Deus Salve o Rei – O julgamento de Afonso
Com
Artena destruída por conta da guerra, Amália (Marina Ruy Barbosa), juntamente
com sua família, a amiga e cunhada Diana (Fernanda Nobre), e tantos outros
cidadãos do devastado reino que vivia, se muda para Montemor em busca de um
recomeço na vida. Afonso (Rômulo Estrela), por sua vez, não veio como um
cidadão qualquer, o jovem foi trazido para o reino de Rodolfo (Johnny Massaro)
como um traidor e prisioneiro de guerra, por haver lutado contra o irmão na
mesma, e a favor de Augusto (Marco Nanini).
Aprisionado
na masmorra do castelo, Afonso recebe a desesperada visita de sua amada,
Amália, que ajudada por Cássio (Caio Blat) vai vê-lo no fétido lugar após
descobrir que ele pode ir parar na forca acusado de traição. A culpa disso tudo
é de Rodolfo, que sempre teve inveja do irmão, por ele ser o mais bem preparado
e o escolhido para ser o sucessor no trono que agora ele ocupa. Para demonstrar
que agora é ele quem manda, o tolo rei de Montemor aprisionou o irmão. Seu plano?
Deixar Afonso na masmorra por um tempo para depois soltá-lo. Só que por não
conhecer as leis que regem um reino, Rodolfo é avisado por Cássio (Caio Blat)
que Afonso foi preso por traição, e que a pena para este tipo de crime é a Pena Capital, ou seja, a forca.
Na
masmorra, Amália promete ao amado que irá tirá-lo do lugar, e eu, logo, começo
a sentir aquela maravilhosa emoção que Marina
transmite toda vez que está em cena, ainda mais quando ela diz a Afonso: “Eu te amo! Eu te amo! Eu não vou desistir
de você. Eu te amo!”, e é claro que teve aquele beijo romântico de sempre
para colocar ainda mais emoção em nós. O povo de Montemor ficou dividido, uns
acreditavam que Afonso merecia a forca por ter abandonado seu reino por conta
de uma plebeia, e ter ido viver em Artena, além de lutar ao lado de Augusto na
guerra, enquanto outros, conhecendo o caráter de Afonso e sabendo que ele não
lutou para manter a guerra e, sim, para tentar reestabelecer a paz entre os
reinos novamente, além de ter sido um bom príncipe enquanto fez parte da
realeza de Montemor, quando ainda era o príncipe herdeiro do trono, acreditavam
que ele era inocente, e que não merecia ser julgado. Eu estava entre esses, só
para deixar claro! (Risos)
Depois
de ser advertido por Cássio, que se não aplicasse a pena prevista para o crime de Afonso seria visto como um rei fraco,
Rodolfo quis de todas as maneiras resolver a situação sem ter que levar a culpa
pela morte do irmão, o que também seria mal visto pelo povo, como sendo ele um
rei cruel capaz de matar um próprio membro da família. É bem verdade que
Rodolfo não queria matar seu irmão, e que a agonia o estava sufocando com a
ideia de viver com essa culpa, simplesmente, por ter brincado de ser poderoso.
Por fim,
Cássio encontrou uma possibilidade de livrar o amigo da morte, um caso semelhante
já havia acontecido com os Monferrato, a família de Rodolfo e Afonso. Em última
instância, Afonso poderia ser levado a júri
popular, o que não garantia sua salvação, uma vez que, o povo de Montemor
estava com suas opiniões divididas. Após ir ver o irmão na masmorra, Rodolfo e
Afonso se enfrentam com acusações sobre suas escolhas na vida. Para Rodolfo,
Afonso praticamente assinou sua sentença de morte ao renunciar o trono de
Montemor, e ir viver como um plebeu em Artena, Afonso, por sua vez, acusa o
irmão, iludido pelo domínio do poder, de ser o responsável pelo que está
acontecendo quando diz que Rodolfo “também
fez suas escolhas”, se Rodolfo não tivesse declarado guerra a Artena nada
disso estaria acontecendo. O que é a verdade! Afonso, então, é levado para ser
julgado.
O povo
se aglomera para ver o destino de Afonso ser traçado, o ápice do momento
acontece quando Amália, desesperada ao ver o amado prestes a morrer, sobe no “palanque da forca” após Rodolfo ter
discursado a favor do perdão do irmão ao povo, e ver que eles, divididos em
suas opiniões, gritam contra, e outros a favor do enforcamento. Que dor! Já imaginou ver a pessoa que você ama prestes a morrer na sua frente? É impossível não sentir aquela frenética aflição. A jovem plebeia
não consegue ficar de mãos atadas, sem fazer nada para salvar seu grande amor.
Afligida, Amália resolve falar aos acusadores de Afonso e consegue chamar a
atenção para suas palavras, ela, então, grita: “Não! Vocês estão errados. Afonso é inocente!”, os guardas tentam
tirá-la do palanque, mas ela é relutante, “me
larguem, eu quero falar” Rodolfo permite que ela seja ouvida, e ela
continua seu discurso.
Com bravura,
Amália defende Afonso o deixando emocionado com a corajosa atitude de sua amada
quando ela diz: “eu sei que muitos aqui estão
com raiva… mas não permitam que essa raiva influenciem em suas escolhas, porque
é preciso avaliar as atitudes de Afonso… mas de forma clara, objetiva, e não por
impulso. Afonso mais do que ninguém, sabe que pagamos um preço por nossas
escolhas, e ao mesmo tempo, também sabe o que é ter uma vida toda, traçada por
uma decisão que não foi tomada por ele e nem por ninguém. Afonso nasceu com o
destino traçado, tornar-se rei, mas como todos aqui, ele também têm desejos,
receios, dúvidas e, então, um dia ele acreditou que seria mais feliz vivendo
uma vida diferente da que estava planejada para ele. E por que ele não teria
esse direito? O direito de escolher seu próprio destino. E acho que todos concordam
que é preciso coragem pra tomar tal decisão. Afonso não lutou contra Montemor
por lealdade a Artena, mas sim pelo seu compromisso com a paz…” Eu tinha
que transcrever isso, Amália foi corajosa, persistente, convincente e ousada.
Aplausos!
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