Desalma 1x05 – Tradições
“TEM
MUITA COISA QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE ESSA CIDADE... TEM MUITA COISA ENTERRADA AQUI”
Esse
é aquele episódio que te deixa vidrado e com aquele gostinho de não querer que ele
acabe, porque tudo indica que estamos perto do grande ápice da série. E eu já fiquei
tenso logo nos primeiros minutos de “Tradições”,
com Anatoli brincando de pique-esconde com Ignes e ela ficando trancada no quarto…
e depois de ordenar que ele abrisse a porta, e de escutar barulhos do outro
lado, ela consegue sair, e encontra o filho sinistramente sentadinho e pronto
para lhe dizer aquele “te peguei, mamãe!”. Assim, já temos o primeiro momento
macabro de Anatoli no episódio, como de costume. Então, partimos para um momento
fofo de Melissa e Maksym – tudo a ver com a introdução do episódio, né? (rs) –,
quando ele deixa ela salvar um dos
porquinhos do criadouro dos Burkos para tê-lo como mascote – eu queria tanto um porquinho, gente. Acho tão lindinho!
O
Maksym está tentando ajudar a Melissa a superar o fato de que Roman se
suicidou, e isso é muito bonitinho da parte dele… então, com essa proximidade que
vem crescendo entre os dois, temos o primeiro momento propriamente romântico deles,
quando ele a leva para conhecer o Marco
Zero de Brígida e eles terminam
se beijando – Ah, e o mistério da água com gosto estranho continua. A maior
parte de “Tradições” é centrada no flashback, o que eu não reclamei nenhum
um pouquinho, porque eu adoro ver os jovens no passado. E temos uma cena de
todos eles juntos (menos Aleksey), onde Ignes questiona Halyna se Haia é mesmo
uma bruxa… e a Halyna confirma, dizendo que a mãe é uma espécie de bruxa, mas do tipo que só ajuda as pessoas com rezas,
ervas, jogos de cartas, essas coisas…
Depois,
eles falam sobre as Mavkas, e enquanto Boris e Ivan debocham da lenda, Halyna
os aconselha a não provocar as Mavkas, porque se elas quiserem voltar para este mundo, elas darão um jeito. E eu
adoro todo o tom de mistério que a Halyna coloca na voz quando o assunto é algo
sobrenatural, sempre como se soubesse de tudo que envolve o universo sombrio. E
quando o Roman fala sobre “possessão” ser uma forma pela qual as Mavkas
poderiam voltar a esse mundo, eu já saquei que talvez, quem sabe, a Halyna
possa vir a possuir alguém na Ivana Kupala em 2018. Será? Ainda em 1988, temos
Roman terminado com Halyna sem lhe dar nenhuma explicação convincente, apenas
usando a desculpa de que precisa resolver
algumas coisas com ele mesmo e que precisa
de um tempo, sem responder para ela se está ou não saindo com outra.
Então,
as coisas entre os dois ficam tensas, com Halyna rejeitando a oferta de Roman
de ser seu amigo e o odiando por tê-la deixado, assim como odeia os Skavronski,
responsáveis pela morte de seu pai. E muito ódio se acumulando a gente já sabe
no que pode dar, né? De alguma forma Halyna irá descarregar sua ira. O episódio
também nos apresenta uma nova personagem, a Irmã Anninka, cujo o burburinho é
de que “fez um pacto com o diabo e que dança nua na floresta”. Bem, sabemos que
não se trata de uma personagem aleatória. E ao que tudo indica, ela e Halyna se
reconhecem uma na outra. Uma das coisas que eu também gostei bastante durante o
flashback foi ver os jovens dançando
o tradicional Hopak, na “Noite folclórica
de danças tradicionais do Colégio Santa Brígida”. E como eu sou apaixonado
por dança, e estou me apaixonando pela cultura ucraniana, eu achei essa rápida cena
encantadora.
De
volta ao presente, mais cenas bizarras envolvendo Anatoli, claro. Ignes se
assusta quando vê que o boneco do filho, que ela havia deixado na sala, foi
parar misteriosamente no braço dele, na cozinha. E ela busca uma explicação para
aquilo quando pergunta para Anatoli como
o Kiko chegou até ali, e ele lhe diz que “não se lembra”. E depois de
insisti para que Anatoli lhe diga como o boneco foi parar ali, ele, como se
fosse outra pessoa, manda Ignes perguntar ao próprio Kiko – “Por que você não pergunta
para ele, Ignes?”. E isso foi bem assombroso. Então, com uma expressão que eu
me arrisco a dizer ser de uma pessoa que já está toda cagada de medo (rs), a
Ignes decide entrar naquela brincadeira
de falar com o boneco. E depois que ela obtém as respostas de que alguém o
levou até ali, e de que essa pessoa está ali, ela faz a pergunta que nos faz
cagar de medo assim como ela: “E o que ele quer?” / “Anatoli!”.
Assim,
ela se apavora, agarra Anatoli e o tira da cozinha – Gente, que boneco é esse?
Queima isso, Ignes. Logo, voltamos ao passado e também a cena mais interessante
do episódio, quando Aleksey, Roman, Boris e Ivan saem para beber e vão parar na
floresta, com o Boris inventando de querer provar para os outros que Halyna é
uma bruxa. Eles entram na floresta, e acabam presenciando Haia invocando uma entidade
que é o “deus do submundo”, juntamente com Halyna e outras bruxas em volta de
uma fogueira… e eu nem preciso falar que esse foi o CENÃO do episódio, né? Elas estão tomadas pela entidade, mas Haia
percebe a presença dos garotos – “Temos companhia” – e Halyna os vê… e o seu
semblante não é de quem perdoará aquela intromissão se eles continuarem por
ali. Então, a temperatura cai e o ar fica congelante… e eles fogem. Uma pena,
porque eu estava tão ansioso por um feiticinho
lançado neles (rs).
ESSA
CENA FOI REALMENTE DEMAIS! Aliás, Halyna estava maravilhosa naquele
figurino.
Nas
cenas finais do episódio, estamos em 2018, com a Ignes e a Giovana em uma
conversa não muito agradável para as duas, falando sobre o quanto a morte de
Roman está exercendo uma pressão e abalando a todos. E a Ignes ainda assusta a
Giovana dizendo que “tem muita coisa que ela precisa saber sobre a cidade”, e
que “nem tudo é tão colorido e inocente quanto se vê”, porque “tem muita coisa
enterrada ali” – Fala sério, precisa assustar a coitada da Giovana? Na igreja, Giovana
tenta acender uma vela que insiste em apagar sozinha, e uma Irmã aparece para
ela… mas um estrondo na igreja distrai Giovana e depois ela percebe que a
freira já não está mais lá. E pior, Giovana vê uma moldurada com uma foto da
Irmã pendurada na parede da igreja, num lugar que parece dedicado a homenagear
pessoas falecidas. Ah, não! Assombração de freira já é demais! (rs) Na verdade,
“Desalma” está cada vez melhor.
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