Deus Salve o Rei – Lucrécia vai para um Convento
Quando
eu soube que Lucrécia (Tatá Werneck) iria para um Convento, eu também soube que essa ideia não ia prestar. A personagem
nunca poderia se tornar uma freira de verdade, pois mesmo acreditando que havia
recebido um “sinal” de Deus, a
verdade é que ela jamais levaria o menor jeito
para a coisa. A estadia de Lucrécia em um lugar santo, com certeza, seria
garantia de boas cenas de comédia, além de ótimas gargalhadas com a
interpretação de Tatá, e eu sabia que
esse era o objetivo, e confesso: eu ri à beça! E não podia ser diferente. Depois
de ter sido expulsa de Montemor e destituída do cargo de rainha, por conta da armadilha de Rodolfo (Johnny Massaro) e Catarina
(Bruna Marquezine), jogar a personagem em um lugar de paz trouxe até mais leveza
para ela, que estava vivendo um drama.
Até ali,
no lugar santo, ela foi vítima de um complô: seu tio, Heráclito (Marcos
Oliveira), inconformado com a decisão da sobrinha de se tornar uma religiosa,
fez um acordo com a madre superiora. Ele prometeu fazer doações generosas para o
convento, se a Religiosa-Mor ajudar a
fazer da vida de Lucrécia um verdadeiro inferno no lugar, para que ela desista
da absurda ideia de ser uma freira. A partir daí, com a ajuda de Benedita, uma
série de provações começa na vida da nova noviça.
Embora,
tudo parecesse trágico para ela, Lucrécia e Mirtes acabam se tornando meio amigas, por compartilharem do mesmo
ódio por Catarina, afinal de contas, ambas foram parar no convento por conta da
víbora. O problema dessa amizade é que Mirtes ressuscita as horrendas lembranças que Lucrécia têm de
Catarina, e isso a tira do sério. Quando Mirtes revela o motivo pelo qual está
no convento, (Catarina armou um flagra de Istvan, seu ex-noivo, com a prima na
cama, para se livrar de seu noivado, e tudo acabou sobrando para Mirtes, pois
seu pai queria vê-la casada com o Marquês, por conta do escândalo.) as duas se
juntam, na conversa, para dar “adjetivos”
bem condizentes com a vilã como, por exemplo: “Ardilosa, cínica, dissimulada”, é o que diz Mirtes. Já Lucrécia,
vai além ao gritar, “Vaca dos infernos,
cobra peçonhenta… Irmã… Irmã, por favor creio que esse tipo de sentimento vai
nos afastar de Deus. Eu proponho que nós rezemos dez Pai Nossos, e vinte Ave Marias,
talvez trinta e cinco, pelo VACA.” (Só mesmo Lucrécia!).
Antes de
tudo isso, é hilário ver seu comportamento, no convento, como se ainda fosse, de certa forma, uma
rainha, esperando humildemente por privilégios; ela tenta puxar assunto com as irmãs na hora da refeição; “Boa noite! Meu nome é irmã Lucrécia… eu… eu
acabei de sair do isolamento, vocês devem saber o que é isso, passar esse tempo
inteiro sem poder conversar, sem poder falar com ninguém. Não que eu sentisse
falta, por favor. Eu não senti, pois falava com Deus e,… isso me basta, isso é
o suficiente … Muito prazer meu nome é irmã Lucrécia, aliás, prazer não!…prazer
não, porque não estamos aqui para sentir prazer…” (ai, como eu me divirto!). Como estava em um convento, a hora
da refeição é sagrada, e todas a deixam falando sozinha, ela se aproxima da última
freira que ficou no refeitório, e diz mais uma vez, “Olá, meu nome é irmã Lucrécia!” (Meu Deus! Como eu ri em uma única
cena!).
O
melhor, é quando ela pede a madre para que os empregados recolham seu prato,
pois já havia terminado sua refeição (mais risos). Lucrécia ganha um “choque de realidade”, e acaba ficando
com toda a louça do convento para lavar, sozinha. Porém, mais surpresas estão por
vir; ela se surpreende com sua cama de pedra e diz: “Madre, o colchão de pluma de ganso ele… ele está em algum depósito,
para… para que eu possa de forma humilde pegar, e, eu mesma humildemente forrar
a minha cama?” Pobre coitada! Para encerrar a conversa, a madre lhe dá um penico e, “Boa noite, irmã! E não esqueça, nossas primeiras
orações começam antes do sol raiar”. Na tentativa de fazer Lucrécia
desistir o mais rápido possível de ser freira, Benedita lhe dá o que seria as
piores tarefas para ela, coisas do tipo: colher ovos todas as manhãs no galinheiro
(Aquilo foi sensacional!), Lucrécia pediu licença para uma galinha para retirar
um ovo que estava debaixo dela: “…eu
estou pedindo com educação… Senhora? Senhora?”, ela acaba se assustando com
outra ave que voa sobre ela e, atrapalhada, deixa o galinheiro aberto, o que
faz as galinhas fugirem, e ela tentar agarrá-las (demais!). Eu já disse que isso não ia dar certo?
Ai,
ai! Se eu fosse comentar e escrever sobre como está sendo divertido ver
Lucrécia no convento, esse texto não teria fim. E isso é só o começo! (Dor na
barriga, de tanto rir.)
Para mais postagens de Deus Salve o Rei, clique
aqui
Comentários
Postar um comentário