O Outro Lado do Paraíso – Sophia assassina Rato


  
“DELEGADO, EU DEVO CONSIDERAR ESSA CONVERSA COMO UM INTERROGATÓRIO?”
Vilã que é vilã comete grandes crimes... Sophia percebeu que ter alguém que sabia demais sobre seus podres indicava que ela seria prejudicada e que esse alguém precisava ser eliminado, porque quando a chantagem começa é sinal de que as coisas podem sair do controle. Rato era seu braço direito nos crimes que ela cometia… e ele já havia feito algumas coisinhas erradas para ela. Só que agora ele queria mudar de vida. Apaixonado por Leandra, Rato tinha planos de conseguir uma grana, comprar aquela fazenda de soja e ir embora com a dona do Love Chic para longe de Pedra Santa, mas nem tudo sai como o planejado. Quando ele vai ter aquele “particular” com Sophia, ele fala sobre todos os anos que cometeu crimes por ela, e isso incluía ter atropelado Raquel. Então, ele reclama que só “recebe merreca, que se arrisca demais”, e que só “fica com as sobras”. Isso faz com que Sophia não goste do rumo que a conversa está tomando, e ela quer saber onde ele quer chegar com aquilo.
Rato comenta sobre o assassinato a tesouradas que ela cometeu contra Vanessa, e “aposta que ela também acabou com Laerte da mesma maneira”. E quando ele menciona que não sumiu com as provas do crime de Vanessa, como havia combinado  o lençol em que o corpo da prostituta estava enrolado e a tesoura que a matou , Sophia já sabe que ele quer algo em troca de seu silêncio. E ela passa a temer, porque como ele disse, as digitais dela estavam no lençol sujo de sangue junto com a tesoura que ele guardou. Logo, Rato quer “dinheiro”, porque se “apaixonou por uma mulher aí” – a Leandra –, e quer uma boa quantia para comprar a tal fazenda de soja dos seus sonhos, para tirar Leandra da vida de prostituta e viverem juntos. Mas Sophia acha que é muito dinheiro, e quando ele ameaça dar “com a língua nos dentes”, ela insinua que ele também se daria mal, porque também seria acusado de cumplicidade.
Só que Sophia tem muito mais a perder do que Rato, ela tem um nome, e se o metesse em qualquer história, ela só se complicaria ainda mais, além de ter sua “caveira” feita por ele. Sophia, então, sente que está encurralada, pelo menos por um instante, e ela promete fazer uma transferência com uma boa quantia em dinheiro para ele, enquanto Rato promete que depois irá sumir e deixar as provas do crime de Vanessa nas mãos dela. Dali em diante, Sophia banca a bondosa, afinal, ela “não vai aprontar nada” porque “está nas mãos dele”. E ela é tão falsa que até dá conselhos a ele sobre como administrar uma fazenda. SENSACIONAL! Assim, chega o momento que Rato tanto estava esperando, a transferência de um alto valor em dinheiro para sua conta… então, ele busca as provas do crime de Vanessa para dar a Sophia, como combinaram, e ela o convence a irem até o banco no carro dela… e eles partem pela estrada velha, que é mais deserta. Claramente, uma artimanha de Sophia para assassiná-lo em um local mais propício para um crime.
No caminho, ela inventa que o pneu furou, e enquanto Rato vai dar uma olhada no problema, Sophia pega a tesoura que havia escondido no porta-luvas, o surpreende friamente, e o assassina com inúmeras tesouradas pelas costas. Ele agoniza e morre. Então está feito, ela matou mais um com sua arma preferida: a tesoura. A cena é forte, meio chocante, como toda cena em que Sophia assassina alguém dessa maneira, e eu confesso que é meio agoniante vê-la cravar a tesoura em suas vítimas, embora eu goste de vilãs desse estilo em novelas. E o Rato foi meio burro ao pensar que Sophia não faria nada com ele apenas porque ele era fisicamente mais forte que ela. No meio de todo o acontecimento, tem um momento que eu acho incrível na cena: o locutor no rádio do carro anunciando “Boomerang Blues” de Renato Russo, o tema de abertura da novela, como a próxima canção. E é com essa trilha que Sophia faz uma cova e enterra Rato, sem perceber que deixou uma de suas mãos à mostra, e depois queima o lençol sujo de sangue com suas digitais.
A morte de Rato acaba recaindo sobre Leandra, depois que um motorista encontra o corpo dele na estrada velha e vai falar com a polícia. Então, Bruno vai averiguar o caso, e o legista fala sobre as semelhanças da morte de Rato com as de outras vítimas assassinadas com um objeto perfurante (Laerte e Vanessa). Assim, as investigações começam, e Bruno chega no bordel, porque encontraram na carteira de Rato uma foto de Leandra. Lá, a sem noção da Zildete fala demais na hora do interrogatório, e conta a Bruno aquela história sobre Leandra ter se passado por mulher honesta para se casar com um pretendente, e que Rato, por ser apaixonado por ela, revelou que ela era uma prostituta ao homem, acabando com o plano de Leandra de ter sua vida correta fora do bordel. Logo, Leandra fica aflita quando a polícia procura por ela para interrogá-la, porque ela pensa que Rato aprontou alguma, já que ele não apareceu para buscá-la como haviam planejado. Assim, Bruno mostra uma foto de Rato morto a ela, e pergunta se ela o conhece.
Leandra confirma que o conhece, e quer saber o que aconteceu. Bruno, então, revela que ele está morto, e mostra a foto dela encontrada na carteira dele. E depois que ele conta o que descobriu através de Zildete, Leandra é presa por suspeita de assassinato, afinal, segundo a polícia, ela tinha motivos para matar Rato: ele estragou o plano dela de se casar e virar mulher honesta – para ser sincero, achei essa justificativa bem fraca. Na delegacia, ela confessa que sentiu muita raiva de Rato quando estragou seus planos, mas não seria capaz de assassiná-lo, até porque ela gostava dele. Então, ela conta sobre ele ter ido procurar alguém para arrancar dinheiro para que eles pudessem ir embora, porque sabia um segredo dessa pessoa, mas acabou não voltando para buscá-la como haviam planejado… ela recebe a ajuda de Patrick, que a defende das acusações, e ela conta a ele a mesma história que contou a Bruno. Assim, Patrick também vê nisso uma ligação às outras vítimas mortas da mesma forma, com o famoso objeto perfurante.
Patrick consegue tirá-la da prisão com um habeas corpus, porque as acusações contra Leandra não tinham muita consistência, e ela tinha um álibi para todas as horas do dia do assassinato. Isso é constatado quando Bruno e a polícia vão até o bordel mais uma vez, e interrogam as meninas. Logo, ele continua buscando por pistas, e descobre através de Zé Victor que Sophia deu um extra para os garimpeiros irem pra “farra” naquele dia, e que Rato ficou de “papo” com ela, sozinho, no garimpo. Bruno, então, vai parar na casa da vilã, para lhe fazer algumas perguntas – “Delegado, eu devo considerar essa conversa como um interrogatório?”. E Sophia banca a emocionada, fingindo lamentar a morte de Rato, o seu "braço direito". Ela até conversa com Bruno com aquela voz embargada – MARAVILHOSA! Dessa maneira, ele faz muitas perguntas, mas ela consegue se safar de todas, e, por enquanto, as coisas continuam sem solução… ou pelo menos até Xodó, quem sabe, resolver falar o que viu à polícia: que Sophia e Rato saíram juntos do garimpo.

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Comentários

  1. O que as novelas têm com animais para nomes de "braços direitos" de grandes vilãs, né? "Rato" em "O Outro Lado do Paraíso", "Galo" em "Todas as Flores" e assim por diante hahaha

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