Deus Salve o Rei – A reaproximação de Rodolfo e Lucrécia
“Venha
receber a benção da ervilha, Catarina, venha, demônio dos infernos! Roubou meu
marido.”
A
melhor fase de Lucrécia na novela chegou ao fim – aquela em que ela aprontou
todas num Convento. E essa fase eu realmente considerei como sendo a melhor da
personagem no folhetim. Agora, ela estava prestes a entrar num outro momento,
que não deixaria de ser divertido também: o de Matriarca da Fé. E eu tive a
oportunidade de contemplá-la como “a
grande líder religiosa”. Aquilo também foi uma comédia (rs). Mas antes de
ser consagrada, e expulsa do Convento, Lucrécia foi fazer aquela visitinha no
castelo de Montemor, praticamente para provocar Catarina e ser provocada. Ainda
estávamos naquela parte da trama em que a vilã era casada com o paspalho do
Rodolfo, que como rei era um verdadeiro desastre. E a verdade era que Lucrécia
conseguiu o que tanto queria: para rever Rodolfo, ela convenceu a Madre
Benedita de que o melhor era fazer os festejos da quermesse em Montemor, porque
ela poderia conseguir uma boa doação para a ordem
religiosa com seu ex-marido, o próprio Rodolfo. Por isso, ela estava
novamente ali.
No
fundo, por mais que negasse, tudo o que Lucrécia queria era retornar a Montemor
para estar mais próxima de Rodolfo, aquele sem noção que ela nunca deixou de
amar… e provavelmente nunca deixaria. E voltando a visitinha dela ao castelo,
eu achei hilário aquele diálogo entre ela, Catarina e Rodolfo. Primeiro, ele
meio que se surpreende com a visita dela – “Lucrécia!”. E ela não perde a
oportunidade de corrigi-lo: “Irmã Lucrécia, uma serva de Deus! Eu confesso que
já sabia da união de vocês, mas ver pessoalmente é bem mais degradante”. Então,
Catarina tenta humilhá-la, dizendo coisas como “uma rainha que já vestiu os
mais belos vestidos usar agora somente um humilde hábito”, além de declarar que
aquela “cor não caía bem” em Lucrécia – “Você também não fica bem de verde,
Catarina”… “Mas o meu vestido não é verde”. Mas ficará, depois que eu,
gentilmente, batizar a sua cara nessa sopa de ervilha. Venha receber a benção
da ervilha, Catarina, venha, demônio dos infernos! Roubou meu marido”. Kkkkkkkk
Se
tem uma coisa que eu adoro nas cenas entre Catarina e Lucrécia são essas
provocações. E essas frases maravilhosas de Lucrécia para ofender sua inimiga
mortal. EU AMO! Antes que as duas se atracassem, como já fizeram antes, Rodolfo
tenta acalmar os nervos de ambas, e convida Lucrécia para cear com eles. Porém,
ela recusa, porque “não se senta com pecadores, e aquela sala já virou a
antessala do diabo… e ela sente até mesmo um "cheiro de enxofre” (kkkkkk). Maravilhosa!
Assim, ela diz a que veio, quando Rodolfo questiona sua presença ali – as
doações para o convento. E ele promete contribuir… logo, tudo o que Lucrécia
queria era que o casamento de Rodolfo e Catarina viesse por água abaixo, claramente por ter sido
abandonada por ele, quando Rodolfo se separou dela por Catarina. Então,
Lucrécia tinha seus motivos – Ah, e como tinha – para odiar Catarina e Rodolfo,
embora seu ódio por ele nada mais era do que uma paixão visivelmente mal
resolvida.
E
as boas novas chegam até ela, quando ela descobre que o casamento de Catarina e
Rodolfo não anda nada bem. Simplesmente porque Catarina não consegue dar um
herdeiro para o paspalho, e também porque Rodolfo não estava gostando nada dela
ser exaltada pelo povo por conta de suas “benevolências”.
Claro, Catarina sabia muito bem como manipular os plebeus… ela era inteligente,
bem diferente de Rodolfo, que além de ser um governante tirano e inconsequente,
ainda estava levando Montemor à ruína, com sua má administração e, com isso,
ganhando a rejeição dos plebeus. E o fato de Catarina ser mais popular do que
ele o estava irritando. Se tivesse INSTAGRAM
na era medieval, a rainha teria muito mais seguidores do que o rei (rs). E é
claro que Lucrécia vibrou com aquela notícia do casamento começando a ruir.
Afinal de contas, ela também queria dar uma de Clara de O Outro Lado do
Paraíso, com sua vontade de se vingar de Rodolfo por tê-la rejeitado, e de
Catarina por ter tirado Rodolfo dela.
Eu
me lembro bem do dia em que Lucrécia teve que sair de Montemor por conta da
traição de Rodolfo com Catarina. Ela jurou algo como ele ainda se arrepender do
que fez, e rastejar aos seus pés como uma minhoca (kkkkkkk). E esse dia estava
prestes a chegar. Assim, ela foi se reaproximando de seu grande amor, e entre
uma conversa aqui, e outra ali, do tipo papo de amigos (sei), Rodolfo confessa
que seu casamento com Catarina anda “mais ou menos”. E é como um desabafo, o
que deixa Lucrécia vibrando por dentro… na realidade, ele já estava enxergando
que tinha feito um péssimo negócio, trocando Lucrécia por Catarina. E eu adoro
quando ele ri de Lucrécia, como se sentisse saudade da antiga vida que os dois
levavam e por ela ter se tornado uma religiosa, logo ela que gostava tanto de
fornicar. E ela diz que não sente falta de nada de sua vida mundana (mentirosa…
kkkkkk), o olhando com aqueles olhos de desejo. Definitivamente, ela nunca
deixou de amá-lo.
Mas
antes, ia acontecer todas aquelas trapalhadas de Lucrécia como noviça na
quermesse – que já foram comentadas num texto anterior a este –, trapalhadas
que a fariam ser expulsa do Convento. E como futura Matriarca da Fé, Lucrécia
teria uma grande missão pela frente: providenciar o divórcio de Rodolfo e
Catarina. E isso ela ia fazer com todo o prazer.
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