Deus Salve o Rei – Amália é sequestrada por Virgílio
Os
dias que Amália (Marina Ruy Barbosa) passou nas mãos de Virgílio (Ricardo
Pereira) foram angustiantes. Depois que Afonso (Romulo Estrela) se despediu
dela para encontrar-se com Otávio, a plebeia percebeu que dias ruins viriam
pela frente ao ter um mal pressentimento. A verdade é que o rei da Lastrilha
não era nada confiável, e ela havia notado isso quando se encontrou com ele,
juntamente com Afonso, para negociarem uma aliança entre eles contra Rodolfo
(Johnny Massaro). Amália havia percebido o olhar de desdém de Otávio, quando
ele constatou que ela era a plebeia por quem Afonso havia se apaixonado. Depois
de se frustrar, ao ver seu amado sendo levado, preso, de volta a Montemor,
quando ele caiu na armadilha de Rodolfo e Otávio, sem poder fazer nada, pois
tentar salvar Afonso, sem armas, e lutar contra um exército, sozinha, não iria
adiantar de muita coisa, ou melhor, só iria piorar ainda mais a situação,
porque ela também estava sendo caçada, Amália precisava ser estratégica e
arquitetar um plano para proteger Levi (Tobias Carrieres) e ela de serem
encontrados.
A
partir daquele momento, a trama havia ganhado um ar de terror psicológico, e
algumas cenas seriam impactantes. Não importava o quanto Amália, amarrada e acuada ao chão, gritasse por socorro, pois
naquele lugar ninguém a escutaria, e nada poderia ser pior que estar sem saída
e vivendo à mercê da inescrupulosidade de Virgílio. O pânico havia se instalado
na mente da plebeia. E o medo nos faz fazer coisas surpreendentes: Amália,
ainda, cria coragem para cuspir na cara de Virgílio, depois que ele, de forma
obsessiva, começa a tocá-la com aquele olhar de desejo e cobiça, tentando
convencê-la de que seriam felizes. E aquele cuspe foi mais que merecido, porque
a forma asquerosa que Virgílio estava querendo se aproximar dela era repugnante
e nojenta demais. Mesmo temendo, Amália precisava ser forte e não transmitir
seu medo a Levi, afinal de contas, ela ainda tinha uma criança para proteger e
cuidar, e trancafiados naquela cabana, ambos só tinham um ao outro, e eles
protagonizaram cenas lindas de cuidado e carinho mútuo.
Levi,
apesar de ser uma criança, se achava o homenzinho
que precisava proteger Amália, e é claro que ele sentia que sua nova mãe também
estava com medo, mesmo que ela dissesse, como toda boa mãe diria em uma
situação como aquela para proteger seu filho, que ele não precisava temer, e
que algo ela faria para tirá-los dali, ele já havia percebido o quanto Amália
estava amedrontada, e Levi sentia que precisava fazer algo para acalmá-la
também, porque nas condições em que se encontravam, a sensação de impotência
era notória. A cena em que ele faz uma coroa com ramos de pimenta e a coloca na
cabeça dela dizendo: “Pra você nunca
esquecer que um dia será rainha ao lado de Afonso”, foi muito genuína! Aquele
gesto foi muito amável da parte dele, e a partir daquilo, Amália percebeu,
ainda mais, o quanto precisa ser forte para não deixar o pavor se abater sobre
eles… eu amo a forma como esses dois se amam! Um amor verdadeiro e sincero, de
mãe para filho e vice-versa. Quando os dois confrontam Virgílio por quererem
liberdade, ele se irrita de forma agressiva deixando claro que eles viverão
naquela cabana para sempre, e ele tem o discurso mais fajuto e ridículo para
explicar o motivo de mantê-los ali: ele os está “protegendo” de Rodolfo, e ele ainda fala, em meio aquele caos
psicológico que ele instalou no lugar, sobre viverem uma vida normal (Quanta
insanidade!).
Virgílio
já estava se cansando da resistência de Amália em ceder às suas vontades,
principalmente as que diziam respeito ao relacionamento amoroso entre eles, e
era hora de Amália protagonizar uma cena maravilhosa, porque depois que Levi,
de forma afrontosa (que menino corajoso), diz a ele que, “a vida nunca será normal com você”, Virgílio avança, covardemente,
para agredir o garoto, mas o instinto materno de Amália fala mais alto, e como
uma leoa defendendo sua cria, ela surge na frente do crápula para defender seu
filho, e eu não tive como segurar minhas lágrimas quando ela disse: “Não ouse encostar um dedo no meu filho”.
Pode até parecer uma frase simples, e uma cena igualmente simples também, mas a
interpretação de Marina e o contexto
da cena dizia muita coisa: dizia o quanto ela considerava e amava Levi como um
filho, dizia o quanto ver um filho em risco era capaz de despertar a fúria de uma
mãe, e aquilo, para mim, foi comovente demais. Virgílio teve que recuar, pois
sabia que não podia enfrentar Amália tão cheia de força em defesa de Levi.
Após
experimentarem uma tentativa de fuga frustrante, quando Amália golpeia Virgílio
com um pedaço de madeira, mas durante a fuga ela cai machucando o pé (isso é
tão clássico), eles são capturados pelo vilão novamente, e a plebeia percebe,
diante da raiva de Virgílio, quando ele ameaça agredir Levi mais uma vez, que é
hora de mudar de tática. De forma estratégica, ela passa a adotar um
comportamento pacífico, mas fingir “estar
tudo bem” pode ser muito perigoso, porque Virgílio poderia interpretar
aquilo como uma aceitação de Amália para que eles reatassem. Ainda assim, por
ela e por Levi, a jovem resolve correr esse risco tentando ganhar a confiança
de seu algoz para, posteriormente, tentar uma próxima fuga. Mas antes de procurar
enganar Virgílio, sua tarefa de mãe não havia parado: Levi estava com saudades de
Samara, sua mãe biológica, e os dois tiveram uma conversa franca quando ele
confessou que queria voltar no tempo para dizer que a amava, e que um dia quis
ver Afonso casado com ela. Amália entendeu aquele sentimento, pois ela sabia
que era natural que ele quisesse ver a mãe feliz, e isso é verbalizado quando
ela diz que, aquele sentimento era “normal”…
Amália é tão sensata e madura! De igual modo, Levi também é, e é lindo quando
ele diz a Amália que, “tudo o que ele
mais quer é ver ela e Afonso juntos”, porque ele sabe que essa é sua nova
família, e é uma família onde ele encontrou amor e sempre terá o carinho e a
proteção que precisa.
Encantado
ao vê-la com o vestido, Virgílio tenta abusar de Amália… e foi uma cena e
tanto! Haja fôlego para assistir aquela sequência; a entrega dos atores estava impecável.
Amália não suportou mais aquele teatro e revelou o seu desconforto com a
presença louca e asquerosa de Virgílio, ao dizer com um choro angustiante: “Chega! Nada disso faz sentido. Você é ridículo,
você é patético, eu não te amo, e nunca vou te amar”. A violência da cena
me impactou! Eu não estava preparado para vê-la sendo torturada e agredida
daquela forma. Virgílio a esbofeteia, e chega um momento em que nós,
telespectadores, confundimos personagem e ator, e tudo fica ainda mais
desconfortável de assistir. Virgílio a agarra brutalmente mandando Amália se calar,
e usando a força, ele a encosta na parede e diz: “Eu te amo Amália, e você vai aprender a me amar”, ele tenta
beijá-la a força, mas Amália consegue se desvencilhar… Gente, aquela cena parecia
não ter fim! Ele a agarra novamente e a joga violentamente em cima da mesa dizendo
que ela é dele. Nossa! Que cena fantástica, um show de interpretação! Debruçado
sobre ela, Virgílio desperta de sua loucura quando ela diz: “É assim que você planeja que eu te ame, me
forçando a fazer isso? Eu não te reconheço mais, apesar de tudo, você nunca foi
esse monstro”. O crápula é atingido pelo poder daquelas palavras, e eu que Amália
foi estratégica e inteligente em jogar o caráter inescrupuloso dele em sua cara
para conseguir se livrar da situação.
Eu adorei a montagem de capa, mas QUE FOTO LINDA ESSA ÚLTIMA! <3 Apaixonado aqui! :P
ResponderExcluirMuito obrigado meu amor, você é o meu melhor visitante. Seja sempre muito bem-vindo!
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