O Outro Lado do Paraíso – Bruno tenta uma nova chance com Raquel
“LAMENTO
POR VOCÊ, BRUNO. MAS AGORA É TARDE DEMAIS”
Nunca
imaginei que fosse chegar naquela parte da novela em que me faltaria paciência
para Bruno e Raquel – o meu casal favorito da trama –, por conta de alguns
rumos que eles decidiram tomar na vida (mais ela do que ele), e que acabaram
fazendo com que os dois continuassem separados por mais e mais capítulos. E se
o roteiro ainda ajudasse com questões plausíveis para nos convencer de que não
era a hora do casal ficar junto antes do fim da história, até que seria mais
fácil de aceitar. Mas não foi o caso, Bruno e Raquel permaneceram separados por
razões toscas que foram difíceis de engolir… Depois de descobrir toda aquela
farsa do golpe da barriga de Tônia, praticamente a primeira coisa que Bruno fez
foi ir atrás de Raquel, e eles tiveram aquela conversa franca, séria e honesta…
talvez até definitiva. Ele tinha esperanças de que poderia voltar com o grande
amor de sua vida, agora que não tinha mais vínculo nenhum com Tônia, mas nem
sempre as coisas saem como esperamos. E esse foi seu caso.
Foi
uma conversa tensa para os dois, com Bruno contando que havia se separado de
Tônia e dado andamento no divórcio porque tinha descoberto tudo que a ex fez,
enquanto Raquel disse aquele “Lamento por você, Bruno. Mas agora é tarde
demais”. Ali, já começou a faltar paciência. Principalmente, quando depois de
falar o quanto esperou muito por Bruno, Raquel volta com aquele lenga-lenga
de que ele fez jogo duplo com ela depois que Tônia surgiu das cinzas para
dizer que estava grávida dele e ela acreditou. Gente, de onde a Raquel tirou
essa insistência de que Bruno fez jogo duplo? Sinceramente, não fazia o menor
sentido ela acreditar em Tônia, sabendo bem o tipo de mulher que a rival era:
capaz de golpes baixos, como desaparecer para não assinar o divórcio, e
aparecer do nada dizendo “tô grávida!”.
Era
tão óbvio que aquilo era uma armação, que não ficou crível Raquel sair da vida
de Bruno porque tinha uma criança entre eles. Ela simplesmente entregou Bruno
de bandeja para Tônia, saindo de cena
humilhada. Depois, ela não quis escutar as explicações dele, afinal, ele ainda
era casado com Tônia quando voltou a se encontrar com Raquel… então, até
poderia ser possível que Tônia estivesse grávida dele, mas isso não significava
que ele tinha feito jogo duplo. Voltando para a conversa, Bruno diz
que passou todos os anos que ficaram longe um do outro pensando nela, e tenta
argumentar que Tônia foi uma amiga que ficou grávida. Eles estavam longe um do
outro. Aconteceu… não devia, mas aconteceu, como poderia acontecer com qualquer
um quando não se tem mais a certeza de que um dia vai reencontrar seu grande
amor. Então, Raquel acha meio absurdo que ele tenha acreditado que Tônia
tivesse grávida dele no passado, quando armou esse truque com Nádia para se
casar com ele.
E
eu fiquei meio: WHAT? Você também não acreditou que ela estava grávida de Bruno
agora, Raquel? (WHAT? NOVAMENTE). Assim, ela continua a conversa, dizendo que
quando voltou para Palmas, “a única exigência que fez foi que ele não fizesse
jogo duplo” – o tal jogo duplo. Acho que deu pra notar o quanto ela insistiu
nisso. Aff! E enquanto Bruno tenta convencê-la de que não fez nada disso, ela
insiste que ele fez sim, porque “Tônia voltou dizendo que estava grávida dele
no pior momento de sua vida, quando ela estava limitada, precisando de ajuda”
por causa do acidente. Bem, foi você quem escolheu se afastar e acreditar de
imediato em Tônia, Raquel, não o Bruno. Então, SHUT UP. Logo, só restava a Bruno explicar tim-tim por tim-tim para Raquel o que ela já sabia em parte: que
Tônia se escondeu em Pedra Santa para não assinar o divórcio e que lá se
envolveu com um garimpeiro. E Raquel acredita naquilo, porque ela também “acredita
em tudo que venha de Tônia”.
Então
me diga: Por que não acreditar que a história do filho era mais uma artimanha
da rival para separá-los, ao invés de acreditar em jogo duplo? Não faz sentido. Bruno
ainda fala sobre “pelas suas contas o filho ser do garimpeiro, e sobre Tônia
ter confessado” – “Então quer dizer que o filho podia ser seu, só dependia das
contas?”. Realmente não dá pra aguentar Raquel tratando Bruno como se ele a
tivesse traído, quando claramente não o fez. Só ela que não via. Daí, ela volta
a falar de jogo duplo, enquanto ele volta a explicar que ainda estava casado
com Tônia quando voltou a se encontrar com Raquel – Não. Por favor, “jogo
duplo” de novo, não. CHEGA! Assim, ele concorda que errou e que se deixou levar
pela influência da mãe. Peraí, errou onde, gente? O que foi que eu perdi? Do
que Bruno estava falando? Que erro? Não acho que ele tenha errado…
ou eu perdi alguma parte? Ele até concorda com Raquel quando ela diz que “ele é
fraco diante de Nádia” (pode até ser), e fala o quanto a mãe mente e arma, mas
que Tônia já foi embora, e que “não há força no mundo que a impeça de assinar o
divórcio”.
Raquel
acha certo Tônia ter que assinar o divórcio, porque “ela não presta”.
Assim como acha que Bruno deve conseguir a separação legal de Tônia não por ela, mas por ele mesmo. Então, ele não
entende muito bem o que ela quer dizer com aquilo. E tudo é esclarecido quando
ela fala sobre sua debilidade física quando saiu da casa dele, sem nem saber se
ia se recuperar do acidente… e fala o quanto Radu a ajudou, cuidando dela “como
ninguém cuidaria” – “É, o Radu me ama de verdade”. Como assim? O Bruno fez a
mesma coisa por ela, até mais, enquanto Raquel estava no hospital e quando eles
foram morar juntos, obrigando Nádia a tratá-la como uma Rainha. E ele usa esse
argumento, dizendo que ela não pode fazer aquilo (terminar daquela maneira). Só
lembrando que o Radu estava ali o tempo todo, escutando aquela conversa… e fica
claro aquele “agora é tarde demais” de Raquel quando Radu diz que “não quer
atrapalhar a conversa dos dois, e que não está ali para brigar com Bruno”.
É,
Raquel agora está com outro. E eu não sei muito bem se colocar um amor no lugar
de outro resolve alguma coisa. Mas Radu cuidou com toda dedicação dela, e acabou
se apaixonando e se declarando a ela, o que a levou a aceitar um namoro entre
eles. E convenhamos, o Radu também não é de se jogar fora, né, gente? Neste
caso, não sou capaz de opinar (rs). Logo, só restava a Bruno sair de um momento
constrangedor pela tangente: aceitando que havia perdido a batalha. Ainda mais
depois de ver e ouvir Raquel e Radu dizer o quanto um era importante para o
outro… e ele concorda que realmente não tem mais nada para dizer para ela.
EITA! Porém, ele faz mais uma tentativa, depois que consegue fazer Tônia
assinar o divórcio. Falando nisso, o que foi a ordinária da Tônia querendo
pensão na hora de assinar os papéis? Por favor, né? E ela ainda é abusada,
quando diz para Bruno que o “garimpeiro é muito melhor do que ele”.
Mas
Bruno não liga para as asneiras da ex, afinal, ela está despeitada porque o
perdeu e não pode mais inventar nenhuma artimanha – “Faça bom proveito do José
Victor. O que importa é que eu estou livre de você”. Assim, ele vai falar mais
uma vez com Raquel no Fórum, todo feliz e com mais esperanças de uma volta com
ela… mas todas as suas tentativas de uma nova chance não surtem efeito. E ele
vai para dizer que assinou o divórcio, e que é um homem livre. Mas ela pede que
ele não insista, porque agora é ela quem não está livre. Bruno não quer
acreditar, e nem aceitar, que mais uma vez ela vai rejeitá-lo, porque a ama
muito. Mas, para Raquel, chegou o dia em que ela parou e pensou: “a vida tinha
que seguir”… e a vida dela seguiu, e a dele também precisava fazer o
mesmo. Ali, nós temos a frase clichê de momentos como estes, com Bruno pedindo
que ela diga se ama Radu – “Dos meus sentimentos cuido eu, Bruno”. E dói nele
ver que ela agora está com outro, e que tudo poderia ser diferente… mas não é.
Agora,
só restava esperar pelo roteiro do Walcyr, e quem sabe aceitar que Bruno e
Raquel só seriam felizes no final da novela mesmo.
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:)
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