Salem 1x10 – The House of Pain
“I
WILL NOT BETRAY THE ONE TRUE LOVE OF MY LIFE”
Depois
dos acontecimentos do último episódio – onde Mercy teve coragem de acusar
Tituba de bruxaria e entregá-la a Increase –, eu confesso que fiquei um pouco
receoso em assistir “The House of Pain”…
simplesmente porque eu gosto muito da Tituba, e estava com um certo medo do que
poderia vir a acontecer com ela estando exposta à crueldade do Reverendo. E
posso dizer que este foi um dos episódios mais agoniantes e tensos da temporada
até aqui. Eu queria muito que Mary castigasse Mercy por tal atrevimento, mas não
tivemos nenhum momento do tipo. Tivemos apenas aquela cena em que Mercy se
esconde debaixo da mesa enquanto teme pelas consequências de sua ousadia, e
Mary a procura – “Mercy, você não pode se esconder de mim na minha própria casa”.
E Mary a encontra, e também a confronta pelo que fez com Tituba. Então, Mercy
tenta se justificar, explicando que “tudo o que fez foi por Mary”. Mas isso não
convence muito bem a líder do Coven. E
eu estava esperando pelo castigo…
Falando
em Anne, ela parece estar cada vez mais próxima de descobrir o segredo de Hale.
Finalmente, ela se depara com algo que pode revelar coisas sombrias sobre seu
pai: a máscara que viu caída no chão há alguns episódios, quando se deparou com
o Magistrado de forma suspeita em seu escritório e quis ver do que se tratava. Então,
Anne tocou em seu pai, e ele simplesmente desapareceu diante de seus olhos… uma
trama que eu achei que se resolveria logo, mas parece que talvez o roteiro tenha
guardado para o final da temporada. Enfim! Ela encontra a máscara, e por
curiosidade acaba a colocando e sendo transportada para a floresta. Lá, Anne
fica perturbada, achando que tudo faz parte de um pesadelo do qual tenta
acordar, mas é impossível, porque ela está realmente vivendo coisas inexplicáveis. E ela fica meio louca com aquilo tudo, enquanto Hale não pode
ajudar a própria filha, porque a máscara só permite uma viagem por pessoa, ou algo assim.
Sob
a ameaça desesperada da esposa, que promete contar o lado obscuro do Magistrado,
caso ele não dê um jeito de trazer a filha de volta, Hale vai pedir ajuda a
John, porque o Capitão conhece muito bem a floresta – e parece que o roteiro
estava afim de explorar o peitoral de
John, como nessa cena em que Hale vai falar com ele, e ele está lá, cortando
lenha sem camisa. Bem, só queria dizer que nós agradecemos (rs). Hale se redime
de algumas coisas que John não concorda sobre ele, e pede que ele o ajude por
Anne. E como sabemos, o Capitão não negaria essa ajuda, afinal, é a Anne quem
está perdida. Enquanto isso, ela já está desesperada por não encontrar o
caminho de volta para casa, e a vemos escutar vozes na floresta, dizendo que
ela “finalmente encontrou o seu caminho para casa”. Então, ela é atormentada
pelo diabo, e tenta fugir dele quando já está à beira de um colapso. Mas acaba
se deparando com John e Hale, para o seu alívio… os dois haviam se
surpreendido com os índios da floresta, e John se comunicou com eles, descobrindo,
assim, o paradeiro de Anne, porque os índios a viram perambular perturbada. E para
eles um “louco é sagrado”, porque acreditam que eles “podem viajar pelos mundos”.
Bem,
acredito que Mary sabia que não era hora de confrontá-lo, porque Tituba estava
sob seu domínio, e ela estava desesperada com o fato de ele fazer coisas horríveis
com ela. E ele fez. Ao longo do episódio, temos várias cenas em que Increase
amedronta Tituba com os objetos de tortura, tentando extrair dela nomes de
bruxas que estão manipulando a vila. Logo, ele começa a torturá-la, e aquilo é
atormentador. A “Casa da Dor” é apavorante, mas Tituba se mantém firme em não entregar
o Coven para o Reverendo. E ela até
entrega alguns nomes falsos para ele, mas Increase não acredita que aqueles
sejam os verdadeiros nomes dos culpados de bruxaria. Assim, conhecemos muitas
coisas sobre Tituba, quando ela diz que ele “não pode saber o que fez ou quem
serviu, até saber o porquê”. E foi tudo por “justiça”. Ela conta sobre não ser
uma bruxa e nem uma puritana, e sobre ser da tribo Arawak, que sofreu um ataque
dos brancos, que massacraram o seu povo e abusaram de mulheres como sua mãe e
suas irmãs, a obrigando a assistir tudo.
Logo,
ela conta que sua vila foi queimada pelos brancos, e que viu dois olhos
vermelhos na floresta, lhe dizendo “Tituba, você é minha”. Mas Increase não se
importa com nada daquilo, porque “Satanás fala com as pessoas na sua língua nativa”.
E ele quer saber quando ela vendeu sua alma para o diabo… então, viajamos pela
história de Tituba, quando ela revela seu passado e temos um flashback sobre isso, de quando ela era
uma criança capturada em uma jaula dentro de um navio, recebendo menos comida
que os outros e com medo de nunca mais ver “a luz do sol”. Tituba diz que seu
corpo foi comprado e vendido várias vezes, mas nunca sua alma… até chegar em
Salem. No meio da história, descobrimos que Hale foi quem a trouxe para a vila com
a finalidade de vendê-la de mão em mão… e seus últimos donos, a família de
Mary, não foram cruéis com ela, e Mary a tratava como uma irmã.
Tituba
sussurra alguma coisa para Increase, e eu fiquei naquele suspense sobre a
possibilidade de ela entregar o Coven depois
de tanta tortura… assim, ele vai até a casa de Mary, e ela também está
destruída sem saber o que está acontecendo com Tituba, e temendo nunca mais
conseguir recuperar sua melhor amiga. Logo, ele fala que entende porque Tituba não
é apenas uma serva para Mary, mas sua amiga também, e que descobriu uma coisa
incrível: encontrou muito amor. E tudo indicava que ele estava jogando mais uma
vez (que suspense maravilhoso) – “O amor é uma moeda de duas faces, não é? E
uma certamente é traição”. Increase começa a mexer ainda mais com o psicológico
de Mary quando fala sobre a fragilidade do amor, e que os menos amados um dia
vão descobrir que o amor tem gosto de cinzas, e Tituba descobriu isso… e tudo fica
ainda mais agoniante depois que ele fala sobre Tituba ter lhe contado tudo, e
que quando voltou para Salem, estava convencido de que a parceira de Satã
estava em sua frente, e tudo o que tinha que fazer era esticar a mão e pegá-la.
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