Hoje é dia de 200 – Os vilões mais icônicos da dramaturgia!



Como dizem os cariocas: “CARACA!”. Galera, eu cheguei a 200 postagens! E é claro que estou muito feliz com o desempenho do “Hoje é dia de NOVELA”. O blog ainda está começando, mas já vem ganhando o seu espaço na Web, o que me deixa entusiasmado para continuar escrevendo e fazendo meus comentários sobre minhas novelas favoritas. Mas hoje o dia é DELES – dos nossos malvados favoritos! –, e nada melhor do que falar sobre alguns dos maiores vilões de todos os tempos na dramaturgia brasileira para comemorar essa postagem especial – 200 postagens! Caramba! É meio inacreditável. Mas como disse meu namorado (te amo, meu amor!), eu já escrevi no blog uma quantidade de textos que equivalem a um TCC, devido ao número de páginas escritas… pensando bem, isso confere (rs). Porém, voltemos para o tema escolhido para esta celebração: VILÕES! E é óbvio que é difícil escolher um entre tantos. Por isso, eu selecionei apenas 5 dos muitos que se tornaram inesquecíveis para mim. E vamos que vamos, porque eles também, assim como as vilãs, merecem estar por aqui.
É NITROGLICERINA PURA!
CLÓVIS MOURA (O Profeta 2006): Neste remake da telenovela homônima escrita pela autora Ivani Ribeiro em 1977, DALTON VIGH deu vida ao grande vilão da história, Clóvis – ofuscando qualquer outro vilão da trama com sua interpretação grandiosa –, que infernizou a vida da mocinha Sônia (Paolla Oliveira) com sua paixão obsessiva e doentia por ela, e fazendo de tudo para mantê-la longe de seu grande amor, Marcos, o fofo do Thiago Fragoso. Clóvis era um rico viúvo e empresário do ramo dos cristais, e depois que a protagonista da novela se desiludiu com seu par romântico – por conta de algumas armações criadas pela vilã Ruth (Carol Castro) para desviá-lo do caminho do bem, o influenciando a usar seu dom para a vaidade e o dinheiro fácil –, ela vê no vilão, que sempre demonstrou bondade para com ela e seu pai idoso, a chance de talvez ser feliz ao lado de um homem bom. Então, Sônia se casa com ele, e sua vida se transforma em um pesadelo. Aos poucos, ele passa a aprisioná-la dentro de casa, impedindo que ela veja até mesmo o pai, e é ameaçando acabar com a vida do sogro, que Clóvis consegue deixá-la cada vez mais vulnerável às suas ordens.
E o ápice da crueldade do vilão é justamente esse confinamento em que ele obriga a mocinha a viver. E isso durou tempo suficiente para Clóvis se tornar cada vez mais inescrupuloso e VIOLENTAR Sônia, porque não queria mais esperar que ela estivesse pronta para chegar a amá-lo um dia. As cenas de agressão contra a protagonista eram, além de extremamente violentas, bastante impactantes. Quem não se revoltava com a crueldade de Clóvis, hein? Ele batia em Sônia brutalmente, a deixando cada vez mais perturbada com aquela vida reclusa. E o desespero da mocinha só aumentou, à medida em que vivia o terror de conviver com um monstro que matou envenenada a primeira esposa. O fim do vilão foi trágico, Clóvis tenta matar sua parceira de vilanias, Ruth, com uma bebida envenenada, depois de um frustrado sequestro de Sônia, onde ela é salva por Marcos e ele foge da polícia. Mas Ruth é esperta, e troca as bebidas, fazendo com que ele prove do próprio veneno. E como a novela era espírita, para pagar definitivamente por suas crueldades, Clóvis ainda é levado para o INFERNO. Um fim maravilhoso para um personagem que foi brilhantemente interpretado por um grande ator, não?
OLAVO NOVAIS (Paraíso Tropical): Diferentemente de Clóvis, Olavo não tinha nenhuma obsessão pela mocinha da trama. Seu grande foco era destruir seu arqui-inimigo e protagonista da novela, Daniel Bastos (Fábio Assunção). E mais uma vez foi aquela coisa, sabe? O VILÃO ROUBOU A CENA! Ninguém esperava muito de WAGNER MOURA neste papel – pelo menos eu não –, até porque a novela tinha aquele enredo de irmãs gêmeas, ambas interpretadas por Alessandra Negrini, o que dava a entender que a grande vilã seria Taís, a gêmea malvada. E todos nós sabemos como é: novela que tem gêmea mau-caráter costuma ser sinônimo de sucesso por conta das vilanias da irmã ordinária contra a boazinha. Mas Wagner agarrou o personagem com unhas e dentes, e fez de Olavo um dos vilões mais inesquecíveis do autor Gilberto Braga.
Totalmente ambicioso e ganancioso, Olavo era movido por poder e dinheiro. Tudo o que ele queria era decolar na vida, porém, em seu caminho, estava Daniel, o filho do caseiro, por quem Antenor (Tony Ramos), seu tio, tinha uma grande admiração e carinho. E esse era o problema, Antenor, o grande empresário multimilionário da trama, via em Daniel o filho que ele havia perdido. Logo, Daniel era um forte candidato a herdeiro do ricaço, deixando Olavo enciumado e cheio de inveja. Assim, o vilão aprontou todas para tirar o mocinho de seu caminho, e seus planos terminaram por separar o casal protagonista, Daniel e Paula (a gêmea boazinha), algumas vezes, porque lhe convinha fazer essas coisas para destruir seu inimigo. Entre algumas ideias mirabolantes de Olavo, estava a de incriminar Daniel, fazendo ele ir parar na cadeia por conta de um suposto envolvimento com uma menor de idade, e também a de forjar provas para que Antenor acreditasse que seu protegido estava desviando dinheiro de sua empresa para uma conta no exterior, tudo para ser reconhecido pelo tio e conseguir um cargo de prestígio no Grupo Cavalcanti.
Mas Olavo nunca estava sozinho em suas armações, e é impossível falar no vilão sem lembrar de sua grande aliada, a prostituta de “CATIGURIA”, Bebel. A parceria com a personagem de Camila Pitanga deu tão certo, que o público passou a torcer pelo casal mau-caráter. E realmente as cenas dos dois eram hilárias, e são lembradas até hoje pelos telespectadores. Bebel, a “exclusiva de Olavo”, passou ser a única pessoa por quem ele passou a nutrir algum sentimento, e os dois nos faziam rir à beça! Completamente frio, Olavo maltratava a mãe e o irmão bandidinho. Mas tudo bem, seus “entes queridos” não valiam nada mesmo. Então, estava tudo certo! E o fim do vilão é bem estilo Gilberto Braga mesmo, Olavo sempre soube que o irmão, Ivan (Bruno Gagliasso), era o filho de Antenor, e ele deu aquele táxi velho para o irmão, posando de bonzinho, para que, posteriormente, Ivan passasse tudo o que tinha para ele através de um testamento. O grande plano? Matar a mãe e depois Antenor, logo, a herança do tio passaria para o herdeiro legítimo, Ivan, e depois ele mataria o irmão para ficar com tudo, já que no testamento de Ivan, Olavo seria seu único herdeiro. Maravilhoso!
Mas as coisas não dão certo, afinal de contas, o vilão precisa pagar por todas as suas falcatruas no último capítulo da novela. Então, encurralado por conta de seus crimes, Olavo confessa que planejava matar todos os que poderiam se beneficiar da herança de Antenor, para que ele ficasse com ela só para ele. E em uma cena emblemática, ele vai revelando seus planos podres, e seus crimes, de forma sarcástica e cínica, porque já não tinha mais saída… assim, um outro grande trunfo de Gilberto Braga, usado mais de uma vez em suas novelas, o famoso “QUEM MATOU?”, estava também ligado ao vilão e foi revelado: Olavo era o assassino de Taís, que depois de também descobrir que Ivan era filho de Antenor, e que ele planejava matar o irmão para ficar com a grana, passou a chantageá-lo… e ele a matou para calar a boca da piranha. Então, Ivan se revoltou com Olavo, porque Taís era sua amante e a única pessoa que ele havia realmente amado na vida, e eles acabam trocando tiros e matando um ao outro. Resumo da ópera: Wagner Moura arrasou até o último suspiro de Olavo!
FÉLIX RODRIGUEZ KHOURY (Amor à Vida): Eu jamais deixaria Félix, A BICHA MÁ mais amada do Brasil, fora desta lista! Morro de amores por este personagem maravilhoso de MATEUS SOLANO até hoje, e acho que ninguém teria feito um vilão gay tão bem quanto ele! Sabe aquele personagem que marca a carreira de um ator? Que parece que foi feito exclusivamente para ele? Então, este é o caso de Félix! Eu amava os trejeitos do personagem, adorava vê-lo apelidando todos que ele amava ou odiava: Papi Soberano, Mamy Poderosa, Lacraia do olho azul, Cadela, Bofe de Ouro, Anjinho, Múmia, Ratinha, entre tantos outros. E ainda tinha seus bordões espetaculares, entre eles, o mais famoso de todos: “EU SALGUEI A SANTA CEIA” – esse caiu na boca do povo! No início da trama, eu cheguei a questionar se Félix funcionaria como vilão, porque tive receio de que se tornasse mais um gay caricato em uma novela. Mas daí veio o Mateus Solano e deu um banho de interpretação, mesclando a comédia com a vilania. E deu muito certo! Não tinha pra ninguém, a novela era dele!
Félix era sarcástico, e tinha um humor ácido e leve ao mesmo tempo. Mas como ele era o vilão da trama, quando tirava para fazer suas maldades, a ardilosidade, o cinismo, e o mau-caratismo jorravam dele, juntamente com a sua perversidade. E ao mesmo tempo em que nós o amávamos, nós também o odiávamos. E as maldades dele começam logo no primeiro capítulo da trama, quando ele decide contar à Paloma (Paolla Oliveira), sua meia-irmã, como se fosse uma confissão amigável entre irmãos, que ela era adotada – na verdade, Paloma era filha somente de César (Antônio Fagundes), fruto de um relacionamento extraconjugal. Então, Paloma passou a compreender porque sua mãe, Pilar (Susana Vieira), a tratava com certa indiferença. E a relação das duas, que já era conturbada, ficou ainda mais estremecida por conta dessa primeira vilania de Félix… ainda no mesmo capítulo, ele comete a pior crueldade do personagem: depois que Paloma dá à luz à uma menina, em um banheiro fétido de bar, Félix pensa que a irmã está morta, e joga a sobrinha “ratinha”, como ele a chamava, no lixo. Aquilo foi repugnante!
As atrocidades de Félix eram movidas por inveja e ciúmes da relação carinhosa entre Paloma e o pai, e a rejeição de César para com ele desde a infância, sempre preferindo a irmã e o excluindo por conta de seus trejeitos, fez com que Félix crescesse uma pessoa má, rancorosa e perversa. Logo, ter jogado um bebê no lixo significava que ele havia se livrado de mais uma possível concorrente ao favoritismo e ao amor de seu pai. E durante a maior parte da trama, o personagem foi cometendo suas crueldades na busca por atenção… então, Félix tinha seus motivos para ser vil, embora nada justificasse suas atrocidades. Lá pelas tantas, ele dá o seu jeitinho de fazer Paloma ir parar em um hospício de métodos arcaicos e rígidos, onde assistíamos a cenas pavorosas, nas quais Paloma recebia tratamento de choque. E é óbvio que, como todo bom mau-caráter, Félix roubou o hospital da família, armou para o caso do pai com a secretária ser flagrado por sua Mamy, entre otras cositas más, até chegar ao seu ápice.
O vilão acabou sendo desmascarado, em uma cena antológica, onde Mateus Solano lacrou de vez com uma interpretação que nos causou repulsa, ódio e pena: a família descobriu que ele foi o responsável por Paloma ter passado tantos anos longe de sua filha, Paulinha… e após ficar sem saída e acuado, por conta das provas, Félix confessa seu crime. E aquilo vira um verdadeiro escarcéu dentro da família, com direito àquela surra que Paloma deu nele por conta da monstruosidade cometida pelo irmão que ela sempre amou e deu carinho. Então, Félix vomita suas justificativas para tanta maldade: a rejeição do pai e a preferência dele por Paloma, porque desde que havia chegado na família, ainda criança, tudo tinha mudado para ruim na vida dele. E Félix confessa que ela era uma intrusa… então, ele é rejeitado por todos, porque o que ele havia feito com uma criança recém-nascida não tinha perdão. Foi uma cena INESQUECÍVEL! Daquelas de parar o Brasil. Assim, ele acaba sozinho, recebendo apenas o amparo da ex-babá, Márcia (Elizabeth Savalla), a mãe da Valdirene. Daí já viu, né? Félix foi experimentar a vida de pobre (rs), e o personagem passou a ganhar novos ares.
Depois de tudo, Félix foi se redimindo, e o personagem passou o seu cetro de vilão-mor para Aline (Vanessa Giácomo), passando assim por aquele tratamento de realidade ao conviver com a babá vendedora de hot-dog. À primeira vista, Félix repudiou aquela pobreza toda, o que passou a fazer o personagem começar comicamente a sua redenção. E as cenas de Félix vendendo hot-dog para sobreviver foram as melhores – “VEM QUE TEM! É O HOT-DOG DO FÉLIX!”. Como eu ria com aquilo. Félix acabou se redimindo e caiu de vez nas graças do público, que o perdoou de todas as suas maldades. E até encontrou um grande amor para sua vida, Niko, o seu “carneirinho”, interpretado pelo fofíssimo do Thiago Fragoso. E que parceria linda dos dois em cena, o que rendeu o “primeiro beijo gay” da televisão brasileira em uma novela – na verdade, da Globo, porque o SBT estava anos luz à frente da emissora carioca, com aquele beijaço lésbico entre as personagens de Luciana Vendramini e Gisele Tigre em Amor e Revolução. E eu achei o beijo bem sem gracinha, porque esperava mais. Mas tudo bem, estava lá, na Globo, a principal emissora do país. Então, aquele selinho estava valendo.
Mas ainda faltava a cereja do bolo para que Félix encontrasse a total felicidade: sua reconciliação com o pai! César havia sofrido todas as atrocidades possíveis nas mãos de Aline, e a piranha fez o velho de gato e sapato após ele ter ficado cego. E depois de tudo, foi justamente Félix, o filho que César tanto rejeitou por conta de sua orientação sexual, quem o amparou na hora mais difícil de sua vida – uma velhice debilitada. E a última cena da novela fez o Brasil chorar de emoção, com o ex-vilão levando o pai numa cadeira de rodas para um passeio na praia, sempre cuidando de César com todo o amor e dedicação. E Félix teve o que tanto esperou durante anos: o amor de seu pai – “Sabe, pai? Eu te amo!”. E é claro que eu chorei muito com César dizendo aquele “Eu também te amo, meu filho!”. E eles dão as mãos, em lágrimas, como sinal de que todas as coisas ruins acabavam ali. E esse foi o fim de Félix. Depois de pagar por todas as suas barbaridades, ele finalmente se reconciliou com o pai, encontrou a felicidade ao lado de um homem maravilhoso, além de sua redenção completa. Um final lindo e merecido!
MARCOS SOARES MENDONÇA (Mulheres Apaixonadas): O vilão de DAN STULBACH não era o principal da novela, e nem estava ligado ao núcleo central do enredo. Mas ele acabou roubando a cena em uma das tramas paralelas da história de Manoel Carlos: A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. E, falando sério, quem não tinha pavor daquela raquete de tênis, hein? O tema abordado através dos personagens Marcos e Raquel (Helena Ranaldi) era delicado, e precisava mais do que nunca ser debatido – a violência contra a mulher estava crescendo absurdamente no Brasil. E uma novela do horário nobre parecia ser o melhor lugar para discutir o assunto, porque, além de fazer o público parar para refletir, tinha toda a questão de incentivar as mulheres a denunciarem seus agressores. Então, o Maneco resolveu criar um personagem violento e atormentador que coube a Dan dar vida. E como ele fez brilhantemente esse vilão inesquecível, concordam? Causando repulsa e indignação nos telespectadores. E marcando a carreira do ator para sempre.
Marcos era o marido de Raquel, que para fugir das agressões dele resolveu se mudar de São Paulo para o Rio de Janeiro. Mas a vida da professora de Educação Física volta a ser um inferno quando ele descobre seu paradeiro e passa a atormentá-la novamente. A trama tinha cenas fortes, pesadas, que eram difíceis de assistir: Marcos agredia a esposa com uma raquete de tênis. E aquilo era pavoroso. Pois além de sua violência contra Raquel, ainda tinha o fato dela se sentir ameaçada, o que a impedia de ter coragem de denunciá-lo, e seu psicológico ia ficando cada vez mais abalado. E como esquecer a cena em que ele sente prazer em agredi-la nua com aquela raquete, deixando marcas horrorosas em seu corpo, sem atender ao pedido desesperado dela para que não fizesse aquilo. E a cena se tornou ainda mais perturbadora e perversa quando ele colocou aquela música clássica enquanto espancava Raquel. Marcos tinha uma mente sádica e doentia.
Obviamente, o público se interessou por aquele tema polêmico abordado na trama, e passou a odiar Marcos, desejando que ele tivesse um final tal qual as atrocidades que ele cometia contra Raquel. Porque aquilo despertou a revolta dos telespectadores contra o vilão. Em meio a todo esse sofrimento, Raquel se aproxima de um de seus alunos, Fred (Pedro Furtado), e os dois acabam se apaixonando. Diante disso, Marcos passa a também perseguir o garoto, e o fim do vilão é uma morte provocada por um acidente de carro: Marcos sequestra Fred, o ameaçando com uma arma. E com aquilo, ele também queria chamar a atenção de Raquel. Depois de ligar do celular de Fred para ela, ele conta que está com o garoto sob suas ameaças. Raquel fica desesperada, e resolve atender ao pedido dele de ir encontrá-los. Desequilibrado, e no comando de um carro, Marcos continua mantendo Fred como refém, enquanto ela consegue alcançá-los e implora para que ele pare o carro.
Porém, Marcos não a escuta, e muito menos Fred, porque ele quer atormentá-la uma última vez… então, em uma cena repleta de tensão, com aquela agoniante música clássica como trilha, e para o espanto do público, Fred tenta parar o vilão quando quase consegue tomar o controle do carro. Eles brigam pela direção do automóvel e ele cai de um penhasco matando os dois… eu considero este o melhor personagem de Dan Stulbach! O vilão acabou sendo fundamental para a importância de se combater a violência doméstica, que ainda continua sendo um problema no país. Mulheres passaram a criar coragem para fazer denúncias, assim como a personagem Raquel fez. E Manoel Carlos conseguiu passar sua mensagem de conscientização do público sobre a altíssima taxa de agressão contra a mulher que o Brasil tinha, e ainda tem, mesmo que por apenas alguns meses, durante o período de exibição de sua novela.
CONDE VLADIMIR POLANSKI “VLAD” (Vamp): Era para ser apenas uma participação, mas a coisa tomou uma proporção tão grande que o personagem de NEY LATORRACA ficou preso em “VAMP” e foi até o fim… Vlad é o meu vilão xodozinho! Ele é aquele que te faz lembrar da infância, dos tempos em que eu era tão pequeno, que pensava que o vampiro-mor da novela era de verdade. E eu morria de medo dele (rs)! Mas assistindo recentemente à novela, eu percebi que Vlad não era tão terrível quanto eu imaginava, e eu passei a amá-lo ainda mais. É, de fato, nítida a minha paixão por essa trama de Antônio Calmon. Logo, Conde Vladimir Polanski também não poderia faltar nesta lista. Eu sempre gostei de histórias de terror, e “Vamp” foi aquela novela que começou meio pesadinha, mas depois virou uma comédia vampiresca que causou o maior frisson entre as crianças, adolescentes, jovens e até adultos. Uma novela onde até o principal vilão tinha uma veia cômica, misturada com terror e suspense. O vampirão soberano ficou no meu imaginário, e eu sempre lembro dele com muita saudade.
Vlad tinha aquela pegada “eu posso tudo”, meio Susana Vieira, sabe? (rs) E isso gerava até um certo fascínio por ele. Eu amava a relação dele com seus súditos, sempre os menosprezando e os punindo por suas incompetências, com aqueles tapas na cara deles em que Vlad apenas fazia os movimentos de esbofeteá-los, enquanto os demais atores moviam seus rostos de um lado a outro como se recebessem as bofetadas através dos poderes do vilão. Muitas coisas em Vlad me cativavam: seus trejeitos, seus figurinos de Senhor Soberano das Trevas, seus poderes de transformação e, é claro, seus caninos de vampiro que eu amava. Ney Latorraca deu um tom maravilhoso de sarcasmo e deboche ao vilão. E tudo deu muito certo em Vlad. O vampiro era completamente obcecado por Natasha (Claudia Ohana), a reencarnação de um amor passado, Eugênia. E lá no primeiro capítulo, ele a amaldiçoa quando a transforma numa vampira, tudo para tê-la para sempre ao seu lado.
Natasha estava frustrada com sua vida de cantora de Rock fracassada e sem oportunidades no meio musical, e ela aceita até vender sua alma para o diabo em troca de sucesso. E foi justamente neste momento que Vlad surgiu para dar a ela o sucesso em troca de uma mordidinha em seu pescocinho. Mas ela logo se arrepende do que fez, e passa a querer se livrar da maldição. É aí que começam as vilanias do Conde-Vampiro, porque ela se apaixona por Lipe (Fábio Assunção), e Vlad passa a fazer coisas para impedir tal amor, a aprisionando, a hipnotizando e a obrigando a ser uma serva submissa – Natasha também levou as famosas bofetadas castigadoras de Vlad. Até passar uma temporada na lua eles foram, gente… eu achei essa fase da novela genial! Vlad não era aquele tipo de vilão que se odeia, e seu cinismo era claramente aceitável. E o que dizer dele dançando THRILLER, de MICHAEL JACKSON, junto com os mortos-vivos do cemitério, hein? Foi uma cena icônica que ficou pra história do personagem.
Seu fim foi como o de quase todo vampiro. Depois de aprontar muito, tentando criar um exército vampiresco para combater o bem – “Eca!” –, ele teve uma estaca cravada em seu peito, pelas mãos do capitão Jonas Rocha (Reginaldo Faria), seu arqui-inimigo de outros séculos, que era o único a poder destruí-lo… em outra vida, o capitão Jonas foi o grande amor de Eugênia, se transformando em um poderoso rival para o vampiro-mor, atravessando séculos. No último capítulo, já “derrotado”, Vlad se levanta de sua tumba e promete retornar, soltando aquela gargalhada maquiavélica no final. Um final ao melhor estilo terror trash, que eu amei assistir, porque, tipo assim: Será que Conde Vlad definitivamente foi destruído? Fica a incógnita.
Bem, pessoal, esse foi o TOP FIVE de uma lista imensa de vilões maravilhosos que eu amo. Curtam bastante, e até a próxima Postagem Especial do “Hoje é dia de NOVELA”.

Bye!
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