10 anos de “O Canto da Sereia” – Primeiro Capítulo (08 de Janeiro de 2013)
Uma
minissérie recheada de suspense, mistérios, segredos e uma boa dose de axé –
porque se a história se passa na Bahia, tem que ter axé, minha gente! Eu não
assisti “O Canto da Sereia” em sua
exibição original, lá em 2013, eu só fui conferir a minissérie em 2015, quando
a Globo completou 50 anos e reexibiu várias de suas minisséries de sucesso em
formato de longa-metragem, no festival “Luz,
Câmera, 50 anos”. Além de ter me encantado pela obra protagonizada por Isis
Valverde, eu adorei o fato de que a trama é inspirada no romance homônimo de
Nelson Motta, ou seja, também podemos conferir a história, de forma mais
detalhada, através do livro… e eu ainda pretendo ler este romance. Embora eu
ame “O Canto da Sereia”, eu tenho uma
única grande crítica quanto à minissérie: Cadê os atores pretos no elenco
central de uma história que se passa em Salvador, Bahia? É só isso mesmo.
Será que os
personagens centrais são descritos como brancos na obra literária?
Independentemente disso, ou de a história se passar ou não na Bahia de Todos os Santos, teria sido
interessante mais atores pretos na trama, mais representatividade e espaço para
os próprios artistas locais. Quem sabe até uma Sereia preta, já imaginaram? A
Globo poderia ter lançado uma protagonista preta, por exemplo. Seria algo bem
legal, não acham? Mas deixando minha crítica de lado, eu também tenho muitos
elogios à minissérie, o “O Canto da
Sereia” é uma obra muito bem dirigida, com ótimos atores – isso não podemos
negar – e uma bela interpretação de Isis Valverde na pele de uma estrela do
axé. É perceptível o quanto ela se dedicou para interpretar uma personagem tão
fora de sua realidade, já que ela é mineirinha.
E ela mandou
bem, eu adoro o tom que ela deu à personagem. Aliás, gosto muito da atuação de
todos neste trabalho.
E o fato de
terem gravado a maior parte da minissérie na própria capital baiana, explorando
grandes pontos de Salvador e evitando o quanto puderam os estúdios, só trouxe mais
qualidade para a produção. O resultado ficou maravilhoso, espetacular! No
último dia 08, “O Canto da Sereia”
completou 10 anos desde sua exibição original, e é para comemorar esses 10 anos
que o Hoje é dia de NOVELA trará reviews dos quatro capítulos da
minissérie para compartilhar com vocês. Então, meus reis e minhas rainhas, bora lá porque “O Canto da Sereia” é muito massa, viu? O primeiro capítulo da
trama começa com Augustão, o ex-segurança de Sereia, queimando páginas do
diário da musa e dizendo para seu amigo Vavá que “está queimando dinheiro vivo,
que se vendesse aquilo ali, não precisaria trabalhar o resto da vida”. Então,
entendemos que a intimidade de Sereia vale muito, e que o diário da cantora não
é qualquer diário.
E somos
levados para UMA SEMANA ANTES.
Eu adoro
essa dinâmica de passado e presente, a minissérie explora muito bem esse estilo
de narrativa enquanto nos entrega pistas para desvendar seus mistérios. Na
segunda cena do capítulo, conhecemos Sereia, e é uma cena com um certo tom
melancólico, porque percebemos que, qualquer que seja o motivo, a rainha do axé
music não está bem. Quando Sereia se olha no espelho, ela parece refletir sobre
o rumo que sua vida pode tomar a qualquer momento, e há algo preocupante
acontecendo com ela… então, ela toma uma cápsula de remédio e Mara, sua
empresária, chega para saber se ela está pronta para se arrumar para o grande
show daquela terça-feira de carnaval. Logo, quando Mara a vê e pergunta se ela está bem, Sereia responde com aquele
“Bem, não, tô ótima!”, e é o suficiente para sabermos que as coisas realmente não
estão nada bem e que tudo não passa de uma tentativa de esconder o que ela está
sentindo.
Então, ela
também faz uma pergunta, como quem espera uma resposta positiva para ter algum
motivo para seguir em frente: “Mara, Sereia tá bonita?” “Você é linda, linda!
Você tá linda. Você vai brilhar! Tem um monte de gente aí fora te esperando”. Depois,
a impressão que Sereia nos deixa é aquela de uma grande estrela que chegou ao
topo e que tem tudo, mas que esse tudo
não é capaz de acabar com o que quer que seja de ruim que está lhe acontecendo.
Na cena seguinte, ela está rodeada de profissionais que a preparam para o show,
e, ali, ela brinca, dá gargalhadas e mostra que está tudo bem, porque ali ela é
a musa que todos amam e adoram… na frente de todos ela parece não se permitir
ficar triste e parece deixar fluir quem ela realmente é quando nada lhe abala:
a rainha do axé, a deusa que leva alegria e muita energia quando arrasta
multidões, aquela que cumpre com seu papel de artista, o de espalhar muita luz
por onde passa, afinal de contas, ela é Sereia, amada e adorada por seus fãs.
Poucos
minutos de capítulo e já podemos sentir que estamos presos à história da
protagonista, nos questionando e tentando compreender o que pode estar
acontecendo com Sereia. Rapidamente, Isis Valverde nos cativa com sua
personagem, uma artista muito influente e uma mulher que aparenta ser forte e ao
mesmo tempo frágil demais. Logo, quando Mara diz à Sereia que uma colunista de
São Paulo quer fazer uma foto com ela, Ivete e Claudia Leite, no Farol da Barra,
mas que deixou claro que Sereia não vai dar pinta nenhuma em camarote de
governador ladrão, porque não quer a imagem da musa vinculada à péssima imagem
do governador, as duas têm um desentendimento, porque Sereia acha que Mara está
querendo falar por ela e ainda quer esgotar suas últimas gostas de energia
depois de ficar pulando e cantando por quatro dias em cima de um trio – “Você
quer acabar comigo, fofura? Assim só vai restar o bagaço”.
Só queria
deixar claro o quanto eu adoro quando a minissérie cita grandes artistas da
Bahia em seu texto, o que faz todo sentido, já que, na trama, a protagonista
faz parte do mesmo universo e tem o mesmo alcance dos artistas mencionados.
Sereia é puro brilho, meu amor!
Logo, Mara
dá um piti e sai dizendo que “quem
manda agora é Sereia”, enquanto Sereia está pouco se lixando para o chilique da
empresária e está mais interessada na cor do esmalte que estará
usando, afinal de contas, ela não é uma artista manipulável, ela tem suas
próprias vontades. E Mara parece aquelas empresárias superprotetoras que querem
controlar a vida dos artistas, mas com Sereia a coisa não é bem assim. O
pequeno conflito não é nada demais, até porque atritos entre empresários e
artistas são comuns no show business.
Depois, Mara liga para Augustão, para saber se está tudo certo para a chegada
de Sereia, no show, e para dizer que
não quer ninguém do governador no camarim dela. Então, parece que suas vontades
serão atendidas, menos quando se trata de Tuta, o marqueteiro de Sereia e do
governador Dr. Jotabê, alguém que Mara terá que aturar.
Assim, em um
momento em que Tuta está com o Dr. Jotabê, ele tenta convencer o governador de que
Sereia não seria louca de não o apoiar em sua campanha de reeleição.
Mas o
governador Jotabê não está tão confiante assim de que terá o apoio da artista,
pois Sereia não cumpriu com sua palavra de que iria em seu último comício e
agora ele acha que ela é uma traíra que se fez com o dinheiro dele e que também
é uma cobra que ele criou para mordê-lo… e ele jura que acabará com ela antes
que ela acabe com ele. Em seguida, conhecemos outra personagem importante na
trama: Mãe Marina, a mãe de santo de Sereia. E ela está sofrendo com a traição
de Jorge, que a traiu com uma filha da casa, ou seja, alguém que lhe deve
lealdade espiritual. Então, ele quer que ela o perdoe e jura em nome de Ogum
que pode mudar tudo o que fez – “Não jure em nome de Ogum. Não faça isso. Ogum
não tem nada a ver com teus armengue”. Jorge insiste no perdão, porque está
disposto a fazer o que for preciso pela relação deles, mas, até aqui, nada
feito.
Na saída
para o show, Sereia é esperada do lado de fora por seus fãs leais e eufóricos
por vê-la, e ela dá atenção a eles – “Vocês também aceleram meu coração”. No
caminho, uma multidão cerca o carro, e Sereia se lembra de quando Só Love –
Gente, isso é muito apelido de alguém da Bahia, né? Adorei! –, seu fiel amigo e
devoto, era como um daqueles fãs na multidão, que ela resgatou para perto dela…
e Sereia se diverte com aquele alvoroço todo. Então, ela olha para a multidão
de fãs, beija sua medalhinha de Iemanjá e, como se não quisesse perder a chance
de estar com seu público, abre a porta do carro e vai ao encontro de quem a ama,
abraçando os fãs e se misturando na multidão. É quando um homem a agarra pelo
braço e pergunta se ela achou que ele ia fugir para sempre. Sereia se assusta com
aquilo, sua pulseira com a medalha de Iemanjá cai no chão e é como se ela
perdesse a proteção da rainha do mar, e, então, algo de ruim parece estar
prestes a acontecer com ela.
Assim,
quando Augustão e Vavá a tiram da multidão e a livram do homem, ele grita
coisas como ela saber muito bem o que fez…
e Sereia fica visivelmente abalada com esse inesperado reencontro, embora
sorria e dê gargalhadas como se tudo estivesse bem. Diante disso, Mara chama
sua atenção, porque ela não tem noção do perigo que correu, mas Sereia é uma
artista do povo, uma estrela de excessos, difícil de conter. Seria realmente
isso, apenas um comportamento de uma estrela que ama ser adorada, ou seu drama
particular está fazendo com que ela faça coisas sem medir as consequências? No
camarim, quando fica sabendo que Mãe Marina não virá ao show, Sereia tenta não
transparecer que está tensa e insegurança – “Não tem problema, Iemanjá vai
proteger Sereia” –, mas ela realmente está agoniada. Quando conhecemos Pulinho
de Jesus, ex-caso e ex-produtor musical de Sereia, ele está assistindo a rainha
do axé pela televisão de um bar, comentando com o dono coisas como o quanto ela
já deu o que tinha que dar e como daqui a pouco pinta outra e ninguém mais se
lembrará dela.
Paulinho
parece não ter superado o fim de seu relacionamento com a rainha do axé, que
terminou por conta de agressão e com a Lei Maria da Penha impedindo que ele se
aproximasse dela. Logo, seus comentários desdenhando Sereia não passam de uma
paixão mal resolvida que ele não conseguiu esquecer. Em seguida, Paulinho recebe
uma ligação de Dedé, dizendo que “Mãe Marina mandou dizer que tá tudo certo,
como eles combinaram”. O que isso quer dizer? São coisas que só descobrimos no
decorrer dos capítulos, mas esse pode ser mais um dos mistérios ligados ao que
está prestes a acontecer com Sereia. E, gente, estamos falando de um personagem
interpretado por Gabriel Braga Nunes, não dá para esperar coisa boa de nenhum
personagem que o ator interpreta (hahahahahahaha) – Gabriel Braga Nunes e a má
fama de seus personagens (kkkkkkkkkkkkk).
Quando Tuta
vai ao camarim de Sereia, ele fala para ela sobre o governador não estar feliz
com algumas atitudes dela, e que perder o patrocínio dele para apoiar o
candidato inimigo, de graça, talvez não seja uma boa ideia. Mas ela não se importa
com nada daquilo, e o marqueteiro não consegue convencê-la a consertar as
coisas com o governador Dr. Jotabê. Mara e Tuta acabam entrando numa discussão
pesada, porque ela não quer a imagem de Sereia ligada a um governador envolvido
em escândalos de roubo e ele joga na cara dela que ela não é ninguém para falar
contra o governador porque é sonegadora de impostos, enquanto ela o acusa do
mesmo. Então, Sereia dá um basta naquela briga, porque está cansada daquelas
discussões entre eles e precisa estar em paz. E Mara diz à Sereia que seu maior
erro foi viver para ela, que extrapolou seu profissional e que, com isso,
esqueceu de si mesma. Eita!
E somos
levados para TRÊS ANOS ANTES.
Numa
consulta com Mãe Marina, a mãe de santo joga os búzios para Sereia, e ela vê um
jogo maravilhoso para a então futura rainha do axé – “Não se preocupe não, viu?
Você vai encontrar as pessoas certas e vai ter um futuro glorioso”. Sim, Mãe
Marina estava certa quanto às suas previsões. Mas se o futuro glorioso de
Sereia iria durar, aí já era outra história. De volta para UMA SEMANA ANTES, Sereia questiona Só Love sobre o motivo de ele
não ter lhe contado que Geraldo, o homem que a agarrou na rua, estava solto. Só
Love explica que não queria preocupá-la, e ele tenta tranquilizá-la, porque garante
que Geraldo não irá fazer nada de mal a ela. Assim, seguimos sem saber quem é
Geraldo na vida de Sereia, e esse é mais um dos mistérios da minissérie para
desvendarmos. Enquanto isso, Geraldo continua pelos arredores. Mais adiante,
para demonstrar o resultado de sua conversa com Sereia, Tuta diz ao Dr. Jotabê que ela está arrasada pelos erros que cometeu contra ele e por estar
do lado do candidato inimigo, que chorou muito e que jurou nunca mais falar de
política.
E o
governador Jotabê está confiante de que vencerá a eleição, com ou sem Sereia.
Minutos
antes de se apresentar no show, Sereia percebe que perdeu sua pulseira com a medalhinha
de Iemanjá, e isso a deixa preocupada. Mas quando ela sobe em seu trio elétrico,
todos os seus problemas parecem desaparecer, porque ela esbanja sensualidade, beleza,
carisma e muita energia para seus fãs, e eles retribuem – “Boa tarde, minha
Bahia de Todos os Santos! Hoje eu quero ver o chão tremer, porque aqui quem
fica parado é poste. Salve Salvador! Salve o Brasil!”. Então, ela canta, dança
e anima a folia com músicas de sucesso – “Vamos abrir a roda, enlarguecer”.
Acho essa música da cantora Sarajane tão engraçada (rs), mas ao mesmo tempo ela
é tão divertida, tão a cara de músicas de carnaval baiano. E é uma sequência
contagiante, porque realmente sentimos aquela vibe gostosa do carnaval de Salvador. Mãe Marina assisti Sereia pela
tevê, com uma certa angustia e um pressentindo de que está cada vez mais perto
o momento de que algo de ruim irá acontecer com a rainha.
Quando o trio
elétrico passa em frente ao camarote do governador Dr. Jotabê, Sereia diz
algumas coisas para ele, coisas como a imprensa querer causar intrigas entre
eles com suas notícias, mas que o ama, o ama muito. E ela tem um tom de deboche e sarcasmo bem perceptíveis, que ele precisa engolir e dar sorrisos amarelos porque está em
público. Assim, ela também é afrontosa com Tuta, quando diz para ele parar de
“mamar nas tetas do governo”. Depois, ela ainda diz ao governador que “honestidade é a
coisa mais importante para o povo”… então, ela é ovacionada pelo público, e o político e Tuta não gostam do que acabaram de ouvir. Logo, o show continua, e Jotabê dá sinal
para um de seus seguranças – Para quê? Não sabemos, pelo menos não ainda, mas
nada é aleatório. Assim, ela continua cantando e dançando para seu público, até
olhar para o alto de um prédio e ver que há alguém lá… alguém que a tem na
mira.
Do alto do
prédio, uma pessoa fantasiada espera o momento certo para atirar, enquanto ela
não para olhar e dançar, como se esperasse pela hora da morte.
De braços
abertos, parecendo se entregar à tragédia, ela leva o tiro e cai no palco do trio. E
tudo fica muito mais dramático e tenso quando o silêncio toma conta da cena por
alguns segundos e vemos Sereia caindo em câmera lenta. É uma cena impecável,
bem dirigida, construída e pensada para criar aquela atmosfera de tensão e
angústia, até sermos trazidos de volta ao som de gritos e correria. É o alvoroço
e o pânico do público, que se instala diante do atentado contra Sereia. Assim,
a sequência que começou alegre e contagiante termina de forma tensa e muito
dramática: a grande estrela do axé foi assassinada na frente de seu público. Ao
vê-la agonizando, Augustão tenta mantê-la acordada enquanto chega o socorro, mas não há o que fazer, e Sereia morre. Que cena, gente. Que cena! Aplausos
para todos os envolvidos. E eu achei criativa a escolha de fazer a
câmera pegar, num plano alto, o corpo caído e ensanguentado da personagem.
É triste,
mas ao mesmo tempo é um belíssimo take
dos segundos finais da cena da morte de Sereia. E ainda há, antes deste take final, uma breve narração da
personagem, enquanto seu espírito caminha para dentro do mar… o mar, o
verdadeiro lar de uma sereia.
E o que ela
diz é lindo e poético!
“Tudo o que eu desejo é arriscado, mas Iemanjá sempre me deu força e
clareza para eu fazer uma passagem luminosa”
Assim, todos
os que eram próximos de Sereia, ou tiveram algum contato com ela, em algum
momento de suas vidas, parecem abalados, mas também suspeitos. E a minissérie gira,
de forma bem interessante, mesclando passado e presente, em torno do mistério de
quem é o assassino de Sereia e suas motivações para matá-la. Augustão lamenta a
morte da grande estrela do axé, e ele decide ir atrás do homem que a ameaçou
antes do show, jurando que vai pegar o
safado que a matou, nem que isso seja a última coisa que ele faça em sua vida.
Depois, quando ele está sonhando com uma divertida noite de amor com Mara e Sereia (Ai, que loucura! Ai, que safadeza! Hahahahahahaha), Mara chega e interrompe
seu sonho excitante – estraga prazeres (hahahahahaha). Ela quer que ele seja
seu detetive particular, porque não quer e nem pode esperar pela polícia, mas
Augustão só aceita se ela lhe contar tudo o que sabe, e entre eles não pode
haver nenhum segredo.
Quando Tuta
visita Paulinho, para desabafar sobre a morte de Sereia, eles conversam sobre o
quanto não fazem ideia de quem possa tê-la matado, porque para Tuta ela era uma
menina querida, amada e que não tinha inimigos, mas Paulinho não tem tanta
certeza assim sobre isso, principalmente sobre ela “não ter inimigos”. Então,
depois que Tuta percebe que Paulinho vai viajar, pode ser que ele passe a
desconfiar que o amigo poderia ter motivos para assassinar Sereia, e por isso
está saindo de Salvador. Para Augustão, Mara conta que Sereia tinha um diário,
e que neste diário, que sumiu e que ninguém pode encontrá-lo para se apoderar
dele, ela escrevia tudo como uma adolescente costuma fazer. Então, ela tem
urgência em saber se a polícia o pegou quando esteve na casa de Sereia e em
recuperá-lo, porque ela sabe sobre os segredos da cantora e a intimidade da
rainha do axé precisa ser preservada.
E Mara também sabe
o que Sereia estava sentindo.
Com isso,
Augustão começa a investigar a morte da estrela enquanto a delegada Pimenta e a
polícia fazem o mesmo, e ele acaba descobrindo que, quando Sereia deu queixa de
Paulinho, por agressão, a delegada Pimenta levanto a ficha dele, e Paulinho de
Jesus já aprontou muito… ele já foi preso por tráfico de drogas e associação
com o tráfico – “Ex-presidiário vira produtor musical de rainha do axé”. TRÊS MESES ANTES DO CRIME, vemos uma
Sereia completamente abalada por algo que lhe aconteceu, e ela escreve em seu
diário: “Eu sei que eu tenho muito pouco tempo de vida. Estou marcada para
morrer!!!”. Particularmente, eu adoro histórias onde diários são importantes
para a resolução dos mistérios. Na dramaturgia, diários sempre revelam grandes
segredos, e não será diferente em “O
Canto da Sereia”. O que tanto a rainha do axé teria para esconder?
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