria para fora do Brasil somente no dia seguinte. Logo,
Ruth conta que Raquel deu a ele um calmante para armar aquela cena em que ela
flagrou os dois na cama, e é assim que a verdade vem à tona. Ela pede perdão
por não ter acredita nele e ele a leva, às pressas, no meio da noite, para um
passeio de barco onde os dois terminam vivendo uma noite romântica numa casa na
ilha – bem coisa de final de novela. Finalmente o final feliz do casal
protagonista. Mencionando a conclusão de outras tramas neste último capítulo,
Glorinha sofre com a decisão de Tonho da Lua de partir com o circo. É difícil
para ela ter que deixar o irmão ir embora, mas é o que ele deseja e não há o
que fazer. E veríamos, mais adiante, nos minutos finais do capítulo, uma cena
triste da Alzira sofrendo com a ausência de Tonho.
Na cadeia,
Donato está cumprindo sua sentença por seus crimes, além de continuar
planejando uma fuga – ele não desiste. Em outra trama, Juju deu seu jeitinho de
fisgar um ricaço: ela está de casamento marcado com um grande fazendeiro. E há
uma cena em que ela comenta com Clarita o quanto Andrea está comendo o pão que
o diabo amassou em seu casamento com Giacomini, e sobre o quanto ele a proíbe
de comprar até mesmo um sabonete e de colocar os pés fora de casa sem sua permissão
– Andrea mirou na fortuna e acertou na miséria (rs). Zé Luís se casa com Carola
e é feliz com ela, além de perdoar César e sanar suas desavenças com o irmão.
Manuela se acerta com Zé Pedro e Tônia com sua paixão do passado, o gato do
Victor – Oscar Magrini estava lindíssimo nessa novela. Na fazenda, a turma da Malu
chega para seu chá de bebê e Alaor não curte muito essa invasão enquanto
toda a galera se diverte. Gente, o Alaor às vezes é chato pra kralho.
Antes de Tonho partir com o circo, Servílio, Chico Belo e Do Carmo dão a ele uma sela para o Atrevido e uma roupa para ele usar em seu número no circo – uma cena fofa. E então, depois disso, chega a hora de ele seguir seu caminho e ser feliz com sua decisão. De volta à fazenda, Malu e Alaor precisam se acertar diante da última treta por causa da visita dos amigos dela. O caubói compreende que “a beleza do cavalo selvagem é ser livre” e que precisa aceitá-la como ela é. Malu, por sua vez, também o compreende. E ambos aceitam que precisam de um equilíbrio na relação. Ela pede desculpas por tantas provocações e promete que, de agora em diante, vai fazer de tudo para agradá-lo – Aff! Sem bancar a submissa, Malu, por favor. E ela decide mudar até o seu estilo para agradar Alaor, fazendo a linha camponesa de pé descalço, sem vaidade, cabelo diferente e vestidinho branco – Fala sério.
No entanto, Alaor
enxerga que aquela não é a Malu por quem se apaixonou, que não é a sua Malu. Então,
ele dá razão à Celina: “O cavalo selvagem, quando ele é domado, perde um pouco
do encanto – “A gente briga, quebra o pau, mas eu prefiro a minha maluquinha”
(ainda bem, porque uma nova Malu, mudando de visual e de personalidade para
agradar homem, descaracterizaria a personagem. A parte do equilíbrio na relação
eu concordo, agora uma outra Malu não dá, né? Essa atitude dela não cairia bem
numa novela atual. Porém, no fim das contas, eles se entendem de vez e vivem
felizes para sempre, sem que ninguém tenha domado ninguém, ou talvez até tenha,
com a ajuda do amor, que, depois de tudo, foi quem acabou domando de verdade. A
cena final de “Mulheres de Areia” é com Ruth e Marcos, mostrando o quão
estão realizados, conquistando o final feliz e mais apaixonados do que nunca – “Eu
te amo” “Eu também te amo, muito. Pra sempre”.
Como já
mencionei, é uma novela linda, mas o último capítulo não tem nada de mais e não
é tão empolgante assim. No entanto, é uma novela que sempre vale a pena ver de
novo. Eu adoro.
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