Deus Salve o Rei – Os últimos momentos de Lucrécia como noviça
“Então
Ele disse: ‘Larga essa bebida e vá trabalhar, vagabundo!’”
TODO
MUNDO SABE QUE EU ADORO O HUMOR DE TATÁ WERNECK! Para mim, Lucrécia é uma das
melhores personagens de Deus Salve o Rei…
eu ainda me divirto horrores com ela! E definitivamente, a melhor fase dela foi
naquele convento – como ela aprontou naquele lugar. E como eu “rolei” no chão de tanto rir de suas
trapalhadas como noviça. Melhor momento Lucrécia. Forever! Gente, ela até teve um affair
lá dentro, com o ruivo gostoso do Selésio, lembram? – “Que bom que eu tenho a
senhora aqui dentro pra me defender. Uma pessoa tão boa que não pensa em
safadeza”. Ah! Não, imagina! Jamais!”. A chama sexual de Lucrécia sempre foi
tanta, que ela precisava de alguém para apagá-la. E acabou sobrando para o
pobre do jardineiro do convento que, por sua vez, acabou se apaixonando por
ela. E os dois até planejaram uma fuga (rs). O que não deu certo. Afinal de
contas, no último instante, Lucrécia lembrou-se do motivo que a levou a tomar
aquela decisão de virar uma religiosa: Rodolfo. E desistiu de seguir com o quase
ingênuo Selésio.
Ah,
aquela porcaria chamada Rodolfo! E
foi para tentar esquecê-lo, depois que ele se aliou à Catarina, que ela decidiu
viver sua vida reclusa num convento. Como eu odiei Rodolfo naquela fase da
novela. Mas no fundo, foi muito bom Lucrécia ter passado por tudo aquilo. Caso
contrário, nós não teríamos tantos momentos divertidos dela junto às irmãs e a Madre
Superiora. Como aquele, que eu nunca esqueço, em que Lucrécia vai até o
vilarejo com Mirtes pedir doações para o convento… e elas acabam numa taverna.
Então, enquanto a safada da Mirtes vai beber todas e flertar um pouco, Lucrécia resolve levar a palavra para aquele bando de bêbados para não cair em tentação –
“Mas o que é a bebida? A bebida é veneno do Diabo. A bebida é veneno líquido! É
veneno em forma de veneno… Então Ele disse: ‘larga essa bebida e vá trabalhar,
vagabundo!’… Ele não usou, Ele não falou “vagabundo”, porque Ele é muito, muito
educado. Eu não sei exatamente as palavras que Ele usou… eu não estava lá”
(hahahahahaha!!! Eu me racho com a Lucrécia. Ela é demais!). Dá para acreditar
que ela conseguiu converter alguns? Pois é, ela conseguiu!
Mas
nós bem sabíamos que “Irmã Lucrécia” não ia dar certo nunca – a vida religiosa,
por mais que ela tentasse, não era sua vocação. E quando a Madre Superiora
anuncia os preparativos para a quermesse, ela insiste que o evento religioso
seja feito em Montemor, e usa de argumentos que até fazem sentido, ou não:
“Jesus nasceu em Belém. Ele foi batizado em Jericó. E apesar de ter morado em
Nazaré, Ele foi crucificado em Jerusalém. Até Jesus rodou por vários lugares… A
Irmã quer me dar aula de catecismo agora? Afinal, aonde você quer chegar com
tudo isso? Em Montemor”. Então, ela convence a Madre Benedita de que o melhor é
a quermesse ser feita mesmo em Montemor, despertando o interesse financeiro da
religiosa-Mor. Afinal de contas, “o povo do vilarejo era muito pão duro e
Montemor era um reino abastado, com um clima agradável. E ela se comprometeria
em conseguir uma boa quantia em dinheiro com o rei, seu ex-marido”. Ótimos
argumentos, hein, Lucrécia? (kkkkkk) Logo, ela conseguiria, com isso, ficar
mais próxima de Rodolfo, o grande amor de sua vida que ela nunca esqueceu.
Como
também havia anunciado que o encerramento da quermesse seria com uma
apresentação do coral, Madre Benedita começa os ensaios, mas de tanto Lucrécia se
intrometer – “porque Irmã Elizabeth estava fora do tom, Irmã Cássia era soprano
e Irmã Camila mezzo-soprano, por isso não poderiam ficar juntas, e ela entendia
de música, pois havia feito conservatório de harpa por três semanas” (hahahaha!
A entendida) –, a Superiora teve um ataque de nervos, e decidiu deixar tudo por
conta da própria Lucrécia, já que ela entendia tanto de música assim. Ah, não! Péssima
ideia! Então, ela assume a regência do coral. E aquilo não ia dar certo. Sem
falar que a letra daquela música “Santa Maria/Estrela do dia!” ficou na minha
cabeça por meses (rs). Assim, ela parte rumo a Montemor, e eu adoro o bom humor
de Lucrécia durante a viagem em uma “carroça vagabunda” – como tio Heráclito
definiu –, mais lenta que uma tartaruga, caindo aos pedaços e debaixo de chuva.
Então ela faz a Poliana: sempre enxergando o lado bom de tudo, porque ela está
animada por estar a caminho de Montemor.
Mas
o cocheiro acaba se irritando com a tagarelice dela e as reclamações de
Heráclito. E ele abandona a carroça no meio do caminho… assim, tudo o que
preocupa Lucrécia é como chegarão em Montemor, porque ninguém sabe a direção
correta do caminho. Porém, depois de uma “conexão” com Deus (adoro), ela recebe
as instruções divinas e conduz Latrine, que vira cocheira, pela direção que
acha ser a certa. Assim, ela diz a frase mais icônica do ano de 2018 na
televisão brasileira – “Levanta a cabeça, princesa, senão a coroa cai”, dita
pela ex-bbb, Jéssica, no reality, e
que virou o maior bordão do ano. Amei! Os
improvisos de Tatá são os melhores! Por fim, Lucrécia chega em Montemor; revê
seu amado, Rodolfo; troca farpas e provocações com Catarina e muito mais – só
lembrando que Rodolfo, Catarina e Lucrécia é assunto para um próximo texto! De
volta a quermesse, as vendas na barraca dela não andavam muito bem. Então, a
Madre Benedita decidiu ter aquela “incrível” ideia de vender terços benzidos
por Lucrécia, pois ela era muito querida em Montemor, “e quem não iria gostaria
de adquirir um terço que foi benzido pela ex-rainha de Montemor”. (kkkkkk Eu
quero)
Eu
quase morri de rir com Lucrécia exausta de tanto benzer terços, dando beijinhos
em cada um deles e os esfregando pelo corpo, enquanto as moedinhas caiam na
caixinha de madeira… e é claro que a Superiora viu naquilo uma maravilhosa
oportunidade para a congregação arrecadar mais. E Lucrécia é explorada à
exaustão – “Deus só descansou no sétimo dia”. (rsrsrsrsrsrs) Logo, ela decide
fazer aquele “BENZIDÃO POR ATACADO”, porque era mais fácil do que abençoar um
por um – eu amo a Lucrécia! E a exploração religiosa continuou, com a Madre
Benedita prolongando a quermesse para que a o convento lucrasse muito mais,
porque aquilo estava sendo um bom negócio. E depois que Lucrécia reclama por
não aguentar mais beijar terço (hahahahaha), a Superiora decide modificar os
produtos – “Dessa vez nós vamos diversificar. Vamos vender o chá abençoado de
Irmã Lucrécia, os biscoitinhos da fé de Irmã Lucrécia, e os retalhos do hábito
de Irmã Lucrécia” – os retalhos? (rs) Isso já era demais!
Assim,
cansada de ser explorada, Lucrécia resolve rodar
a baiana. E eu adoro a maneira cômica que a personagem faz sua crítica
sobre exploração religiosa, porque isso existe muito, e ainda é tão atual:
abusar da imagem famosa de alguém para atrair mais fiéis, ou então enganar
multidões com promessas de serem abençoadas com algum “objeto milagroso”. É
claro que há casos e casos. Mas quem nunca ouviu falar que era preciso dar tudo
o que tinha na carteira para ser abençoado? Ou pior ainda: Quem nunca ouviu ou
viu que alguém estava vendendo terrenos no céu? Isso é explorar a fé alheia,
sim. E Lucrécia deu aquela lição maravilhosa na Madre Benedita. Naquele
momento, a personagem ganhou um tom sério – “A senhora está brincando com a
minha fé. Se Jesus chegasse aqui agora, a Senhora diria para ele: ‘Vá para trás
de um balcão, Jesus, multiplique mais peixes… são poucos peixes’. É a minha fé,
Madre! Madre sanguessuga! Exploradora!”. Arrasou, Lucrécia!
Assim,
ela foi expulsa do Convento pela Madre Benedita, porque o que ela fez em público
foi um “vexame”. E lembram do momento “regente de coral” de Irmã Lucrécia? Então,
antes de sair do Convento, ela escandalizou a Superiora ao mudar a música que
deveriam cantar para uma mais moderninha, e ainda botar as Irmãs para
chacoalhar o esqueleto numa dancinha pra lá de animada, que fez Montemor em
peso requebrar junto e vibrar com aquela apresentação à la WHOOPI GOLDBERG (Irmã Mary Clarence) e suas SISTERS em “I WILL FOLLOW HIM” no filme “SISTER
ACT” (Mudança de Hábito). Lucrécia foi, primeiro, expulsa do coral, pois
Madre Benedita não curtiu nem um
pouquinho aquilo, mesmo que, como Lucrécia disse, tenha sido tudo um “sucesso”.
Logo, fora do coral, e, posteriormente, do convento, só lhe restava uma coisa:
regressar definitivamente para Montemor, fundar sua própria Ordem Religiosa, ficar mais próxima de
Rodolfo e ainda aprontar muito como futura Matriarca da Fé. Ai, meu Deus! Isso
também não ia prestar.
Mas,
por enquanto, ela estava arrasada!
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