Next in Fashion (Season 1, 2020)
“Three, two, one, GO!”
Eu não sou
muito de reality show – até vejo um
aqui e outro ali com meu namorado, algum de culinária, por exemplo, e é
basicamente isso. Ah, claro, e uma ou outra temporada do BBB (rs). Mas quando o assunto é reality de moda, eu fico mais curioso e tentado a assistir, o que
foi o caso de “Next in Fashion”, produção
norte-americana produzida por Robin Ashbrook e Yasmin Shackleton e distribuída pela
Netflix. Eu adoro moda e tudo que é
relacionado a ela, até já pensei em fazer uma faculdade, quem sabe um dia. Moda
é arte. Moda é atitude, expressão e, entre outras coisas, MODA É POLÍTICA!
Num belo
dia, sem nenhuma pretensão, liguei a TV
na Netflix e fui fazer uma daquelas
buscas intermináveis a fim de encontrar alguma coisa para assistir, quando, então,
me deparei com o reality e resolvi
dar uma verificada. E depois de assistir ao primeiro episódio, não parei mais. Eu
simplesmente amei “Next in Fashion”,
amei os apresentadores (Tan France e Alexa Chung são divertidos), amei os
participantes e amei todo o conceito do programa: 18 talentosíssimos designers de diferentes lugares do mundo
competindo por 250.000 dólares e a chance de ter uma coleção inteira num dos
maiores sites de moda varejista de luxo, o Net-a-Porter.
Uau!
Contando com
10 episódios, no início do reality os
18 participantes formam 9 duplas que precisam contornar suas diferenças para não
serem eliminadas – e nem teve tretas (rs), apenas pequenos conflitos de ideias,
nada demais. Cada episódio é focado em um tema, e os meus favoritos foram Tapete Vermelho, Streetwear, Moda Rock,
Inspiração Militar, Moda Jeans e, claro, a Grande Final, com uma surpresa
daquelas. Com o passar dos episódios, conhecemos um pouco da vida dos
participantes, seus conflitos e suas motivações para se tornarem um next in fashion. Eu sei que esse tipo de
dinâmica é executado em quase todo reality,
mas ainda assim eu não deixei de me emocionar com várias das histórias
contadas.
Julgados por
três jurados fixos, os apresentadores e Elizabeth Stewart, uma grande estilista
de celebridades, além de jurados convidados que são especialistas nos temas
propostos em cada episódio, os participantes tinham dois dias para criar looks que os convencessem de que eram os
melhores de cada etapa. E o grandiosíssimo closet
do programa, com os materiais necessários para as criações, era um
verdadeiro sonho para qualquer designer de moda. Quando as duplas são desfeitas,
e isso já é um pouco mais da metade da temporada, os participantes restantes
precisam voltar ao costume de trabalharem sozinhos em suas criações, e isso
traz um pouco de insegurança, já que, de certa forma, haviam aprendido a
trabalhar em equipe.
Por outro
lado, isso lhes dava a liberdade de criarem seus looks como bem entendessem, e o resultado era incrível. Na grande
final da temporada, restam dois dos melhores participantes do reality: o britânico Daniel W. Fletcher
e a sul-coreana Minju Kim (uma fofa). Para o desafio final, eles precisam criar
uma coleção inteira com dez looks e
em três dias – eu fiquei tipo: OMG,
dez looks em três dias? Eles têm a
ajuda de três auxiliares de costura para cada um, mas ainda assim todos os
pesos das criações recaem sobre eles, e eu estava torcendo muito para a Minju. A
Minju se demonstrou muito competente durante a competição, mas era muito
insegura quanto ao seu potencial devido à pressão que sofria de sua irmã e
sócia para sempre ser a melhor em tudo, além de quase sempre ser podada pela
irmã quanto à suas criações.
Ambos arrasam muito em suas coleções,
com cada um dando o seu toque bem peculiar e específico de fazer moda. Mas a
Minju acaba levando a melhor ao criar os looks
inspirados no empoderamento de Frida Kahlo. E que coleção espetacular,
gente! Essa vitória tinha que ser da Minju, porque foi a prova, especialmente
para ela, do quanto ela é capaz de criar coisas incríveis sem medo de ser
criticada. Com certeza, ela saiu do programa muito mais confiante, e isso foi
lindo de se ver. Chorei de emoção com vitória dela. Que coisa mais linda vê-la
vencer. E o reality proporcionou para
ela essa autoconfiança que ela tanto precisava, porque talento ela tinha de
sobra. Agora, além dos 250.000 dólares, sua coleção também está confirmada no Net-a-Porter.
Que vitória,
hein? Que venha a segunda temporada!
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