Amar a Morte – A morte de Carla e o sequestro de Lupita

 

“Se estou aqui outra vez, tenho que aproveitar a oportunidade para estar com a minha família”

Eu não faço a menor ideia de qual será o destino dos personagens transmigrados de “Amar a Morte”. Será que todos vão morrer uma segunda vez? Será que terão que viver para sempre no corpo de outra pessoa? Será que retornarão para seus corpos de origem? Bem, só teremos tais respostas ao longo dos capítulos, mas o fato é que eu não esperava que a Carla morresse tão cedo na novela. Ela era uma personagem carismática, com a qual eu me importava e tinha curiosidade em acompanhar sua trama – eu a queria ao menos um pouco mais na história, mas não rolou. Logo no começo da novela, Camilo a vê na rua e nota que ela tem a mariposa tatuada na nuca, a marca dos transmigrados, a mesma que seu melhor amigo León, no corpo de Chino, também possui. Então, ele a conhece e passa a estudá-la para compreender mais sobre transmigração de almas, e a Carla entra na trama com uma história forte e interessante.

Em sua primeira vida, ela morreu queimada, e agora está no corpo jovem da filha de Pedro, o coveiro que trabalha no mesmo cemitério onde o corpo de León está enterrado. Inicialmente, Carla não quer receber nenhuma ajuda de Camilo, e é aos poucos que ele consegue conquistar a confiança dela. Para ela, é horrível ter que viver no corpo de outra pessoa, porque além de toda a estranheza e pavor, ainda há as dores físicas que o corpo sente por ter a alma de outra pessoa habitando nele. Assim, em uma conversa com Camilo, Carla consegue se abrir e falar sobre sua vida anterior quando se chamava Geraldine, uma mulher que trabalhava em um banco onde era gerente de contas e estava prestes a ser promovida a gerente-geral. Mas seu vício no pôquer estraga tudo. Carla costumava pegar dinheiro do banco para as apostas no jogo e conseguia devolver a quantia sempre que ganhava.

Porém, tudo se complica porque ela resolve apostar com pessoas muito ricas e cai numa armadilha que a faz perder muito dinheiro. Então, o banco se dá conta da enorme quantia que está faltando e a família faz o possível para que ela não termine presa. Desesperada com toda a situação, Carla resolve cometer suicídio, colocando fogo em sua casa e morrendo queimada dentro dela. E assim conhecemos sua história antes da transmigração. Reencarnada como Carla, ao contar para Pedro que não é sua filha, e falar sobre transmigração de almas, obviamente, tudo fica muito confuso para ele compreender, o que, por sinal, é muito compreensível, mas os dois constroem uma boa relação dentro do possível. O vício no pôquer continua, e ela é uma boa jogadora que se dá bem algumas vezes.

Só que nem todo dia é dia de ganhar, e as coisas voltam a se complicar também nesta vida quando Carla se vê envolvida com o criminoso Ruso, que não aceita perder para ela e a impede de levar a grana que ganhou dele no jogo. Logo, para reaver seu dinheiro, Carla volta ao clube de jogos clandestinos, ameaça um dos funcionários com uma arma e consegue pegar sua grana. Ela é corajosa o suficiente para fazer tal coisa e desafiar Ruso, mas ele revida, usando de violência contra Pedro quando seus homens o agridem covardemente. Carla se preocupa com ele, até porque os dois acabaram criando uma boa relação de pai e filha. Eventualmente, em troca de não acabar de vez com ela e Pedro, Ruso quer seu dinheiro de volta, o dinheiro que ele acredita que Carla ganhou no jogo ao roubar nas cartas.

Para colocar um ponto final no problema, Carla resolve enfrentar o criminoso e decide entrar num acordo arriscado com ele para ver quem fica com o dinheiro: se ganhar, ela fica com toda a grana, mas se perder, não saíra do jogo com vida… e ela perde. Nas mãos de Ruso, que está disposto a torturá-la até a morte, Carla se salva com a ajuda de Camilo, que chama a polícia e o inspetor Montilla consegue livrá-la de ser assassinada pelo bando do criminoso. Porém, de uma outra maneira, a Morte não estava longe de chegar até ela. Num outro momento, quando Carla começa a dar sinais de que vai morrer, a tatuagem da mariposa se transforma em uma mariposa real, saindo de sua nuca e voando. Ela volta a se enxergar em sua forma original, e sem entrar em contato com o fogo, seu corpo começa a queimar.

De maneira sobrenatural, a casa em que vivia com Pedro é tomada pelas chamas e ela morre queimada, da mesma maneira que morreu pela primeira vez quando cometeu suicídio. E uma das coisas mais tristes é ver que ela não teve o tempo que gostaria para se reaproximar de seu marido e de sua filha. Como Carla, ela vinha conquistando essa reaproximação aos poucos, e a relação dos três estava crescendo novamente. Sua filha Mónica estava adorando conhecer a nova namorada do pai enquanto ele estava se envolvendo novamente com a esposa, sem nem imaginar que Carla era Geraldine. Assim, eles e Pedro lamentam a morte dela. Por fim, Camilo começa a acreditar que os transmigrados tenham pouco tempo de vida, e que podem morrer como da primeira vez, já que Carla tinha apenas um ano de transmigrada e tornou a morrer queimada. E se assim for, León, no corpo de Chino, poderá novamente ser assassinado.

Quanto ao sequestro de Lupita, algumas coisas acontecem antes que ela seja levada pelos homens de Alacrán. Quando León descobre que Fabián está no México, querendo distribuir fotos de Chino por toda parte, para encontrá-lo, ele resolve telefonar para o filho do juiz e, se passando por Chino, diz que está nos Estados Unidos, em frente à casa de Fabián e vigiando sua família. Então, temendo pela segurança da esposa e do filho, Fabián retorna ao Texas para proteger a família, encontrar Chino e vingar a morte do pai – e esse é um plot bem chatinho, porque Fabián nunca avança em sua tentativa de acabar com o homem que assassinou seu pai. Essa é uma vingança prometida por ele desde o primeiro capítulo da novela, mas até agora nada, e já estou próximo do capítulo 60 de uma novela de 87. Nesse meio tempo, temos a Eva evitando o Mateo porque é apaixonada pelo amante, Alacrán. E sinceramente, eu não sei como ela pode preferir o narcotraficante ao marido maravilhoso que tem.

Enfim! São escolhas.

Contudo, ela não consegue evitar que Mateo consiga publicar mais um artigo sobre o amante: “Alacrán, o temido assassino do cartel de La Sierra”. Ao saber da notícia, Eva tenta conter Mateo no que diz respeito a continuar investigando o cartel que Alacrán faz parte, inventando desculpas como não querer que tanto ela quanto o marido acabem assassinados. Logo, essa desavença se torna mais um problema no casamento que já não anda bem há um bom tempo, e ela confessa para o marido que está cansada dele – o meu desejo é que o Mateo realmente possa encontrar alguém que o ame de verdade e saiba dar valor às qualidades que ele tem. No entanto, com mais uma reportagem que deixa o cartel de La Sierra em evidência, enquanto o dos Armenta se saiu como bonzinho após a entrevista de Servando para Lucía, Alacrán decide promover um massacre contra o cartel rival, assassinado vários jogadores do clube de futebol que pertence ao cartel de Los Armenta.

Agora, os cartéis estão em pé de guerra, porque Servando quer vingança.

Disposto a salvar a vida de Javier, Beltrán/Chino, juntamente com Bárbara, volta a San Antonio para pegar a maleta com um milhão de dólares e, assim, pagar o tratamento do garoto: a maleta que ele roubou do cartel de La Sierra e que deixou enterrada em um local seguro. Mas os dois encontram alguns obstáculos pelo caminho. Os homens de Alacrán estão esperando por qualquer sinal de Chino para fazê-lo pagar pela traição ao cartel, e quando ele e Bárbara desenterram a maleta, eles são abordados por dois criminosos do narcotraficante, que exigem a maleta. A Bárbara entrou nessa pelo dinheiro, mas a coitada passa por poucas e boas diante dos perigos que tem que enfrentar ao lado de Beltrán para conseguirem ficar com a grana… e olha que é cada uma – a pobre fica toda c*gada de cinco em cinco minutos. (hahahahahaha) Naturalmente, por ser um assassino profissional, Chino mata os dois bandidos e consegue recuperar a maleta, mas esse não é o fim dos problemas.

Os comparsas de Alacrán estão de vigia no trailer de Chino, e eles invadem o lugar quando sabem que há alguém dentro. Então, eles rendem Chino, que, no corpo de Beltrán, consegue se livrar inventando estar ali pelo interesse em comprar o trailer que está à venda, dizendo que conheceu Lupita e que ela deu as chaves… e ele ainda consegue convencer os bandidos de que é realmente Beltrán Camacho, professor de Antropologia. Depois, Fabián também invade o trailer atrás de Chino, e próprio Chino dá a Fábian a mesma desculpa que deu aos homens de Alacrán. Assim, no corpo de Beltrán, é mais fácil para ele se passar por outra pessoa sem levantar suspeitas de que é realmente ele, Chino Valdés, quem está de volta ao Texas. Antes de tudo isso, ele se encontrou com Fabián no aeroporto quando os dois estavam embarcando para os Estados Unidos, e foi divertido vê-lo rindo do filho do juiz que ele assassinou, porque agora está em outro corpo e Fabián jamais desconfiaria que estava diante do assassino de seu pai. (hahahahaha)

E o Chino se diverte com tudo isso.

Capítulos antes de seu sequestro, Lupita tem a genial ideia de distribuir cartazes de Chino pela cidade a fim de tentar encontrá-lo, mas tudo o que ela consegue é atrair o cartel de La Sierra – gente do céu, isso foi burrice. Como é que ela me espalha cartazes do Chino e ainda coloca seu número de telefone para contato? Lupita sabe que meio mundo quer a cabeça dele numa bandeja de prata. Definitivamente, ela estava pedindo para ser encontrada por Alacrán. E é exatamente isso que acontece quando o cartel de La Sierra cria uma armadilha para ela. Lupita recebe uma ligação de alguém que supostamente sabe o paradeiro de Chino e resolve averiguar. E por muito pouco não é sequestrada pelos narcos do cartel, mas isso também não tarda a acontecer porque, eventualmente, eles descobrem onde Lupita está e a levam à forca, sem que ninguém consiga impedir, nem mesmo o Panchito, que tenta livrá-la do sequestro.

No Texas, Chino enfrenta outros bandidos que tentam roubar a maleta com os dólares porque percebem que ele está carregando algo valioso. Primeiro, ele consegue acabar com um deles. Depois, com o segundo, ele se livra de ser roubado por ser salvo pela Bárbara, que golpeia o criminoso e ajuda o amigo – pelo jeito, ela aprendeu alguma coisa após ter passado por alguns perrengues com Beltrán/Chino e sua vida no crime. (rs) No cativeiro, Lupita passa por muitos momentos de aflição e tortura psicológica nas mãos de Alacrán e seus comparsas. Ela sofre até uma tentativa de estupro – o que é um horror! Com a mãe nas mãos do cartel de La Sierra, Juliana está desesperada e Valentina resolve ajudar quando Alacrán exige uma matéria sobre o sequestro, no jornal do Grupo Carvajal, para atrair Chino: “Cartel exige entrega de El Chino Valdés para libertar mulher sequestrada”.

Então, com a ajuda de Mateo, Valentina consegue fazer com que a matéria saia nos jornais conforme Alacrán ordenou para poupar, por enquanto, a vida de Lupita.

Contando que Chino irá ver a matéria, e se entregar em troca da vida da esposa, Alacrán se prepara para pegá-lo. Logo, quando Chino fica sabendo que Lupita está sob o domínio do cartel, ele entra em contato para fazer o acordo e, assim, salvá-la. E ele só vê uma saída para isso: matar Alacrán. Dessa maneira, os dois tentam enganar um ao outro, porque Chino planeja não se entregar, assassinar o inimigo e recuperar a esposa, enquanto Alacrán não pretende levar Lupita ao encontro e surpreender o inimigo. Assim, tudo o que temos é uma sequência maravilhosa de troca de tiros e os dois percebendo que caíram numa armadilha. E quando Chino foge de Alacrán, o narcotraficante ordena que seus homens matem Lupita. Eventualmente, ela consegue escapar do cativeiro, mas é perseguida pelos criminosos do cartel e Mugres consegue atirar nela.

E Lupita só se salva de levar mais tiros porque a polícia está passando pelo local e os narcos fogem.

No hospital, ela está entre a vida e a morte e passa por uma cirurgia delicada. Enquanto isso, os narcotraficantes do cartel de La Sierra sequestram e torturam Panchito, a fim de saber se Lupita ainda está viva… e ele resiste à tortura – eu não tenho o menor entusiasmo nesse quase romance de Lupita e Panchito, e também não acredito que isso dê em algo interessante, mas não posso negar que ele faria todo o possível para protegê-la. De volta ao México, agora, Chino tem o dinheiro para o tratamento de Javier… e pode ser que, com isso, o garoto consiga realizar o transplante que precisa para ficar bom. O Chino se apegou ao filho de Beltrán, e vê-lo cuidando do menino, como um verdadeiro pai, é uma das coisas mais legais no personagem. Ainda no hospital, León vê um dos homens de Alacrán e fica em alerta, algo de muito ruim pode acontecer com Lupita se as coisas saírem do controle.

Quando Chino faz uma visita a ela, ele se apresenta como um bom amigo e, em seguida, eles são rendidos por um dos narcotraficantes de Alacrán. Assim, a vida dos dois corre perigo por alguns segundos, porque Chino consegue impedir que o pior aconteça à Lupita quando rende o criminoso. Enquanto isso, León luta com o outro bandido e também consegue se sair bem. Logo, no fim das contas, os dois salvam Lupita de ser assassinada. Por fim, para convencer o cartel de La Sierra de que Lupita está morta, León tem uma ideia genial e conta com a ajuda de Juliana, Valentina e uma enfermeira para executar o plano: maquiar Lupita para que pareça um cadáver e colocar sua foto, supostamente morta, nos arquivos do hospital. Então, quando Mugres consegue ter acesso a um dos computadores, ele tem a certeza de que Lupita realmente morreu por conta do tiro ele lhe acertou.

E, por enquanto, ela está a salvo de qualquer perigo que Alacrán e seus homens possam representar.

Para mais postagens de Amar a Morte, clique aqui.