Deus Salve o Rei – Catarina se faz de benevolente e consegue se casar com Rodolfo



De fato, Catarina (Bruna Marquezine) é uma vilã muito astuta, sagaz e inteligente. A princesa de Artena conseguiu manipular Rodolfo (Johnny Massaro) para que ele se livrasse de Lucrécia (Tatá Werneck) e o caminho ficasse aberto para mais um passo em seu plano: se casar com ele, e receber a coroa de rainha de Montemor. Depois que Rodolfo permitiu que a vilã circulasse livremente por todos os lugares, não sendo mais a tal “prisioneira de guerra”, ele faz um discurso ridículo à corte do reino sobre perdoar os deslizes de Catarina, e que agora são bons amigos, além de declarar que se casará com ela, para o espanto de todos, principalmente de Cássio (Caio Blat) que já previa um perigo por trás da libertação da princesa. Catarina agora tem uma nova meta: conquistar a confiança do povo de Montemor que não recebeu nada bem a notícia de seu rei, de se casar com a pior inimiga do reino. E isso não será tão difícil assim, infelizmente.
Catarina tem a genial ideia de se tornar benevolente com os plebeus após ter levado uma “tomatada” na rua depois que Rodolfo teve a “magnífica ideia” de levá-la para um passeio na cidade, na tentativa de testar como o povo estava reagindo ao seu noivado com àquela que até pouco tempo, era considerada por ele também como uma inimiga (falsa inimiga). Eu adorei ver aquele tomate voando pelo ar e atingindo Catarina, uma pena não ter sido acertado em sua cara. Após ter ordenado que capturassem o responsável pela tomatada (essa história rendeu), Rodolfo quis puni-lo severamente, e foi justamente aí, que a dissimulada princesa começou a entrar em ação. Catarina livrou o homem do castigo fingindo ser bondosa, e em particular disse a Rodolfo que “será como uma mãe para o povo de Montemor”, isso me deu nojo, mas, enfim, é preciso que uma vilã seja odiada mesmo.
Decidida a ser “a mãe dos pobres”, e já com o poder nas mãos como futura esposa do rei, Catarina começa a se dedicar ao plano de falsa bondade. Em uma cena cheia de fingimento, ela distribui moedas de ouro para o povo que começa a se deixar comprar por migalhas. Isso só mostra o quanto o ser humano pode ser corrompível, e por vezes burro, ao se deixar levar por uma enganação tão óbvia. Estamos em um ano de política, um momento tenso em nosso país por não sabermos qual será nosso futuro mais uma vez. Independente de qual seja a posição do autor da novela, e quem defende, dá para se notar que Daniel Adjafre coloca nas entrelinhas de sua trama a forma como a monarquia tratava de conseguir o apoio das massas, e como a ignorância das mesmas em acreditar em falsas atitudes de quem está no poder, ou querendo chegar até ele, faz com que o povo coloque no topo da pirâmide alguém que pode ser cruel com ele mesmo, posteriormente. Estamos falando de uma trama medieval, mas isso não é diferente em nada da atualidade.
O auge da falsidade de Catarina, se dá quando ela decide dar uma de “Madre Teresa de Caucutá”, e coloca um xale em volta dos ombros para parecer humilde, e mais próxima do povo, para distribuir sopa aos plebeus na feira. De longe, Amália observa a atitude da vilã e acha um absurdo Catarina tentar comprar o povo de forma tão baixa e com tão pouco. Como se não bastasse, cheia de hipocrisia, a princesa de Artena vai até a barraca da jovem plebeia para levar uma tigela de sopa, porém, felizmente, Amália faz parte da minoria de pensamento crítico que sabe distinguir um ato de bondade verdadeiro de uma fajuta performance política para ludibriar as massas, embora, o povo talvez se deixe enganar justamente por nada ter, e isso os torna mais passíveis de serem comprados. Quando Catarina diz cinicamente: “Você não foi buscar sua sopa, mas eu imaginei que estivesse com fome”, Amália a encara como se não acreditasse em tamanha hipocrisia e audácia da parte de Catarina em querer comprá-la, e, então, decide jogar o mesmo jogo da inimiga ao declarar, “Estava, mas sabe que por algum motivo eu fiquei com o estômago embrulhado”. Catarina ainda insiste em se fazer de benevolente, e aquilo foi me enchendo de raiva, ainda mais quando ela diz a Amália: “Receba Amália, não é vergonha nenhuma receber uma tigela de sopa”. É o cúmulo! Eu me senti vingado quando nossa mocinha com os olhos fixos na vilã, e de queixo erguido, a enfrenta dando um tapa em sua mão derrubando a tigela de sopa e dizendo que Catarina jamais será rainha de Montemor, e que não conseguirá enganar as pessoas por muito tempo. Maravilhoso! Amália é corajosa, e não pensou duas vezes em enfrentar sem medo a “Alteza”.
A rixa entre as duas se torna cada vez mais intensa, Catarina odeia Amália por ser uma plebeia de fibra, além de ser a esposa de Afonso (Romulo Estrela), homem com quem ela ainda pretende se casar, pois se sente atraída por ele. Creio que dessa forma, as coisas vão ficar ainda mais “quentes” entre as duas, pois a vilã pretende dar um jeito de fazer com que Afonso reivindique o trono, para assim, ela conseguir reinar ao lado de alguém que realmente tenha sabedoria para assumir um reino, bem diferente do paspalho de Rodolfo. Com a ajuda de Virgílio (Ricardo Pereira), que se alia a astuta víbora, Catarina consegue informações de como o povo anda reagindo às suas obras de caridade. (Logo quem vai se aliar a ela, outro mau-caráter que tudo o que deseja é se vingar de Amália por tê-lo deixado por Afonso. Eu não vejo a hora dessa gente toda se estrepar juntas.) A vilã descobre que suas ações estão surtindo efeito, ela está conseguindo cada vez mais conquistar o carinho do povo, e isso se torna ainda mais visível quando ela tem a inteligente ideia (Ela realmente é muito inteligente.) de abrir as portas do castelo para que os plebeus conheçam de perto a vida de seus monarcas. Aquilo foi uma jogada de mestre! Mas uma vez fiquei com nojo de Catarina se passando por bondosa ao ler fábulas para as crianças carentes da cidade. E ri muito quando estas mesmas crianças invadiram a sala do conselho e fizeram a maior algazarra deixando Rodolfo enlouquecido.
Por fim, Catarina consegue se casar com Rodolfo em uma cerimônia pomposa e deslumbrante, até extravagante, já que estamos falando de Rodolfo. Ela só não estava mais linda que Amália em seu casamento com Afonso, mas tenho que admitir que o figurino da personagem de Bruna Marquezine estava esplendoroso, digno de uma futura rainha. Ao caminhar para o altar, ela passa por Amália e Afonso que estão junto aos convidados que a admiram caminhando até Rodolfo. A vilã tem um momento de alucinação, vendo Afonso ao invés de Rodolfo no altar, e fica claro que ela realmente gostaria que fosse o irmão de seu noivo quem estivesse ali naquele momento. Teremos embates maravilhosos entre Amália e Catarina. Isso é óbvio! Ao fim da cerimônia, emocionada, mas não pelo casamento, mas, sim, por ter alcançado seu objetivo, Catarina recebe a coroa de rainha de Montemor.
Finalmente a ambiciosa princesa conseguiu se tornar a rainha que tanto queria ser, mas isso ainda é pouco para alguém ganancioso, e com certeza, Catarina irá querer muito mais.

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