Chilling Adventures of Sabrina (2018-2020)


“Cheerleader by day, Queen of Hell by night”

Sabrina Spellman resolveu passar por aqui para dizer um “Hello guys!”, afinal de contas, a postagem especial de Halloween deste ano é sobre ela, uma das bruxinhas mais queridas de toda a cultura pop. “Chilling Adventures of Sabrina” (no Brasil, “O Mundo Sombrio de Sabrina”) é a versão sombria da sitcom “Sabrina, Aprendiz de Feiticeira”, série de muito sucesso e que conquistou milhões de fãs pelo mundo na segunda metade dos anos 1990 – aliás, preciso revê-la algum dia. Eu gostava. Baseada no quadrinho homônimo e desenvolvida por Roberto Aguirre-Sacasa para a Netflix, além de produzida pela Warner Bros. Television, em parceria com Berlanti Productions e Archie Comics, “Chilling Adventures of Sabrina” teve um total de 2 temporadas dividas em duas partes cada, totalizando 36 episódios, contando com o especial de Natal.

Como quase sempre acontece, eu não costumo assistir às series quando elas estão no auge – vida de adulto, nem sempre dá para se fazer tudo o que gostamos na hora que queremos (rs) –, mas, como um grande fã de histórias de bruxas, a série não saiu da minha lista e, recentemente, eu corri para terminar a última parte da segunda temporada a fim de escrever minha review sobre ela aqui no blog, e que delicinha de série! Eu não vou entrar em detalhes sobre a história de “Chilling Adventures of Sabrina”, porque isso todo mundo já sabe, e quem não sabe é só dar um Google (rs). Basicamente, temos uma adolescente meio-bruxa e meio-mortal lutando contra as trevas para se proteger e proteger os seus, arriscando sua própria vida sempre que algo ameaça a ordem das coisas, ou causando ela mesma a própria desordem em vários momentos (rs). Adolescentes!

Porém, gostaria de deixar registrado os pontos fortes sobre a versão sombria dessa bruxinha adolescente que acabou conquistando outros milhares de fãs uma segunda vez. Na primeira parte da temporada de estreia, a série realmente nos trouxe um roteiro bem dark e cenas mais fortes e macabras do que o restante dos episódios que viriam. Depois, fomos levados a continuar acompanhando a história de Sabrina Spellman de uma maneira mais leve, mais suave, o que gerou uma certa crítica, embora eu não tenha me incomodado com essa mudança, muito pelo contrário, eu até gostei de ver uma Sabrina, muito bem interpretada por Kiernan Shipka, em situações um pouco menos sombrias e, por vezes, até um pouco cômicas: a personagem tem um tom de deboche que eu adoro.

Mas voltando a falar dos pontos fortes da série, “Chilling Adventures of Sabrina” nos presenteia com boas atuações e bons personagens, como a própria protagonista, a tia Hilda, a adorável tia meio alucicrazy que sempre dá bons conselhos para Sabrina, e Zelda, a tia mais durona da bruxinha, porém muito protetora e decidida a dar sua vida por ela se necessário. Também temos os carismáticos amigos de Sabrina, Rosalind (Roz) e Theodore (Theo), dois personagens que crescem muito ao longo da série, além das Weird Sisters, que infernizam a vida de Sabrina no começo da temporada e que depois acabam se aliando a ela, até porque todas fazem parte do mesmo Coven. Outros personagens que também gosto bastante na série são Lilith, a Madame Satã e, claro, Dark Lord, o verdadeiro pai de Sabrina, que, convenhamos, é bastante atraente e muito sexy na sua forma humana. E temos nudes do mesmo na série (rs) – Seria essa uma tentativa de nos fazer não odiar o Senhor das Trevas? (rs)

Obviamente, eu também não poderia esquecer de outro personagem cheio de carisma, muita beleza e toda uma vibe muito hot: é claro que eu estou falando do Nicholas (Nick), o segundo e bem mais interessante, sexy e lindo par romântico de Sabrina, e não é que eu não tenha gostado do Harvey, acontece que o personagem vai ficando muito tedioso e até apagadinho ao longo da série, do tipo que não torcemos por uma possível reconciliação dele com Sabrina. Mas ele tem seus bons momentos quando está ao lado de Sabrina para lutar contra as trevas. Além de bons personagens, temos toda a vibe do Baxter High e da Academia das Artes Ocultas, dois ambientes que eu adoro ver na série. Um outro ponto forte da série sãos vários números musicais com os quais “Chilling Adventures of Sabrina” nos presenteia, eu adorei ver e curtir cada um desses momentos de música nos episódios.

Também me agrada muito o fato de que a série não é apenas uma história de terror sobrenatural, “Chilling Adventures of Sabrina” traz excelentes discussões atuais para seu público, como misoginia, sexualidade, homofobia, identidade de gênero, patriarcado, empoderamento, entre outras questões válidas para se discutir. A própria Sabrina é uma militante bastante engajada nesses assuntos, e eu adoro que ela seja essa adolescente empoderada, assim como adoro as cenas em que ela desafia o Dark Lord e o patriarcado de Father Blackwood, aliás, um dos momentos mais prazerosos de se assistir na série é a queda de Blackwood e a ascensão do Coven liderando a Academia das Artes Ocultas, deixando de adorar Lúcifer para venerar Hécate, a deusa da Magia e Mãe de todas as bruxas. Isso foi tão maravilhoso!

De todas as quatro partes que compõem as duas temporadas, a parte 3 é a minha favorita, quando Sabrina e seus amigos e aliados enfrentam um grupo de poderosos pagãos de um parque itinerante que se instala em Greendale, com a finalidade de trazerem de volta o Homem Verde, o deus que eles adoram e que querem que domine a terra. A parte final da série também é ótima, com Sabrina, sempre juntamente com seus amigos e seu Coven, enfrentando os Terrores do Sobrenatural, entidades ancestrais que almejam destruir a Terra. Com a existência de duas Sabrinas, Spellman e Morningstar, os reinos Mortal e Infernal estão em desordem, então uma delas precisa ser sacrificada para que tudo volte ao normal. E um dos episódios mais interessantes desta parte final é quando Sabrina Morningstar vai para uma realidade paralela onde ela fica presa na sitcom dos anos 1990, e tudo que está no roteiro acontece de verdade com os personagens.

É um episódio riquíssimo, além de ganharmos o grande presente que foi termos as tias Zelda e Hilda originais, da sitcom “Sabrina, Aprendiz de Feiticeira”, atuando mais uma vez em seus papéis neste episódio. “Chilling Adventures of Sabrina” tem um final um tanto quanto melancólico, e eu não sei dizer se gostei ou desgostei de como tudo termina para a personagem. Para salvar o mundo do terror Sobrenatural chamado Vazio, Sabrina se sacrifica pela humanidade em ritual, e ela morre… achei um tanto quanto triste. Por fim, no além, ela recebe a visita de Nick, que descobrimos ter cometido um suicídio para passar a eternidade ao lado da garota que ele ama. Bem, acho que isso é romantizar o suicídio, não? Enfim! Em resumo, “Chilling Adventures of Sabrina” é uma série muito boa, e eu não só a recomendo como pretendo revê-la um dia. Eu amei acompanhar as aventuras dessa bruxinha!

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