Sansão e Dalila – O juiz da tribo de Dã
Sansão
está novamente em casa. Depois de todos os acontecimentos envolvendo a morte de
Ieda, a filisteia com quem se casou, ele decide retornar à tribo de Dã para
assumir o posto de juiz de seu povo, e esse é um retorno que alegra sua família
e a quase todos, menos a Jidafe. Assim, teríamos alguns problemas quanto a
isso, porque Jidafe estava querendo tomar a liderança da tribo para si e com a
volta de Sansão isso já não seria mais possível. Num primeiro momento, há
alguns pequenos conflitos entre eles, coisas que não são levadas a diante
porque Sansão é o líder e é quem agora dá a palavra final, até porque o povo o
ama e ele é um homem bom, enquanto Jidafe não estava agradando a ninguém com
sua maneira um tanto quanto autoritária de querer resolver as coisas e liderar
a tribo. Então, durante a celebração da festa
da colheita, ele tentaria algo contra Sansão.
Quando
uma caravana chega à tribo para participar da celebração, Jidafe arquiteta um
plano para matar Sansão. E ele busca entre os homens de fora quem possa cumprir
o que ele deseja… e um acordo é feito. Enquanto isso, Sansão quer manter a paz
entre ele e Jidafe, um amigo de infância do qual ele não quer alimentar uma
rivalidade. Então, ele declara a todos que já não existe mais nenhum atrito
entre os dois, sem nem ao menos imaginar que Jidafe está tramando algo perverso
e covarde para tirar sua vida. Assim, quando uma forasteira, fazendo parte do
plano, seduz Sansão e o atrai para os arredores da tribo, a tentativa de
assassinato acontece, mas o plano de Jidafe não tem o êxito que ele esperava,
porque Sansão apenas sai ferido enquanto a forasteira que também é atingida por
uma navalha acaba morrendo.
E
as coisas se complicam para Jidafe, porque Sansão sabe que ele seria a única
pessoa capaz de planejar sua morte. Assim, depois de confrontá-lo e expor sua
artimanha, ele decide que a lei de Moises
precisa ser cumprida, e Jidafe é levado a julgamento por seu crime e
podendo até mesmo ser condenado à morte por isso… e é Sansão, o juiz da tribo
de Dã, quem irá julgá-lo. E essa não será uma decisão fácil para ele. Afinal de
contas, Jidafe é alguém que cresceu junto dele. Porém, Jidafe está arrependido
e quer o perdão pelo crime que cometeu, e ao mesmo tempo que Sansão é firme,
ele também é misericordioso ao dar a Jidafe a chance de voltar a ser um hebreu
que honra o Deus de Abraão, Isaque e Jacó – “A lei de Moisés é clara, mas o
Deus dos hebreus é justo e misericordioso”. E ele o perdoa e o absolve.
Nós
não aceitamos que Jidafe tenha atentado contra Sansão, mas entendemos os
motivos pelos quais ele chegou a fazer o que fez, porque durante o julgamento ele
fala algo sobre ter tentado fazer alguma coisa pelos hebreus enquanto Sansão os
havia abandonado e deixado todos à própria sorte ao ir embora da tribo para se
casar com uma filisteia. E para Jidafe era difícil ver a esperança do povo toda
vez que Sansão chegava, bem como a decepção toda vez que ele partia, justamente
ele que veio ao mundo em nome de Deus para libertar seu povo da opressão do
povo inimigo. E ainda pesava o fato de Sansão sempre ter tido tudo na vida,
enquanto Jidafe teve que ser testemunha da morte de sua família pelas mãos dos
filisteus. Nada justifica sua covardia, mas muita coisa é explicada através das
coisas que ele a Sansão no julgamento.
No
fundo, Jidafe só queria fazer o bem para a tribo, embora, assim como Sansão lhe
disse, ele “tenha escolhido o caminho errado” para isso.
Mas
Sansão precisava ouvir tais coisas, pois tudo o que Jidafe disse era verdade.
Por outro lado, eu gosto desse lado imperfeito que a minissérie deu ao seu
protagonista, porque isso tornou o personagem mais humano e nos aproximou ainda
mais dele. Amamos Sansão justamente por ele ser esse homem de Deus que também é falho, o que lhe trará consequências
graves mais adiante. Assim, ele também parece ter entendido sua culpa diante de
tudo o que aconteceu, e a amizade entre ele e Jidafe volta a ser como antes de
todos esses problemas quando Jidafe promete ser fiel à aliança e a Sansão e
fazer de tudo para que suas decisões sejam respeitadas na tribo. E é bom vê-los
como amigos. Mais adiante, teríamos um momento triste, ao vermos Sansão, Zilá e
a tribo sofrerem com a morte de Manoá, que, antes de partir, se despede do
filho, pedindo que ele siga sua jornada e
liberte o povo hebreu de seus inimigos, além de aconselhar Sansão a ter cuidado para não se deixar cegar pelos
sentimentos e nem querer caminhar na escuridão…
E ele promete ao pai cuidar de seu povo, ainda que, talvez, essa promessa ele não seja capaz de cumprir, porque
seu caminho ainda irá cruzar com o de Dalila.
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