O Outro Lado do Paraíso – O julgamento de Elizabeth: Parte 2


  
“UM MOMENTO… EU QUERO FALAR!”
Quanta tensão! Julgamentos são sempre momentos de muita apreensão nas novelas… embora nós mais ou menos já saibamos onde tudo pode terminar. A agonia de Beth estava um pouco longe do fim. E entre defesa e acusação ainda havia muita guerra a ser travada referente ao destino da ré. Assim, as testemunhas começaram a ser interrogadas. O delegado de Pedra Santa relatou sobre o dia em que atendeu o caso – “a acusada estava calma diante da vítima morta no chão do quarto do bordel” –; Vinícius falou como o “povo de Pedra Santa queria linchar” Duda/Beth, e que havia examinado o local do crime, notando que ela tinha queimado todos os seus documentos e fotografias antigas; o perito confirmou que o crime havia realmente sido cometido com a tesoura apresentada no julgamento, e Bruno disse ter investigado os “papeis do contrato de compra e venda do bordel com os dados de Maria Eduarda Feijó” (Duda), dados de uma mulher que mais tarde descobririam se tratar de alguém que já estava morta há muitos anos.
As coisas realmente não estavam nada fáceis para Beth. E entre uma testemunha e outra, Patrick e o promotor procuravam trabalhar da melhor maneira possível para vencer no tribunal. E o promotor tenta induzir o júri, com o argumento de que Duda estava “ocultando sua verdadeira identidade para esconder crimes do passado”… e Patrick protesta, porque seu adversário estava induzindo o júri a pensar que a ré havia cometido outros crimes. E esses momentos são maravilhosos de se assistir… são adoráveis os embates entre defesa e acusação! Ainda durante o testemunho de Vinícius, Patrick o interroga sobre ele ter encontrado algo que pudesse ter sido usado como arma no crime, e Vinícius fala sobre a tesoura. Então, Patrick quer chegar a um ponto, quando questiona sobre Vinícius ter encontrado evidências de que a ré teria encostado no objeto, porque a tesoura estava limpa – “portanto, qualquer pessoa poderia ter encostado na tesoura”. Patrick estava verdadeiramente decidido a defender Duda mesmo sem provas.
Quando Leandra é interrogada pelo promotor, ela fala sobre o pedido que Duda havia feito quando vista por todas as meninas do bordel diante do corpo de Laerte: “chamar a polícia”. E nós tivemos aquele momento de apreensão, quando o promotor perguntou se mais alguém estava no local (momento aflição)… mas Leandra foi fiel à sua amizade com Duda, declarando que não havia mais ninguém. Então, Duda e Clara puderam respirar aliviadas. Assim, as prostitutas do Love Chic depõem, e Vanessa é uma vaca, agindo contra Duda quando supõe que ela tenha matado Laerte por ciúmes, porque ele a dispensou; Desirée a defende, declarando que Duda “é uma mulher muito boa, e que tem certeza que ela não matou Laerte”; Maíra fala sobre o espanto que sentiu por nunca ter visto um homem assassinado, que ouviu Duda dizer que matou Laerte, e que eles brigavam, mas depois “estavam de bem”; Zildete também afirma ter escutado Duda dizer que havia cometido o assassinato… e que sabia que algo de grave ia acontecer, porque ele não prestava – “ele aprontou, e ela revidou”.
Mas a comédia do julgamento ficou por conta da Caetana – Eu amo você, Laura Cardoso (S2)! E eu adoro aquele desbocamento todo dela no tribunal, quando fala que “havia avisado Duda sobre ter cuidado com Laerte, porque ele não prestava, e só podia estar querendo alguma coisa: dinheiro”… e ela fala sobre Duda ter matado “no impulso, na raiva” – “E eu matava também! Fez bem, viu, Duda?”. Não teve quem não risse do comportamento dela no tribunal. Então ela é, como se diz atualmente, convidada a se retirar (rs). E Gustavo ordenou que suas palavras fossem retiradas dos altos. Foi quando eu amei a ousadia de Caetana reclamando da atitude dele, e questionando o que havia ido fazer ali, já que suas palavras não iam ser levadas em conta – “Vim perder meu tempo?”. E o melhor é ela dizendo a Gustavo que ele não “mandava nela”, e armando aquele circo antes de sair, porque não queria que ninguém tocasse nela. Caetana foi realmente a comédia nessas cenas de tensão (amei).
Mas Duda ainda ia enfrentar a esperteza do promotor, porque havia chegado a hora de seu depoimento ser colhido diante do júri.  E ele é astuto com as palavras, quando a questiona sobre ter se declarado inocente após ter confessado sua culpa num primeiro momento… e ele queria saber o motivo pelo qual ela havia mudado sua declaração. Só que Duda/Beth disse ter sido um “motivo particular, que não tinha nada a ver com aquele julgamento”, declarando que não tinha mais nada a dizer. Então, se recusando a explicar a ele os motivos que a fizeram mudar de ideia, as coisas continuavam bem complicadas para ela, afinal de contas, parecia, como sempre, que Duda estava escondendo a verdade e que a culpa provavelmente era dela. E quando Patrick também a interrogou – “A senhora cometeu esse crime?” –, ela continuou afirmando que “não”. E na tentativa de arrancar algo que pudesse ser usado ali mesmo para a defesa dela, ele fala sobre “fazerem suposições acerca do passado dela, e ainda assim ela se negar a dizer o nome”.
Não seria fácil arrancar qualquer informação dela. Duda estava resignada a ser condenada. E tudo para proteger Clara, que sentia a agonia daquele momento. Mas Patrick tentou continuar com seu jogo de defesa, e ele fez algo semelhante àquela vez em que a confrontou na cadeia sobre ela ser a mãe de Clara, quando questiona se “o motivo de tanto mistério era amor”. E aquilo mexeu com Beth. Mas ela foi igualmente fria e, mais uma vez, declarou não ter mais nada a dizer. Depois do arrazoado do promotor, onde ele colocou, obviamente, a ré como culpada do crime, e questionou a possível inocência dela diante dos fatos – “Inocente como? Se não havia mais ninguém no local do crime, se ninguém mais foi visto?” –, Patrick passou seu arrazoado final para sua colega Adriana Montserrat. E era ali que tínhamos a primeira grande revelação daquele julgamento – BOMBA! Beth finalmente reconheceu quem era Adriana ao ouvir o nome completo dela, a filha que ela teve que abandonar (finalmente mesmo! Chorei!). E aquilo a impactou.
Porém, o impacto não foi apenas dela, porque Henrique, Natanael e Jô foram até aquele julgamento com a finalidade de prestigiarem o primeiro grande caso da carreira de Adriana… claramente eles tinham que adentrar no tribunal naquele momento. E a cara de surpresa dos três em descobrir que Adriana estava defendendo a própria mãe sem saber quem ela era, e que o famoso caso da “Mulher sem nome” era, na verdade, o caso de Beth, os pegou de surpresa. Para Natanael e Jô, Beth ter reaparecido e estar viva significava o fim de suas armações escondidas durante anos. E para Henrique significava que a mulher que ele tanto amou seria capaz de mudar o rumo de sua vida novamente, agora que estava diante dele viva, como jamais imaginou que um dia ela pudesse estar. E os inimigos de Elizabeth tinham motivos para temer, porque agora ela estava disposta a falar – “Um momento… Eu quero falar!”. Que gancho perfeito! Arrepiei.

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