Deus Salve o Rei – A guerra entre Montemor e Artena



Sabe aquele ditado que diz: NO AMOR E NA GUERRA VALE TUDO? Pois é! Na guerra entre Montemor e Artena não só valeu tudo, como também teve de tudo. Romance, drama, tensão, comédia, traição e muita ambição foram alguns dos ingredientes que apimentaram um dos momentos de maior aflição na trama de Daniel Adjafre até agora. Eu posso afirmar que a batalha entre esses dois reinos me deixou em alguns momentos sem fôlego e, em outros, surpreso com as reviravoltas que a novela deu, o que a tornou ainda mais interessante para nós telespectadores.
Com as acusações do atentado de Augusto (Marco Nanini) recaindo sobre Rodolfo (Johnny Massaro), Catarina (Bruna Marquezine) aproveitou que o pai ainda estava enfermo por conta da flechada, para assumir o trono de Artena. A ambiciosa princesa “parecia” querer vingar o pai ao atingir Montemor com o “corte do abastecimento de água”, e pareceu ter conseguido. Rodolfo, por conta da atitude de Catarina, declarou guerra ao reino do benevolente rei Augusto, que mal sabia o que se passava enquanto sua filha estava no poder.
Em Artena, Catarina incentivou o exército a lutar com bravura, sob o pretexto de que Montemor os havia traído ao tentar matar seu pai. Ela parecia ter sangue nos olhos e ira nas veias, o que contagiou os soldados que se prontificaram em lutar em nome de Augusto. Por outro lado, Rodolfo não ficou atrás, ele animou seus soldados a também lutarem com bravura na guerra ao dizer esbravejando, e tentando parecer firme: “lutem por vossos filhos, lutem por vossas mulheres, lutem por mim, lutem por Montemor. Massacraremos Artena! É claro que o atrapalhado rei se enroscou várias vezes em seu discurso de incentivo, como sempre! Mas, pelo menos, conseguiu passar sua mensagem, e os soldados se encheram de força e vigor para enfrentar seus adversários na batalha. Os dois exércitos avançaram bravamente rumo à GUERRA.
A tensão toma conta do momento, e eu fiquei naquela aflição e ansiedade para ver os exércitos se enfrentarem no campo de batalha. Tudo estava tão eletrizante, e triste ao mesmo tempo. Todos os homens de ambos os reinos, exceto os idosos, foram convocados para a guerra, e não foi nada alegre ver Ulisses (Giovanni De Lorenzi) e Romero (Marcello Airoldi) se despedirem de Betânia (Dayse Pozato), e muito menos ouvir ela pedir para que seu esposo volte e traga de volta seu filho (Ulisses). O clima era de tristeza e incertezas, sem saber quem poderia voltar vivo ou não para casa.
Para dar uma amenizada na tensão toda que se criou em torno da guerra, Lucrécia (Tatá Werneck), com medo de perder seu amado marido, Rodolfo, durante as batalhas, decide ir disfarçada de cozinheira cobrindo seu rosto com um enorme capuz para o “fogo cruzado”, mas não demora muito para ela ser descoberta por Rodolfo que a repreende: “Lucrécia o que é que você está fazendo aqui? Com a cara mais deslavada do mundo, e uma concha na mão, ela responde: “cozinhando” (Risos!). Só mesmo Lucrécia para aprontar uma dessas! Ao mesmo tempo que é engraçado, passa a ser fofo também, pois tudo o que ela quer, é ficar do lado do marido até o fim. Depois de Rodolfo afirma que ela “não sabe cozinhar”, e ela dizer “que pode aprender”, por fim, após implorar, ela consegue ficar no acampamento armado pelos soldados com a ajuda de Orlando (Daniel Warren) que sugere que ela auxilie Lupércio (Pascoal da Conceição), o médico de Montemor que veio para a guerra com a missão de cuidar dos feridos, mas não tinha um ajudante sequer à sua disposição. Sinceramente? Eu não sei o que é pior! Se é Lucrécia cozinhando, ou ela como enfermeira, pois depois que a guerra já havia começado, a cada ferido que chegava, ela logo dava um jeito de escapar da ajuda na enfermaria, ora desmaiava de pavor ao ver os ferimentos, ora rezava pelo ferido ao invés de ajudá-lo, ou simplesmente o largava nas macas improvisadas com nojo ou medo de tocar nas feridas. (Mais risos!)
Enfim! Lucrécia foi à guerra para nos fazer rir em meio as tensões. Mas antes de todo esse episódio cômico da rainha de Montemor, vamos voltar ao início dos acontecimentos, como por exemplo, o confronto entre os exércitos. Depois que Augusto se recuperou e descobriu as burradas que sua filha, Catarina, andou fazendo, o bondoso rei restituiu o cargo de Comandante do exército de Artena a Afonso (Rômulo Estrela), e na tentativa de reverter a situação, ele propõe que o jovem vá falar com seu irmão, Rodolfo, que a essa altura já está nos domínios de Artena, e tente fazer com que ele desista da guerra e os reinos tornem a viver em paz.
Afonso vai até o acampamento de Rodolfo e lhe apresenta uma oferta, a água será novamente cedida a Montemor desde que ele retire seu exército das terras de Artena. Cego pelo poder, Rodolfo volta a ser dominado por seu lado sombrio, e se nega a refazer o antigo acordo entre os reinos, pois seu desejo agora, é a independência do jugo de Artena. Nada mais detém Rodolfo, o jovem rei que costumava nos fazer rir, começa a me dar calafrios, e eu não gosto nada do rumo que o personagem começa a tomar.
No campo de batalha, Afonso discursa que lutará pela paz, ele ordena que Tiago (Vinícius Redd) lance a primeira flecha que cai fincada no chão aos pés dos soldados de Montemor. O exército de Rodolfo, liderado por Cássio (Caio Blat), entende que foi dada a largada, flechas voam pelo céu atingindo alguns homens de Montemor, os exércitos se encontram, e uma luta sangrenta se inicia entre eles, que lutam com bravura pela causa, e por suas vidas. Foi de arrepiar! É claro que a Globo ainda não está à altura de produzir cenas de batalhas medievais dignas de filmes hollywoodianos, mas, ainda assim, o roteiro de Daniel Adjafre não deixou a desejar, e para quem gosta do gênero (medieval), pôde se deleitar com as cenas de arqueiros com suas flechas, soldados com suas espadas aniquilando seus inimigos, além da belíssima atuação de Rômulo Estrela encorajando o exército de Artena. O ator está tendo a oportunidade de mostrar seu talento, e para nossa alegria, está conseguindo. Rômulo está se dedicando ao personagem, e isso é nítido para nós que acompanhamos a novela.
Defasado, pois nunca foi preparado para uma guerra, e sem um bom armamento, o exército de Artena se vê obrigado a recuar diante do avanço das tropas de Montemor, eles se embrenham na floresta sob o comando de Afonso, local onde dominam melhor a pouca experiência que tem com a guerra. Afonso tenta fazer o melhor por Artena, mas, mesmo utilizando tudo o que aprendeu em Montemor, quando o reino de seu irmão, Rodolfo, ainda era seu lar, e ele o príncipe herdeiro do trono, ele não consegue vencer as tropas inimigas. Mesmo “armando” uma emboscada para os soldados inimigos dentro da floresta, os atacando de surpresa, os bravos homens de Artena são obrigados a recuarem mais uma vez. O exército de Montemor ultrapassa a floresta e caminha rumo à cidade, e um massacre está prestes a acontecer.

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