Mulheres de Areia – A revelação de Ruth
“Eu não sou a Raquel”
Na tentativa
de defender Marcos, o principal suspeito pelo assassinato de Wanderlei, Rutinha
acabou se dando muito mal ao se declarar culpada. Com isso, Marcos tenta fazer
com que o delegado Rodrigo abra um inquérito, porque Raquel/Ruth deu um falso
depoimento. Mas todas as tentativas de livrá-la de um julgamento não dão certo…
e Ruth, como Raquel, vai parar no banco dos réus. Antes disso, Virgílio tenta
prejudicar a nora quando diz coisas horríveis sobre o caráter de Raquel para o
Dr. Otacílio Galvão, a fim de que o renomado advogado de defesa veja o quanto
ela não é inocente e desista do caso, mas isso não acontece. Por outro lado, a
verdadeira Raquel segue firme em seus planos de vingança contra seus inimigos,
e, dessa vez, ela conta para Zé Luís o quanto César já foi péssimo com Ruth,
revelando que a irmã teve um filho dele e que ele a abandonou e foi um grande
canalha com ela.
Então, Zé
Luís passa a odiar o irmão por essa atitude monstruosa, e imagem de herói, que
ele tinha de César, não existe mais. E a relação dos dois é completamente
abalada – ponto para Raquel. Assim, César culpa a Raquel errada pela intriga e
acaba descontando sua raiva em Ruth, que não entende o motivo daquele destempero
todo dele. E quando Marcos vê o canalha agredindo Ruth, ele não hesita e dá uma
surra em César – bem feito, mais que merecido. Devia ter agredido mais.
Voltando à trama do assassinato de Wanderlei, o laudo afirma que o vigarista
foi morto com uma pancada na cabeça, e que só depois foi baleado. E essa pode
ser uma prova a favor de Raquel no julgamento. Depois, ela tem mais uma prova
que poderá inocentá-la quando Marujo e Tonho da Lua vão até Otacílio Galvão e
contam ao criminalista sobre suas suspeitas de que Donato pode ter assassinado
Wanderlei, porque o vigarista tirava muito dinheiro do vilão por saber que ele
assassinou o pai de Tonho da Lua.
Assim, eles
mostram para Otacílo os negativos das fotos que Wanderlei tirou de Donato
empurrando o pai de Tonho das pedras. No julgamento, Raquel se recusa a falar
sobre seu envolvimento com o vigarista. E durante seu testemunho, Donato nega
que esteve com Wanderlei no dia do crime, mas um objeto de Tonho, que ele havia
roubado para si, foi encontrado no quarto da vítima e a história da foto do
vilão empurrando o pai de Da Lua das pedras vem à tona. Otacílio questiona se
Donato não esteve no local do crime para recuperar os negativos que estavam com
Wanderlei… e Donato acaba confessando que esteve com o vigarista, mas que ele
já estava morto quando chegou no quarto. Então, Tonho acusa o padrasto, e mesmo
que Donato não seja culpado pela morte de Wanderlei, ao menos pela morte do pai
de Tonho da Lua ele é. E as coisas ainda vão se complicar para o vilão.
Quando chega
o momento de Vilma depor, ela tem certeza de que não foi Raquel quem assassinou
Wanderlei, e não consegue esconder que tinha um caso com o trambiqueiro.
Otacílio a acusa, e Vilma se defende porque tem um suposto álibi: estava
trabalhando no bar do Alemão no momento do crime. O depoimento de Vasco ajuda o
promotor a colocar Raquel numa situação de risco, pois ele afirma que ela
esteve no hotel em busca de Wanderlei. E o promotor é ferrenho, já que Raquel
confessou o crime e agora está alegando inocência, simplesmente porque se
cansou do amante por causa da fortuna do marido, Marcos Assunção, e Wanderlei
era uma pedra no caminho de seus planos. Logo, Ruth não aguenta tanta pressão e
revela que não é Raquel, pegando todos de surpresa e movimentando ainda mais o
tribunal (Eita!) – “Eu não sou a Raquel”. E própria Raquel está presente, sentadinha,
quietinha e assistindo a tudo, disfarçada com sua peruquinha e seus óculos
escuros (hahahahaha).
Dessa maneira,
Ruth defende Marcos, dizendo que ele nunca foi um fraco, que sempre soube quem
ela era e que nunca quis tomar o lugar da irmã. E ela aproveita para acabar com
César na frente de todo mundo ao revelar que é a Ruth que o canalha enganou e
que foi vítima do péssimo caráter dele. Então, ela está desesperada, assumindo
a covardia de não ter revelado a verdadeira identidade e alegando que não matou
Wanderlei, pois nunca esteve no hotel com ele, além de não ter medido as
consequências de ter se passado por Raquel porque só pensou em Marcos. E vemos
o quanto é um alívio para Ruth não ter mais que carregar o peso de uma farsa –
e eu nem preciso falar o quanto Glória Pires arrasou em cena, né? Desde sempre,
uma ótima atriz. Que cena maravilhosa! Porém, o promotor continua interessado
em provar que ela é uma assassina.
Ele alega
que Ruth não se interessava por Wanderlei, pois seu interesse era em Marcos, o
marido da irmã. Mas como era natural que Wanderlei quisesse manter um caso com
ela, por pensar que se tratava de Raquel, Ruth o matou para se livrar das
investidas do amante da irmã. Enquanto o cerco se fecha para Ruth, Otacílio
Galvão pede um novo depoimento de Vilma, e com alguns furos no álibi dela, o criminalista
pressiona e Vilma acaba confessando que esteve com Wanderlei no dia do crime. Num
flashback, assistimos Vilma com o
vigarista no quarto do hotel, mendigando pelo amor dele e, após ser rejeitada,
cheia de raiva por conta do desprezo, ela dá uma garrafada nele… e eis a
história de como Wanderlei morreu com uma pancada na cabeça. A intenção de
Vilma não era matá-lo, e ela chegou mesmo a pensar que ele havia morrido com o
tiro.
Com o
segundo testemunho de Vilma, fica evidente que ela, mesmo que não tivesse a
intenção, foi a assassina de Wanderlei.
Após uma
defesa final, Otacílio Galvão consegue reverter o jogo e livrar Ruth da cadeia.
E ela é absolvida por unanimidade. Mas, para nós telespectadores, faltava uma
explicação: quem atirou em Wanderlei? Então, Raquel confessa para Isaura que
foi ela quem usou a arma de Marcos para atirar no amante, como um ato de
vingança por todas as vezes em que ele a desprezou e sem saber que ele, na
verdade, já estava morto, e vemos como tudo aconteceu em mais um flashback – e eu gosto do artifício do Quem matou?. Geralmente usado na reta
final de uma novela, com a revelação do culpado no último capítulo, em “Mulheres de Areia”, Ivani Ribeiro usa o
recurso muito antes do fim da novela. E, sinceramente falando, seria mais
interessante se ela tivesse usufruído desse clichê nos momentos finais de sua
trama, porque, para mim, pouquíssimas coisas são empolgantes nos últimos
capítulos de “Mulheres de Areia”,
principalmente em seu último capítulo.
Para mais postagens de Mulheres de Areia, clique aqui
Comentários
Postar um comentário