Deus Salve o Rei – Catarina é desmascarada após forjar uma guerra



Afonso (Rômulo Estrela) fez o que podia para impedir a guerra entre Montemor e Artena. O jovem ficou com a responsabilidade de comandar o exército de Augusto (Marco Nanini), mas não obteve êxito, pois mesmo com vontade de vencer a guerra, os soldados eram despreparados e não possuíam armas suficientemente boas como os guerreiros de Montemor. Em meio a batalha, Afonso se lembra dolorosamente de quando era uma criança e costumava brincar com seu irmão mais novo, Rodolfo (Johnny Massaro), de espadachim, além da promessa que ele lhe fez de ensiná-lo a lutar, e de jamais um duelar contra o outro na vida. É um momento triste de Afonso! Pensar que agora ele luta contra seu irmão mesmo contra a sua vontade, pois não tem alternativa, já que Rodolfo, cego pelo poder, não escuta os conselhos de ninguém e muito menos enxerga o mal que está fazendo provocando uma guerra contra Artena. (Dark Rodolfo!)
Sem seguir as orientações de seu conselheiro e, Comandante de seu exército, Cássio (Caio Blat), Rodolfo dá ordens para que seus homens sigam em frente. Tudo o que ele quer, é tomar Artena a qualquer custo. Após derrotarem mais soldados do exército inimigo na floresta, as tropas de Montemor chegam a cidade, e tudo se transforma em um verdadeiro CAOS. Em um primeiro momento, a cidade está vazia, como se nenhum habitante estivesse vivendo no lugar há muito tempo. É mais uma tática dos homens de Artena para surpreender seus adversários. Os soldados de Augusto surpreendem os valentes homens de Rodolfo, que estão muito bem armados, e novamente uma luta sangrenta recomeça destruindo toda a cidade, e tirando a vida de muitos homens. Uma guerra medieval parece algo tão distante, mas ao mesmo tempo tão atual, é lamentável que ainda hoje vivamos em um mundo onde a busca pelo poder passa a atropelar tudo o que está em nossa frente, sem escrúpulos, e sem humanidade, para chegar no alvo. É aí, que enxergamos que não estamos tão distantes assim do comportamento dos “Bárbaros” na antiguidade.
Afonso é surpreendido por Cássio dentro de uma pequena casa da cidade, onde estava escondido esperando a hora certa de atacar. Lutando em lados opostos, por um momento cheguei a pensar que os melhores amigos se enfrentariam. Já estava esperando o pior! Mas uma amizade verdadeira é mais forte que qualquer sede de vitória, até mesmo em uma guerra. Enquanto o confronto acontece do lado de fora, os amigos de longa jornada sentam no chão e conversam sobre a loucura de Rodolfo em seguir com uma guerra sem fundamento, e lamentam que o rei de Montemor tenha experimentado o PODER. Afonso pede para o amigo cuidar de Amália (Marina Ruy Barbosa) caso ele venha a falecer durante a batalha, e amigavelmente, Cássio acaba prometendo cuidar da amada de seu amigo caso o pior lhe aconteça.
Mudando um pouco de assunto, eu achei incrível a forma como Daniel Adjafre misturou momentos de comédia com os de tensão, aflição e pânico em meio à guerra de Montemor contra Artena, e um desses momentos engraçados, foi quando Rodolfo se embrenhou na floresta, escoltado por seus soldados, juntamente com Orlando (Daniel Warren) e Petrônio (Leandro Daniel). Enquanto ele foi literalmente “cagar” atrás de um arbusto (Isso foi demais!), sua escolta foi atacada por soldados de Artena sem que ele visse nada. Ao regressar para junto de seus soldados e seus dois amigos, ele apenas vê seus guerreiros caídos ao chão sem vida, além de não encontrar Orlando e Petrônio. Desesperado ao se ver sozinho na floresta, ele acaba indo parar na casa Brice (Bia Arantes) por engano. Após bater na porta, a mesma se abre sozinha, e ele entra no horripilante casebre cheio de velas acesas, caveiras, animais empalhados e objetos de feitiçaria. Ele vê um vulto passar pela janela e ao chegar à porta, Rodolfo nota que se trata da bela bruxa entrando no local.
O medroso rei rapidamente se esconde atrás de uma prateleira tentando fazer o gato preto de Brice se calar após miar para ele (Gatinho fofo!). Ao tentar sair de “fininho”, pensando que a feiticeira não o tinha visto, ele é surpreendido quando ela diz: “Não é todo dia que se recebe a visita de um Rei”. A feiticeira o paralisa, deixando ele com aqueles enormes olhos arregalados de tanto medo. Eu adorei! Parecia que por um momento, Rodolfo havia voltado a ser o cômico e atrapalhado rei de sempre, deixando de lado seu momento DARK. Depois de dizer que não atrapalharia seus planos na guerra, e que em breve voltariam a se ver, Brice desparalisa Rodolfo e o deixa partir. (Acho que ele acabou cagando por uma segunda vez.)
O exército de Montemor toma a cidade, Selena (Marina Moschen) e Saulo (João Vithor Oliveira) que haviam ficado presos em uma “cova” ao caírem nela acidentalmente, chegam a mesma e reforçam ainda mais o exército de Rodolfo com suas habilidades para a guerra. Com a cidade destruída, os soldados partem rumo ao castelo para invadi-lo e, assim, possuir Artena por completo. Os poucos soldados restantes do exército de Augusto, entre eles, Tiago (Vinícius Redd), tentam resistir, mas o armamento de Montemor foi mais poderoso, e ao usarem “Trabucos e Catapultas” para lançarem “bolas de ferro” em direção ao castelo, os soldados de Rodolfo conseguem destruir parte das estruturas da fortaleza e, invadir a mesma para continuarem com a luta. Espadas se chocam no ar na tentativa de cada um, em defender sua causa.
Antes de seu exército invadir o castelo, Rodolfo humilhou Augusto, Catarina e Afonso ao se encontrarem pouco antes da invasão a fortaleza. O jovem, com o poder nas mãos, e toda superioridade de quem conseguiu chegar em seu alvo, propôs que eles se rendessem e, então, ele os deixaria partir em segurança. Mas Augusto recusou-se a tamanha humilhação e desonra permanecendo firme na luta até o fim. Afonso, por sua vez, faz o mesmo ao dizer que daria sua vida pelo rei Augusto, e é Rodolfo quem acaba sendo humilhado no final com as palavras de rei de Artena: “É algo triste de se dizer, mas é uma benção que sua avó Crisélia não esteja mais entre nós. Deus a poupou de ver o próprio neto sujar as mãos de sangue de uma forma tão vergonhosa”. O alvoroço continua, e Rodolfo está cada vez mais perto de tomar por completo o castelo de Artena.
Depois de muito insistir, Afonso consegue convencer Augusto de que o melhor e fugir do castelo se algum dia, o rei de Artena quiser ter a chance de reconstruir seu reino. Após muito relutar, Augusto acaba aceitando o pedido do amigo, em nome de sua filha, Catarina, que também foge com ele, na esperança de um dia reconstruir.seu reinado. É lamentável vê-lo assistir a derrota de seu império sem poder fazer mais nada. Então, um plano é traçado. Na fuga, Catarina propõe que ela e seu pai se separem pois, assim, terão mais chances de sobreviverem se acaso forem surpreendidos pelo exército de Rodolfo. Ela foge sob a proteção de Demétrio (Tarcísio Filho), enquanto Augusto é acompanhado por Afonso. Ainda no castelo, no meio do caminho, Catarina se recusa a ir com Demétrio dizendo que não irá a lugar nenhum. Tentando manter sua segurança, o amigo, e conselheiro do pai da jovem, insiste para que ela prossiga com ele, é quando ela ordena aos guardas que os acompanhavam para que se posicionem a seu favor ao dizer: “Guardas!” (Vagabunda!) Demétrio, então, percebe que a ardilosa princesa está do lado inimigo, ele começa a lutar bravamente por sua vida contra os soldados, derrotando vários deles, mas, infelizmente, uma espada ultrapassa seu corpo e ele fica gravemente ferido.
Afonso e Augusto são surpreendidos por soldados de Montemor, em uma das saídas do castelo. O jovem pede para que seu grande amigo retorne para junto de Catarina. Augusto, notando que não poderá ser útil ao lado de Afonso, volta para o interior da fortaleza. Em um dos aposentos destruídos, ele encontra seu melhor amigo e fiel escudeiro, Demétrio, a morrer. Ele tenta avisar o que Catarina está planejando, mas falece sem conseguir dizer uma palavra. Augusto chora a morte de seu amado amigo. Foi uma cena triste! Só de imaginar alguém que passou uma vida ao seu lado, nos momentos bons e ruins, morrer na sua frente, já me enche os olhos de lágrimas. Um amigo é mais que um irmão! É alguém que escolhemos para estar ao nosso lado eternamente.
Porém, o pior ainda estava por vir, Rodolfo surpreende Catarina nos corredores do castelo e diz: “Esta guerra, tudo o que eu fiz, foi para chegar até aqui!” Ele agarra o pescoço da jovem, e quando pensamos que ele iria estrangular a ardilosa princesa, ele a beija, como quem beija uma cúmplice, após ela dizer: “E finalmente, chegou!” Para a infelicidade de Augusto, o benevolente rei flagra sua filha beijando o próprio inimigo, atordoado, ele grita: “Catarina!”. A máscara da jovem serpente cai. Rodolfo a deixa a sós para que ela converse com o pai, sem alternativa, pois não esperava ver o pai novamente, ela se vê obrigada a revelar sua farsa, e a revela de forma altiva, como se tivesse razão para ter feito tudo o que fez.
Catarina armou tudo desde o início. Nós já sabíamos que ela estava envolvida nesta guerra de alguma forma, e é claro, seu plano não me surpreendeu em nada, apesar de ter sido muito bem bolado. De forma desumana, sua “armação” nos é mostrada. Catarina seduziu Rodolfo para que ele se tornasse seu aliado, aproveitou a ameaça que ele fez a Augusto na reunião do conselho da Cália, além de ser ela a espionar seu pai no dia em que ele ensaiava para o espetáculo na praça, e ordenou que um atirador, com uma arma fabricada somente por Montemor, lançasse uma flecha em seu pai, ainda que fosse para acertá-lo apenas de raspão. Até aí, deu pra acreditar que ela realmente não quisesse matar o pai, mas, ainda assim, nada justifica colocar a vida dele em risco. Aproveitando que Augusto estava ferido, ela assumiu o poder em Artena, cortou o fornecimento de água em Montemor para que Rodolfo pudesse declarar guerra a Artena de forma convincente. Além de tudo, Catarina, ainda, teve a capacidade de dizer que tudo o que fez foi pensando em Artena, que foi um caminho longo e tortuoso, mas muito bem-sucedido. Foi uma cena tensa! Eu me coloquei no lugar de Augusto ao sentir a dor de ser apunhalado pelas costas por sua própria filha, logo ele, que nunca quis enxergar o quanto Catarina poderia ser maléfica, e sempre tentar fazer a filha seguir um caminho bom. Ela ainda declara que essa foi a única forma de não se tornar uma princesa sem poder, que se cala, que aceita todas as decisões de um rei hesitante e fraco. Catarina teve a coragem de colocar a culpa no pai. Após discutirem, Augusto a esbofeteia, horrorizado com as palavras da filha, pasmo e sem ação. Um tapa é muito pouco para o que Catarina realmente merece. A princesa de Artena é uma vadia ardilosa, dissimulada, inescrupulosa, que por sua inconsequência, e sua sede de poder, assassinou centenas de vida e destruiu um reino inteiro.
O poder! Sempre o poder! A cobiça dos homens e, sua própria destruição. É bem verdade que em uma coisa ao menos Catarina tinha razão, seu pai sempre foi um bondoso rei, mas se tratando de um mundo onde a qualquer momento reinos pudessem entrar em guerra, mesmo que ele não esperasse por isso, e sempre pregasse a PAZ, Augusto tinha que ter garantido a defesa de Artena ao investir em seu exército, não dava para pensar que todos os reis fossem benevolentes como ele, o tempo todo. Ainda assim, mais uma vez, nada justifica o que Catarina fez. A maldade da vilã para com seu pai não parou por aí. A ambiciosa princesa teve a coragem de ordenar que Augusto fosse trancafiado no alto de uma torre, distante de Artena, pelo resto de seus dias para que não atrapalhasse a continuidade de seu plano.
Catarina deseja tirar Lucrécia de seu caminho e se casar com Rodolfo e, assim, se tornar a nova rainha de Montemor. Não sei de quem sinto mais raiva! Rodolfo provou definitivamente que é um tolo, idiota, que se deixou seduzir facilmente pela beleza de uma mulher. É claro, e simples, que Catarina não o ama, e que só o está usando para subir ao poder. Espero que Rodolfo caia do cavalo o mais breve possível, pois não me agradou em nada sua atitude de se aliar a Catarina e, juntamente com ela, planejar livrar-se de Lucrécia.

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