Caravana das Drags (Temporada 1, 2023)
“Força na peruca, porque Drag
brasileira não desiste nunca”
Já faz um
bom tempo que eu assisti “Caravana das Drags”, e eu gostei bastante do reality
produzido pela Producing Partners – com exclusividade para Prime Video – e comandado por dois grandiosos talentos, Ikaro Kadoshi e Xuxa Meneghel, ou
melhor, Ikaro Kadoshi e Morgana Sayonara, nome drag da Rainha dos Baixinhos –
adorei! Xuxa faz parte desse universo colorido, e foi bom tê-la como parte do
programa. Com 9 episódios, o reality mostrou uma competição que tinha
como principal função evidenciar a riqueza da arte drag. Achei muito
interessante que alimentar rivalidades por um prêmio de 150 mil reais não era o
foco do programa. A vitória seria da Drag mais talentosa e a que melhor cumprisse
cada uma das provas, ponto.
Ao longo dos
episódios, acompanhamos o talento e as performances de 10 competidoras
de diversos lugares do nosso Brasil, bem como divertidas provas, como o Futebol
das Drags, o Queernejo, a coreografia da música “Faraó”, da diva baiana
Margareth Menezes, e muitos outros momentos alegres e emocionantes, porque toda Drag tem um drama de sua vida para contar – a gente sabe que nunca foi
fácil. E cada uma usa da arte para superar suas dificuldades. A bordo do “Vera
Busão”, nome dado por elas para o ônibus que as levava pelas capitais do
país – algo bem “Priscila, Rainha do Deserto” –, as Drags esbanjaram
beleza e carisma, aprendendo sobre a cultura de cada lugar para os desafios de
cada episódio.
Naturalmente,
falando em carisma, algumas tinham mais que outras. E como telespectador do reality,
eu tinha as minhas favoritas e também as que não gostava como participantes. E
as minhas desfavoritas eram Robytt Moon e Chandelly Kidman – desculpe, mas eram
chatinhas (rs). Aliás, o reality foi irresponsável com o público quando
Chandelly protagonizou um episódio de blackface e foi eliminada
do programa, mas o mesmo não tocou no assunto para conscientizar mais sobre tema.
Já as minhas queridinhas eram DesiRée Beck, Gaia do Brasil, Hellena Borgys e
Frimes, com sua elegância, carisma e simpatia. No mais, a dinâmica das performances
eram sensacionais, com um novo jurado convidado a cada episódio para julgar as
provas que fariam as Drags seguirem na disputa ou serem eliminadas.
“Caravana
das Drags” não é o melhor reality de Drag Queen do mundo –
não é um RuPaul´s Drag Race da vida –, mas é legal e interessante. É
gostoso de assistir. Mergulhar no universo Drag Queen é incrível, bem
como na arte de cada uma delas, arte que também é política. É uma pena que
ainda não tenhamos notícias de uma segunda temporada, porque eu ia curtir muito
se tivéssemos mais uma competição de Drag Queens. Se você viu e curtiu o
reality, dá para rever e curtir uma outra vez. Se você ainda não assistiu,
sempre dá tempo de dar uma conferida, as Drags são talentosas e têm muito a
transmitir através da arte. Vale a pena ver “Caravana das Drags”. E para
quem curte uma lavação de roupa suja de reality, tem um episódio
destinado ao tema (rs). Vem que é demais!

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