Sonho de Verão (1990)
“SONHO
DE VERÃO, NAS NUVENS DE ALGODÃO”
“Sonho
de Verão”, um dos filmes mais queridinhos da juventude dos anos 90, completou seus
30 anos no último dia 21. E como uma criança daquela época, eu não poderia
deixar de homenagear esse clássico que ainda permanece bem vivo na memória de
muitos brasileiros. Particularmente, eu adoro esse filme, e tenho um carinho
muito grande por esta obra pelo simples fato de ela ter feito parte da minha infância
enquanto baixinho da Xuxa… e ainda que a Rainha dos Baixinhos não tenha
participado do longa, sabemos que ela, de várias formas, está presente na
comédia musical através de suas Paquitas e Paquitos. Até porque é impossível desvincular
a Turma da Xuxa da própria Xuxa, não é mesmo?
Produzido
pela Xuxa Produções, DreamVision e Diler Trindade, “Sonho de Verão” contou com
nomes como Sérgio Mallandro, Andréa Veiga, Fafy Siqueira, Angel Mattos e a
banda Yahoo, além dos destaques para as então paquitas Letícia Spiller, Bianca
Rinaldi e Juliana Baroni e os paquitos Marcello Faustini e Cláudio Heinrich – falando
sinceramente, toda vez que eu vejo “Sonho de Verão” eu me derreto ao vê-los tão
novinhos –, e também uma pequena pontinha do Faustão com seu famoso Caminhão de
Prêmios. Com um elenco que era febre na época, o longa conseguiu levar 1 milhão
e setecentos mil espectadores aos cinemas (um marco para os anos 90),
conquistando o seu espaço no coração do público infanto-juvenil e tornando-se
um enorme fenômeno.
Se
você nunca viu esse clássico, nunca é tarde para dar uma oportunidade a essa
aventura cheia de música, romance, piadas do Sérgio Malandro (que hoje não têm
mais graça hahahaha) e uma deliciosa bagunça com adolescentes prontos para
transformar tudo em uma festa. Isso mesmo! “Sonho de Verão” é uma alegre e
contagiante bagunça para todas as idades… e sem muito compromisso com um
roteiro altamente elaborado. Até porque sua proposta sempre foi muito clara:
juntar um enorme elenco jovem para uma deliciosa brincadeira… e o longa cumpriu
com sua função, nos envolvendo do início ao fim de uma forma despretensiosa e descontraída,
com cenas marcantes como Letícia Spiller dirigindo um ônibus; a guerra de
comida na mansão; a bagunça na piscina; o jogo de futebol (meninas x meninos) e
a icônica cena do então paquito Robson Barros com sua bunda à mostra na cena da
praia – isso jamais seria permitido nos dias de hoje em um filme
infanto-juvenil (rs). E nós, amantes dessa obra, amávamos e ainda amamos tudo
isso.
Com
uma história simples, porém carismática, “Sonho de Verão” conta a divertida
aventura de Léo (Sérgio Mallandro), quando ele se apossa da mansão de um casal
de milionários que viaja para o exterior em busca de um médico para a filha
Juliana (Juliana Baroni), uma garota triste que não fala desde a traumática
morte da irmã. Sob os cuidados da governanta Sofia (Fafy Siqueira) e do mordomo
Vitor Hugo, Juliana vê, aos poucos, a alegria voltar à sua vida com a chegada
de Léo, que passa uns dias na mansão fingindo ser sobrinho dos donos. Com ele,
chega também Jam (Andréa Veiga), a garota de quem ele está a fim e quer
impressionar com aquele luxo todo, além de seus amigos e, posteriormente,
depois de uma confusão do destino, um ônibus cheio de adolescentes querendo se
divertir numa colônia de férias… e então a propriedade vira mesmo uma colônia de
férias, com uma turma pra lá de animada e disposta a garantir a diversão do
lugar.
Por
fim, é claro que toda a farsa é descoberta e Léo é desmascarado, mas graças a
Juliana, que passou a gostar daquele intruso que ela sabia que não era seu
primo, e de toda aquela turma que lhe trouxe alegria, ele é impedido de ir preso
depois que ela volta a falar e demonstra o quanto se afeiçoou ao Léo e à galera…
e tudo termina bem para o malandro, que ainda ganha uma chance com a garota dos
seus sonhos. Como eu disse, um roteiro simples, não? Mas que tinha todos os
ingredientes do momento para satisfazer um público que ansiava por uma história
de aventura com uma turma que era sucesso garantido nos anos 90. “Sonho de
Verão” é um daqueles filmes que você lembra com muita nostalgia e carinho. Despretensioso,
mas cumprindo o que se propõe: nos
encantar e nos divertir. Vale muito a pena ser lembrado e revivido em
nossas memórias.
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