O Outro Lado do Paraíso – O julgamento de Elizabeth: Parte 1
“Eu
não consigo entender por que você está fazendo tudo isso por mim”
Então,
também tínhamos Adriana tentando extrair alguma informação de Duda através de
suas técnicas de Coach. E quando ela
faz uma de suas visitas a ela, demonstrando uma sincera preocupação por Duda
não estar se alimentando, Adriana aproveita para jogar com as palavras, ao
pedir que ela se alimente por sua filha, porque Patrick já havia lhe dito que
tinha certeza que Clara era filha dela. E ela consegue convencê-la a comer,
pois Adriana pediu para Duda “pensar na filha, e na dor que ela sentiria se
soubesse que a mãe não estava se alimentando e estava debilitada”. Assim, mesmo
negando aquela história toda de ser mãe de Clara, Duda passa a se alimentar,
porque a verdade é que tudo o que estava fazendo era pela própria Clara.
Posteriormente, Adriana ganharia a confiança e a simpatia de Duda, até porque
elas também eram mãe e filha, embora não soubessem disso ainda. E, naquele
momento, Adriana já estava ligada demais à sua nova cliente, a mãe que pensava
ter morrido na explosão de uma lancha.
Assim,
temos aquela velha conversa entre elas sobre o “destino tê-las unido” e sobre a
amizade que uma tem pela outra, porque “se viram poucas vezes, mas em momentos
cruciais”. Mas Clara queria algo mais, ela queria saber o verdadeiro nome de
Duda… porém, Duda se recusa a dizer, e tudo o que Clara consegue é saber que
sua amiga tem noção do que é perder um filho, e que ela quer ajudá-la a recuperar
Tomaz. E Beth não se importa em ser condenada para que Clara, sua filha, vença
seus inimigos e recupere a guarda de seu filho… e ela diz que “se for condenada
irá sem problemas”, além de pedir a Clara que não se preocupe, porque “não tem
nada a perder”. As cenas entre Beth e Clara me emocionam. Pois é comovente o
sacrifício que Beth faz por amor à filha que havia acabado de reencontrar,
mesmo que Clara não tivesse, naquele momento, a menor noção dos motivos pelos quais sua amiga estava fazendo tudo aquilo por ela – “Eu não consigo entender
por que você está fazendo tudo isso por mim”. Logo, elas ainda falam sobre o
destino tê-las unido de forma tão forte, e quanto uma ama a outra.
Chegamos,
então, ao dia do julgamento, mas, um pouco antes, Clara se dispõe a assumir a
culpa do assassinato de Laerte se Duda for realmente condenada. É quando
Patrick tenta fazê-la desistir de tal ideia por Tomaz, pois ter seu nome
manchado significava nunca mais ter a chance de conseguir a guarda de seu
filho. Mas Clara é uma mulher de “princípios e ética”. E ela sentiria vergonha
de si mesma caso não fizesse nada pela liberdade de Duda, se essa mesma
liberdade dependesse dela. No julgamento, Duda se declara inocente – E eu
fiquei meio: Como assim? Passou esse tempo todo afirmando sua culpa no crime.
Mas tudo bem, era hora de ela também tentar não ser condenada, já que as suspeitas
não caíam mais sobre Clara. Então, começam as acusações por parte do promotor,
que coloca a situação de forma óbvia e simples: Duda, a “mulher sem nome”, era
culpada, e havia assassinado seu amante com um objeto perfurante no bordel que
era dela.
Mas
Patrick contesta essa afirmação, declarando que o promotor estava agindo de forma
preconceituosa ao dar a acusação como certa apenas porque Duda era dona de um
bordel – “São todos inocentes perante a lei, até que se prove o contrário”. E
ali começava o jogo da defesa contra a acusação para decidir o destino de
Duda/Elizabeth… e aquilo era só o começo de mais capítulos de tensão e tortura
para a personagem mais sofredora de “O
Outro Lado do Paraíso”.
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