O Sétimo Guardião – O romance da prostituta com o viúvo
“COMO
DIZ O MANUAL DAS PUTAS ILUDIDAS: SE OLHAR PARA TRÁS, VOLTA!”.
Fala
sério! A Stefânia e o João Inácio são muito fofos juntos! Há uma química
maravilhosa quando eles estão em cena… e isso me contagia! Porque essa é uma
linda história de amor entre uma prostituta e um viúvo. E eu sei que ela parece
ter sido tirada de um daqueles romances de banca de jornal, tipo: “JÚLIA”, “SABRINA”
e “BIANCA”. Ou até mesmo de um romance meloso da NORA ROBERTS. Mas o fato é que
se houvesse uma “Stefânia” nas bancas, eu ia querer muito ler. No início da
novela, a conhecemos como a prostituta mais sensível e sonhadora de todas as
“meninas” do bordel da Ondina – e aquela gagueira dela a deixava ainda mais
fofa! –, enquanto João Inácio era o viúvo solitário, pai de um filho
adolescente, que para reprimir a tristeza de ter perdido a esposa frequentava o
cabaré apenas em busca de dançar mais um tango, o ritmo preferido da falecida.
E as cenas do “tango” entre ele e Stefânia eram, além de sensuais, lindas e
românticas.
Mas
a solidão era um sentimento muito devastador na vida dos dois! Embora, ela
parecesse não existir quando eles estavam envolvidos pela atmosfera daquela
dança. E aquilo lhes fazia tão bem. Por um lado, nós já sabíamos que eles
estavam apaixonados um pelo outro (S2), mas, por outro, também sabíamos que
Mirtes jamais deixaria o ex-esposo de sua filha morta viver um romance com uma
“quenga”. E complicações viriam, com certeza. Me incomodava o fato de João Inácio
se deixar levar tanto pela opressão de sua sogra megera, além de também deixar
que ela o humilhasse sempre que tinha oportunidade, com aquelas alfinetadas que
o colocavam como um fracassado e culpado pela morte de Júlia. Era bem verdade
que ele era meio covarde, e que não sabia ainda como se posicionar na vida
desde que a Júlia havia falecido. E, às vezes, ele sentia que estava manchando
a memória dela só porque frequentava o cabaré para dançar tango com outra
mulher, porque a esposa significou muito em sua vida. Ela foi o seu grande
amor, embora outro já estivesse a caminho.
E
como se não bastasse, além de ser humilhado por Mirtes, ele passa a ser também
pelo insuportável do filho, Guilherme – o garoto chato! –, quando ele vai até o
cabaré da Ondina para constatar que o pai “batia ponto” lá e acaba flagrando
João Inácio com Stefânia. Então, Guilherme diz umas coisas bem dolorosas para
ele, como esperar que João Inácio fosse
um pai mais presente; que ele sempre foi menos que um pai; que não acreditava
que ele sentisse a falta de sua mãe, Júlia; que ele era falho e fracassado, e
que estava tudo errado, porque era ele quem cuidava do pai, ao invés do pai
cuidar dele. E por favor, né? Se eu fosse João Inácio, Guilherme teria
levado uma bofetada na primeira ofensa… mas a bofetada que ele não teve coragem
de dar no filho, Stefânia deu (maravilhosa), quando ela tentou defender João
Inácio por ele não estar fazendo nada de errado e Guilherme a chamou de
“quenga”.
Então,
eles se beijam, mas a memória de Júlia é muito presente na vida dele, e é por
isso que ainda tem aquele problema com bebida… assim, ele pede desculpas por
aquilo, porque não pode, e não quer desonrar a memória da esposa. E Stefânia
compreende, afinal de contas, parece que as prostitutas estão sempre fadadas a
se apaixonarem pelos homens errados e impossíveis. Porém, consolar alguém é um
dom que elas têm. E é sem malícia nenhuma o convite que ela lhe faz, para o
consolar, de se deitarem juntos como dois irmãos. Mas aquilo era só o começo de
todos os problemas que vinham pela frente. A relação com Guilherme passou a
ficar cada vez mais tensa, e era claro que Mirtes não perderia a oportunidade
de envenenar o neto contra o pai só para ver a tristeza de todo mundo, porque
essa é a alegria de alguém amargo como ela. E a influência de Mirtes sobre
Guilherme o torna ainda mais rebelde, e cada vez mais disposto a não escutar o
pai em nenhuma explicação que ele queira dar para suas idas ao cabaré da
Ondina: dançar o tango, e nada mais que isso.
Por
fim, João Inácio decide não ceder às chantagens de Mirtes e Guilherme, e depois
de uma conversa com Stella, onde ela propõe que os dois façam alguma coisa para
acabar com as perseguições da beata, porque eles têm o direito a serem felizes,
ele assume seu romance com Stefânia, e decide enfrentar o que for por ela (S2),
porque ele sabe que ela é o seu novo e grande amor. Então, Stella ainda ajuda
Stefânia a se convencer de que pode mudar de vida e sair daquele cabaré, porque
João Inácio gosta dela. Mas Stefânia têm receios, porque além de Mirtes e
Guilherme estarem dispostos a atrapalhar sua relação com João Inácio, ainda
pesa o fato de que vai sempre estar escrito em sua história “Fui puta!”. Mas
Stella a faz se sentir valorizada, porque ela é capaz de conseguir outro
emprego e mudar o rumo de sua história. E Stefânia aceita uma nova vida por
João Inácio. Além de também criar coragem para largar tudo para trás e
enfrentar o preconceito de Mirtes e Guilherme.
Só
resta saber até quando essa felicidade vai durar…
P.S.:
Não poderia deixar de comentar, rapidamente, aquele momento hilário de Stefânia
e João Inácio sendo flagrados por Socorro e Raimunda, depois de passarem aquela
noite no bem-bom dentro da
prefeitura… só pra destacar que nem tudo foi drama nesse começo de história do
casal – “O bordel agora é aqui? O Senhor está todo desenhado de canetinha!”. Foi
apenas um deslize. Isso não combina com o comportamento do João Inácio. (rs...
demais!)
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