Salem 1x12 – Ashes, Ashes




“LOVE IS STRONGER THAN FACT, STRONGER THAN EVERYTHING”
Definitivamente, não tenho a menor ideia de como essa temporada vai acabar… a tensão está tão grande em “Salem”, que me sinto segurando uma dinamite prestes a explodir em minhas mãos. Estou na reta final, e que episódio maravilhoso, gente! Como sempre, não tenho do que reclamar quanto ao roteiro da série. Para mim, “Salem” desenvolveu muito bem suas tramas. Eu sei que opiniões sempre se dividem, mas o importante mesmo é que eu amei todos os episódios até aqui. E agora que estou perto da Season Finale, tudo o que eu quero, e acredito que vou ter, é um episódio grandioso para fechar essa temporada de forma inesquecível… bem, mas deixemos o blá blá blá de lado para irmos logo à review desse episódio que me deixou tenso, e boquiaberto nos minutos finais. Como todo mundo que acompanhou a série sabe, a Mercy ficou meio, sei lá, um tanto quanto deslumbrada com a magia após ter virado uma bruxa, e parece que tudo o que ela mais adora fazer é matar – e agora que Mary a autorizou a assassinar Increase nem se fala…
Ela teve a oportunidade de acabar com o Reverendo cruel no episódio passado, mas não rolou. Então, ela está mais revoltada do que nunca com as atrocidades que os puritanos cometeram contra os injustiçados, e Mercy decidiu que agora ela é a “mãe” de todos eles. Quando Mary aparece na floresta para lhe dizer que Increase a procura por todos os lados, Mercy está bem preocupada com suas amigas correndo perigo… e Mary lhe conta sobre Increase as ter capturado, mas que Mercy não precisa temer, nem pelas garotas e nem por ela, porque logo “o grande rito limpará a terra de todo o mal e dos homens que o fazem, e todos terão um lugar”. E é lógico que a Mercy quis saber o que estava vindo para aliviar toda a dor, e quando Mary lhe mostra o Malum e diz “morte” como reposta, Mercy faz aquela cara de quem adorou a ideia – Morte? Alguém falou em morte, aí? Isso é um prato cheio para ela, e eu realmente acho que Mercy vai ser uma peça-chave no último episódio, em alguma luta entre as bruxas e os puritanos. Mas isso é uma teoria minha.
E por falar em Malum, Mary mostrando o objeto que trará a morte para a terra me fez pensar se o Coven conseguirá concluir o grande rito ainda nessa temporada, ou se isso será uma história que continuará na próxima, porque me parece que não haverá tempo para toda essa resolução na Season Finale. Enfim! É assistir para ver… Já em um outro momento do episódio, Anne vai recorrer a Mather para que ele lhe explique algumas coisas sobre bruxaria – “Acha que é possível ser uma bruxa sem saber?”. Ela ficou meio apavorada no episódio passado quando finalmente Hale decidiu revelar à filha que ela fazia parte de uma família de bruxos, portanto, ela também era uma. E parece que ela ainda não assimilou isso muito bem, e nem sequer está acreditando que seja possível, já que veio a notar coisas sobrenaturais acontecendo na fase adulta de sua vida. Então, Cotton Mather lhe diz que “alguém saberia se tivesse dado a alma para o diabo”.
Mas Anne quis que ele a examinasse, e, assim, tivemos aquela cena em que Mather a toca por debaixo da roupa em busca de alguma marca diabólica, ela se excita com aquilo, e sem que ele veja, seus olhos mudam de cor e aquela língua de serpente sai de sua boca – é uma cena meio macabrinha. E, bem, Mather percebe que aquilo pode terminar com ele excitado também, e numa possível fornicação dos dois… então, ele resolve parar de examiná-la, e Anne volta ao normal enquanto ele não encontra nenhuma marca maligna e garante que ela “saberia se fosse uma bruxa”. Mas, claramente, Anne não tem muita noção do que está acontecendo com ela, e eu estou ansioso para vê-la completamente transformada em bruxa… partimos assim para o foco do episódio: o julgamento de John por bruxaria. Essa história começou no episódio anterior, mas não teve uma continuidade. E como eu já disse em meu último texto, John foi esquecido no churrasco em “Cat and Mouse”, visto que ele quase não deu mais as caras no episódio. Agora, “Ashes, Ashes” estava sendo um episódio completamente voltado para ele.
Increase continua torturando quatro das cinco discípulas de Mercy, e agora ele quer arrancar delas confissões do que o “bruxo John Alden” fez com elas… Mercy surge para falar com as garotas, para dizer que não pode levá-las com ela porque elas ainda não podem viajar como ela, mas Mercy pede que se lembrem que servem à Rainha da Noite, que ela não as esqueceu e que um dia as salvará. E Mercy tem mais um pedido: que as garotas deem a Increase o que ele quer e que falem contra John no julgamento, porque isso está nos planos de Mary. Será? Pelo decorrer do episódio, acho que não. Se bem que teve aquela cena em que Mary se encontrou com as bruxas anciãs, querendo saber o motivo pelo qual elas tanto querem John, porque Mary se importa com ele. Assim, as anciãs falam sobre “um sacrifício”. E eu fiquei naquela dúvida: Será que Mary teria coragem de fazer algo contra John pelo Coven, já que ela o ama tanto? A dúvida continuou, porque Mary seria capaz de fazer qualquer coisa pelos dois lados.
As anciãs a aconselham a revelar quem ela verdadeiramente é para John, e enquanto Mary questiona se ele ainda a amaria depois disso, elas pedem para que ela não perca o amor dele, e que o use em favor de todas as bruxas. E, sinceramente, eu não sei se o que Mary planeja para livrar John da condenação ao longo do episódio é por ele, pelo Coven, ou por ambos… O julgamento de John é um pandemônio, ele está sendo hostilizado pelos moradores da vila, e ainda tem a insanidade mental e fértil de Increase para reverter alguns acontecimentos da vida de John contra o próprio Capitão, e jogar ainda mais toda a Salem contra ele, enquanto Mary assiste a tudo sem poder fazer nada, ainda. Increase coloca John como um vilão maligno na guerra contra os índios pagãos, porque ele foi capturado pelos nativos, que viram nele uma arma de Satã para ser usada contra eles (os puritanos), devido ao ódio que John sentia por aquela que ele achava que o havia traído (a Mary) – e eu não sei se a mente de Increase é muito fértil, ou se ele é somente um insano com uma grande capacidade de ludibriar…
Increase ainda mostra uma cicatriz no pescoço de John como prova de que ele alimentava seus servos diabólicos por ali… John ri de toda essa paranoia, e acaba agredido por Increase, que continua determinado a provar que o Capitão é um bruxo, e de que é o responsável por ter transformado George Sibley “na alma torturada que é hoje”, e ainda o culpa pelo tormento que Mercy passou, simplesmente porque ela era a filha do Reverendo que casou Mary, o amor perdido dele, com Sibley. Também tinha o fato de John ter defendido Bridget Bishop, naquele episódio em que ela é acusada de ter criado um ser diabólico, a criança de pedra, e depois é morta por bruxaria. Mas isso não é tudo, também tinha a questão do nome de John estar na boca de Corey na hora da morte. E mais coisas que John disse e fez são usadas contra ele, como ter “prometido ver todos os homens de Salem na cova”.
As coisas se complicam à medida que Increase revela as visitas do Capitão à Mary na calada da noite para seduzi-la; o beijo que ele deu em Anne, à força e em público, e os desejos sexuais que ele satisfazia no bordel administrado “pelas bruxas dele” – sabemos que não foi bem assim, e que alguns desses acontecimentos se deram devido à perturbação em que John estava por conta das visitas de Mary à sua mente. Mas Increase é um grande estrategista, e como Mary e Anne não conseguem argumentos para defender John de evidências concretas, Increase o acusa intensamente – mas vamos tirar a sedução de Mary, né? Porque retomar seu romance com ela era algo que ele sempre quis mesmo… bem, as garotas de Mercy resolvem obedecê-la, e ajudam Increase a condenar ainda mais John, quando Emily fala sobre ele as ter enfeitiçado e as levado para a floresta, para dar suas almas ao diabo e depois fazê-las se deitarem com ele.
Então, Mather defende seu amigo. Ele já havia declarado a Increase que defenderia John em seu julgamento contra os ataques do pai… e lá estava ele (S2), sendo igualmente inteligente quando diz a Emily aquele “está dizendo que não é uma donzela?”, e ele propõe que ela seja examinada, porque se ela estiver intacta, provavelmente John não tem nada a ver com aquilo. Então, Emily se contradiz, e Mather também tem suas jogadas. Ele questiona os moradores da vila sobre quem realmente é um violador quando mostra uma ferramenta de tortura que Increase usa para introduzir em vaginas – espertinho. Eu amo Cotton Mather (S2). Assim, o julgamento é suspenso por Increase, porque as coisas ficaram feias para ele. Enquanto isso, Mather vai atrás de saber sobre onde John escondeu o Malum, porque ele sabe muito bem que o objeto que consagra a terra para o diabo está com o amigo, ele já o havia visto em sua casa quando ambos capturaram Rose.
E depois que John revela que está enterrado no túmulo de Corey, Mather vai até lá, desenterra Corey, procura pelo Malum na sepultura e não o encontra… então, sua amizade com John é estremecida, porque ele acha que o amigo não está sendo honesto – e eu não gostei dessa falta de confiança de Mather com John. Enfim! O julgamento de John tem continuidade, e Mather acaba cometendo a burrada de pedir a ajuda de Increase para resolverem toda a questão, pensando que ele e seu pai estão destinados a pararem o grande rito juntos, mesmo discordando um do outro. Logo, ele fala sobre já ter visto e tocado no Malum, mas que não sabe onde está, e partindo do ponto de que Mather disse a Increase que viu o objeto na casa de John, os dois vão até lá, vasculham a casa e não o encontram – óbvio, ele já está em poder de Mary há muito tempo. Antes do retorno do julgamento, Increase resolve enforcar as discípulas de Mercy, e embora Mather tente impedir mais uma atrocidade do pai, o inevitável acontece, e as garotas são enforcadas sem piedade.
Dollie vai contar a Mercy sobre o ocorrido, e a culpa por não ter cumprido com a promessa de protegê-las… tudo aumenta ainda mais a fúria de Mercy, que ordena que Dollie volte para Salem e reúna os jovens e sofredores, porque eles farão parte do exército delas. No julgamento, Increase acusa John de ter assassinado homens do exército na guerra contra os índios pagãos. E enquanto Mather tenta defendê-lo, o próprio John não se defende, porque isso é verdade. E ele é considerado culpado. Logo, Increase coloca em questão que mesmo que esteja enganado quanto às práticas de bruxaria de John, ainda assim, ele será condenado pelos crimes que não negou… e finalmente descobrimos o que de fato aconteceu durante o tempo em que John esteve na guerra, e essa era umas das tramas que eu até tinha esquecido o quanto também precisava de uma resolução: as minhas dúvidas quanto John ser inocente ou não dos assassinatos.
Mather não quer que seu amigo seja o homem que o pai acusou, ele não quer acreditar que John tenha realmente assassinado pessoas. E tudo vem à tona, quando ele conta a Mather que, após a guerra do Pântano, foi deixado para morrer, e que os índios Mohawk, da tribo com quem não lutou, o salvaram, e que a cicatriz que Increase encontrou foi para tirarem uma bala dele e o curarem… então, os Mohawk o trataram com bondade, e quando um dia voltavam de uma caça, viram que a vila havia sido queimada, e que mulheres e crianças tinham sido mortas por soldados do exército… assim, a sede de vingança tomou conta dele, e John não parou até matar todos os soldados – e eu não o culpo por isso, aquela tribo era inocente. Os dois voltam a falar sobre o Malum, e John revela que matou quase todos os soldados, deixando um deles vivo, como sabemos, o Tenente Hooke, que ele matou depois de ter encontrado a caixa contendo o Malum com ele…
Por não saber o que significava aquela caixa, John diz a Mather que achou melhor enterrá-la com Corey, e os dois chegam à conclusão de que “alguém a desenterrou”… e então Mather continua desconfiando de John. Por fim, Mary tem aquela crise desesperada de choro, porque ela sente que a culpa de John ter sido condenado à morte é sua, e é uma atuação maravilhosa de Janet Montgomery como Mary, porque ela realmente convence. E há um momento lindo, quando Isaac a conforta e coloca a culpa em si, porque fracassou ao deixar Sibley fugir, e isso sentenciou John à morte. Mas Isaac acredita que Mary pode salvá-lo. E é emocionante quando ele diz que “todos a chamam de Mary Sibley, mas em sua mente e em seu coração, ele a chama de ‘A Mary Mágica’”, porque ela “sempre foi mágica desde que eram crianças”, Mary “sempre pôde fazer tudo, só precisa querer, e quer, quer que John Alden viva”. Assim, Mary decide fazer algo para salvar John, e ela vai até ele, encontrando um John que está resignado a morrer e a não fugir mais de seu destino.
Então, Mary diz a ele coisas como “às vezes não se lembrar de quem é, mas sabe quem ele é, é um homem inocente”. Mas John não se acha tão inocente assim, porque Salem finalmente “sentenciou alguém por algo que fez”, e pede para que ela vá embora, que volte para a sua vida… “você é a minha vida”, e enquanto ele acha tarde para um recomeço com a mulher que ama, Mary está determinada a não deixar que ele seja enforcado, porque sabe que ele “não é o diabo” – e como sabe, não? Assim, John se considera um traidor e um assassino, e está pronto para morrer por isso; além de tudo, ele já está “cansado de viver sem ela”. Então, Mary lhe diz que “ainda há um jeito de ficarem juntos”. E essa é a cena mais romântica dos dois durante toda a temporada… eles se beijam, porque “o amor é mais forte do que fatos, do que tudo, e ainda há um lugar para eles nesse mundo”, e enquanto ele acha que isso só é possível nos sonhos, Mary pede para que ele sonhe uma última vez com ela, e durante o beijo, ela se transporta com ele para a floresta…
Assim, John se assusta, e parece que agora ele entende quem é sua Mary de verdade… um gancho maravilhoso para a Season Finale. Estou ansioso para o desfecho dessa temporada.

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