20 anos da estreia de “One Tree Hill” (23/09/2003)

 

“O meu passado não é o seu futuro, okay?”

Minha série teen favorita completou 20 aninhos no último dia 23! E é claro que eu não poderia deixar de registrar esse momento aqui no Hoje é dia de NOVELA. “One Tree Hill” (no Brasil, “Lances da Vida” – eu sei, esse título não é muito bom hahahahaha) é mais uma série sobre adolescentes e seus dilemas, amores, conflitos e descobertas, mas, em minha opinião, de todas as que assisti do gênero, ela é a que mais me cativou por tratar esses temas de maneira profunda, coerente e de maneira aberta e muito sólida. É possível que, reassistindo aos episódios, eu encontre inúmeros problemas e tramas que não envelheceram bem, o que é muito comum em qualquer obra mais antiga. Mas tudo bem, a nostalgia me fará passar alguns panos. (rs)

Além da consistência das hitórias dos personagens adolescentes, temos, também, tramas adultas que foram bem exploradas na série, e isso me faz enxergar que “One Tree Hill” não estava apenas preocupada em entregar clichês adolescentes… e eu sempre achei isso muito genial. Com um elenco muito carismático (tenho um crush no Chad Michael Murray até hoje – não pesquisei, mas espero que ele não tenha sido cancelado nenhuma vez kkkkkkkkk), tramas gostosinhas de acompanhar e um visual aconchegante, “One Tree Hill” permanece muito amada pelos fãs até hoje. E como é a minha série teen favorita, esse é um texto bem pessoal sobre o piloto e sobre a primeira temporada, porque continuarei assistindo e fazendo reviews.

Reassistir ao primeiro episódio despertou o adolescente que ainda vive em mim (rs) – e olha que eu já não era adolescente quando comecei a acompanhar a série. Creio que por conta disso sempre enxerguei “One Tree Hill” com um olhar mais maduro. Neste episódio piloto, mergulhamos no universo da pequena cidade de Tree Hill, no colégio de mesmo nome e, claro, na vida dos nossos queridos personagens que, de cara, nos despejam uma avalanche de conflitos que serão trabalhados ao longo de inúmeras temporadas – ah, e que delícia foi revisitar o Karen’s Cafe, um dos cenários aconchegantes da série. Eu vivia querendo fazer uma refeição e tomar um café lá. (rs)

Lucas (Luke) e Nathan (Nate) são meios-irmãos e filhos de Dan Scott, o escroto que prefere não reconhecer Lucas como filho de seu relacionamento adolescente com a mãe dele, a maravilhosa Karen. (S2) Por outro lado, Dan projeta todo o sonho que não conquistou como jogador de basquete em cima de Nathan, o filho que ele ama e quer que tenha um futuro brilhante no esporte. Só que toda essa projeção está sufocando Nate, que, com o exemplo de pai que tem, também é um adolescente com algumas atitudes imbecis e se acha o melhor em tudo o que faz – o Nathan é bem babaca antes de começar a se envolver com a incrível Haley.

O episódio começa com Nathan arrasando nas quadras como titular dos Ravens durante um jogo acirrado, enquanto Lucas curte seu jogo na quadra do parque: dois irmãos, dois mundos completamente diferentes. Mas como Nate se acha um máximo, o treinador Whitey resolve tirá-lo do jogo por conta de sua soberba, mas o coloca de volta quando o time começa a perder para os adversários… afinal, ninguém é melhor que Nathan Scott, e eles vencem o jogo com as sensacionais jogadas dele. Pelas ruas de Tree Hill, enquanto Nate e seus amigos comemoram a vitória, dirigindo o ônibus que roubaram do colégio, Peyton se distrai no volante de seu carro e quase atropela Lucas.

Então, os olhares deles se encontram e Peyton faz aquela cara de insuportável para o Luke depois do susto, porque não está nem aí pra ele enquanto ele é apaixonado por ela, justamente por ela, a namorada de Nathan – quer coisa mais clichê em série adolescente do que isso? Nate e sua turma acabam se envolvendo em uma encrenca com a polícia por terem roubado o ônibus do colégio e por estarem alcoolizados, o que não dá em nada porque Nathan e alguns de seus amigos têm pais ricos que podem comprar alguns privilégios. Contudo, o incidente pode prejudicar o time de basquete e, consequentemente, a imagem dele, o que acaba gerando uma pequena discussão entre Dan e o treinador Whitey, e não só por isso, mas também por coisas do passado.

Coisas que serão melhor explicadas durante a temporada.

Quando Keith, o irmão de Dan que ama Lucas como um filho, vai falar com Whitey para que ele dê uma vaga para o sobrinho no Ravens, ele consegue levar o treinador para observar Lucas jogando na quadra do parque, e Whitey acaba notando que o garoto é realmente bom – o Keith é outro personagem adorável da série, um tio maravilhoso para o Luke e completamente apaixonado pela Karen. Passamos todo o tempo querendo que os dois deem muito certo, pois se dão bem e o Keith sempre esteve do lado da Karen quando Dan foi um idiota com ela ao abandoná-la com Lucas, no passado.

Mais adiante, Peyton discute com Nathan porque ele a deixou esperando para comemorarem juntos a vitória dos Ravens e porque preferiu estar com os amigos ao invés de estar com ela. E a verdade é que o Nathan é realmente bem babaquinha no começo da série. Ele não trata a Peyton com o devido respeito que ela merece, e ela é uma tonta em aceitar esse relacionamento, digamos, tóxico. Mas é aquela coisa: a líder de torcida tem que namorar o titular do time – mais um grande clichê de séries teens. (rs) Quando Whitey oferece a Luke uma vaga no Ravens, ele recusa, por não querer jogar com os idiotas da escola e também por achar que ali não é o seu lugar.

Então, quando Whitey deixa o uniforme do time na porta da casa de Lucas, ele se sente tentado, experimenta o uniforme, Karen vê e pede para o filho tirar aquela roupa, porque vê-lo vestido assim a faz relembrar coisas traumáticas de seu passado com Dan. Mas ela também não quer que Luke deixe de jogar por conta desse passado – “O meu passado não é o seu futuro, okay?”. A Karen é uma mãe muito maravilhosa! E ela incentiva o filho a entrar no time. Enquanto isso, Dan quer que Nathan desestimule Lucas para que ele não faça parte dos Ravens. E como o Nate é uma sombra do pai, ele faz o que Dan quer quando desafia o meio-irmão para um jogo que, mais adiante, Lucas acaba aceitando…

Se Nathan ganhar, Luke não entra no time, mas se perder, é ele quem sai dos Ravens. E esse é o acordo.

Quando o carro da Peyton estraga no meio da estrada, é o Lucas quem vai socorrê-la. Assim, ele tem a oportunidade de conversar com a garota por quem é apaixonada, ainda que ela não queira papo com ele… pelo menos não por enquanto. Logo, Lucas acaba se abrindo com Peyton e fala sobre o quanto é horrível para ele ser filho de Dan Scott, o cara que já fez sua mãe sofrer muito e que o abandonou junto com ela. Dessa maneira, ainda que Peyton resista e não se mostre interessada, de alguma forma, começa a nascer uma relação entre eles e, ao que tudo indica, ela começa a se sentir atraída por Luke e a enxergá-lo de maneira diferente.

Em seguida, Karen vai dar um aviso ao Dan: que ele pare de atrapalhar a vida de Lucas, do contrário, ela esquecerá toda a cordialidade com que vem tratando ele durante todos esses anos depois de tudo o que ele a fez passar – maravilhosa! Ao aceitar o desafio de Nathan, Lucas deixa claro que quer algo a mais se vencer a disputa, o que nos faz acreditar que ele quer a Peyton. Na noite do jogo, Nate é mais uma vez idiota com Peyton e diz a ela que a apostou com Luke – gente, definitivamente não dá para gostar do Nathan nesse comecinho de série. Durante o desafio, Nathan não quer ficar por baixo e ele e Lucas se envolvem numa disputa acirrada, fazendo grandes jogadas e arrasando nos lances do basquete na quadra do parque para ver quem é o melhor… e o Nathan tenta desestabilizar Luke quando lhe dá uma cotovelada na cara.

Sem tempo para revidar, Luke se concentra no mano a mano e vence Nathan, e então descobrimos que a aposta não tinha nada a ver com Peyton quando ela o questiona sobre isso e ele revela que, se ganhasse, Nathan continuaria no time, porque Lucas sabe que isso é a última coisa que seu meio-irmão quer. Além do mais, Nathan quer deixar de fazer tudo o que Dan manda e de ser a sombra do pai. Então, ter que estar no mesmo time que Lucas é praticamente um castigo para ele. Agora, os dois estão no Ravens e terão que aprender a conviver em equipe. Será que isso vai dar certo? Ai, gente, que delícia está sendo reassistir “One Tree Hill”. Que nostalgia maravilhosa!

Só não faço aquela maratona porque agora escrevo reviews para o blog, do contrário… (hahahahaha)

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