Catarina
(Bruna Marquezine) foi levada para Montemor supostamente como uma “prisioneira de guerra”, mas o que
ninguém sabia era que tudo não passava de uma continuação de seu plano com
Rodolfo (Johnny Massaro), para não levantar suspeitas de que ambos eram amantes,
e de que ele esteve ao lado dela o tempo todo, como seu aliado, durante a
guerra que ela mesma forjou para subir ao poder. Loucamente apaixonado e
manipulado pela princesa de Artena, Rodolfo mantém Catarina aprisionada em um
quarto confortável no castelo de seu reino, assim como ela havia pedido que
fosse, para posteriormente, depois de se livrarem de Lucrécia (Tatá Werneck),
eles assumirem o romance como algo que veio a “acontecer naturalmente” e, assim, poderem se casar, e a vilã
reinar ao lado dele no trono de Montemor.
Sem
saber que na verdade seu marido e Catarina são aliados e amantes, Lucrécia
pensa que agora, definitivamente, é superior à sua rival, e eu adoro as
provocações que a desmiolada rainha de Montemor planeja para afetar sua
inimiga, como por exemplo: fazer uma sopa para Catarina sem nem mesmo saber
cozinhar, e jogar seus longos cabelos dentro da panela para que a dissimulada princesa tome o caldo asqueroso. Seria genial vê-la comendo a refeição preparada
pela atrapalhada rainha, porém, Catarina manipula uma situação que faz Lucrécia
experimentar a sopa antes dela para provar que não está envenenada. É o fim! A
esposa de Rodolfo se vê obrigada a tomar a sopa nojenta, e ainda
disfarçadamente tirar da boca um fio de seu próprio cabelo que estava no meio da comida.

O
plano não deu certo, mas não parou por aí! Depois que Catarina obriga Rodolfo a
deixá-la sair do quarto, pois estava cansada de fingir seu aprisionamento, os
dois dão um passeio pelo jardim do castelo, ainda que ele tema que alguém os
veja e descubra que ambos são amantes, e que Catarina não é prisioneira coisa
nenhuma. De fato, alguém os surpreende, a própria Lucrécia, e o que poderia vir
a ser uma descoberta vai por água abaixo quando Petrônio (Leandro Daniel)
assume a responsabilidade de ter deixado a vilã sair de seus aposentos.
Lucrécia decide aprontar mais uma. Dessa vez, ela chega no quarto de Catarina
para atormentá-la e traz consigo um papagaio do Congo, sob o irônico pretexto de
que ouviu falar que Catarina estava se sentindo sozinha e que queria mais
contato com a natureza. Ela, então, deixa sua rival solitária no quarto ouvindo
incessantemente as palavras que ensinou a ave para ofendê-la: “mal-amada… feia… mal-amada”. Foi
maravilhoso ver a cara de Catarina como se não acreditasse no que estivesse
vendo. Mas a “vingancinha” veio
rápido, a vilã também ensinou algumas palavrinhas para o papagaio que acabaram
por ofender também Lucrécia, tais como: “Lucrécia,
invejosa!” Definitivamente parecia que nada que ela fizesse conseguia
atingir Catarina. (Ódio!)
A vida
da cômica rainha estava por mudar radicalmente, mas antes ela consegue impedir
que Rodolfo se encontre secretamente com Catarina para um momento de “prazer”. Desconfiada de que sua rival
possa estar transitando livremente pelo castelo, Lucrécia decide colocar
Latrine (Julia Guerra) para vigiar a porta do aposento de Catarina. Para
conseguir ver a amante, Rodolfo precisou se disfarçar de frade, com um enorme
capuz que cobria toda sua cabeça, por conta da vigilância da dama de companhia
da esposa. Mas não foi dessa vez que ele conseguiu ficar livremente com a
amante, pois Lucrécia invadiu o quarto ao saber que
Catarina estava com uma visita. A vilã, ao ser questionada, explica o motivo
pelo qual um religioso estava em seu aposento: para uma confissão, pois até
mesmo os prisioneiros têm direito a um pouco de conforto para a alma. Foi uma
cena hilária, pois Rodolfo não podia tirar o capuz e nem falar para não ser
reconhecido pela voz, além de ter que escutar da esposa as palavras dirigidas a ele como frade: “Essa mulher se aproveitou do meu marido, do
fato dele ser um ingênuo, um tolo, um homem hesitante, infantil, sem graça, sem
charme…” (Risos!) Rodolfo merecia ouvir isso, mesmo que Lucrécia não
soubesse que era ele quem estava ali. Para perturbar a inimiga uma última vez,
a desmiolada rainha manda chamar o Oráculo do reino, e o deixa a ladainhar no
ouvido de Catarina suas insuportáveis “sábias”
palavras sem sentido, já que ela precisava tanto de um conforto espiritual.
(Bem feito!)
Por
fim, pressionado por Catarina para pôr um ponto final em seu casamento de uma
vez por todas, Rodolfo resolve a qualquer custo armar contra Lucrécia, ele tem
a ideia de fazer a esposa cair em uma armadilha de adultério e, assim, poder
anular seu casamento com ela. A personagem de Tatá Werneck vem sofrendo desde o
início da novela. Apesar de seu comportamento transloucado, amalucado e por
vezes sem juízo, o que nos faz rir à beça, Lucrécia é uma das minhas
personagens mais queridas na história, o que me faz sofrer junto com ela quando
Rodolfo começa a armar uma trama para eliminá-la de sua vida depois de aliar-se
a Catarina. Rodolfo não foi obrigado a casar-se com Lucrécia e muito menos a
manter um casamento com ela, por isso não precisava apunhalar pelas costas a
mulher que verdadeiramente o ama. A trama de Lucrécia vai ganhando um rumo mais
dramático, apesar da personagem continuar com seu jeito hilário de ser e seus
trejeitos engraçados, ainda assim, percebemos, pelo menos eu, o drama em que ela
se encontra.
Rodolfo
tenta fazer com que Lucrécia o traia, pois ele sabe que a esposa é meio
ninfomaníaca, e que pode cair em tentação se um outro homem lhe der a atenção
que ele não proporciona a ela. Toda essa aliança com Catarina e seu plano de
separação de Lucrécia vai me causando mais repulsa ao personagem nesta parte
da trama, e eu não consigo mais ver graça nas piadas de Rodolfo por conta
disso. Enfim, o plano é posto em prática, Rodolfo nomeia Ícarus, um belíssimo
homem, como guarda-costas de Lucrécia, e mesmo sofrendo tentações, ela não
cede, pois seus planos são outros: ela quer deixar a chama de seu casamento
mais acesa do que nunca, e para isso tem uma das ideias mais mirabolantes.
Lucrécia
ordena que Osiel (Rafael Primot), o pintor do castelo, a pinte nua para, posteriormente, fazer uma surpresa mais “picante”
a Rodolfo quando lhe entregar a
pintura. (Que fofa, tadinha!) Lucrécia realmente acredita que poderá salvar seu
matrimônio, e isso é tão tocante, porque ela ama o esposo que não dá a mínima
pra ela. Foi uma cena bem engraçada. Osiel "morre" de constrangimento em ver sua
rainha nua bem diante de seus olhos, mas Lucrécia não tem tempo para pudores, e tampando
apenas parte de seu corpo com um tecido, ela posa seminua para ele fazendo
caras e bocas em uma pose que considera sensual. (Dá pra imaginar a cena
né?) Após escutar escondido uma conversa através de "códigos" (para que ninguém no
castelo soubesse de quem estavam falando) entre Orlando e Osiel sobre a
pintura de uma NOBRE nua, Petrônio vai até o ateliê do pintor e consegue achar
o quadro de Lucrécia, que havia sido escondido pelo artista por precaução. Depois de vê-la entrar no lugar (ateliê), para
terminar a pintura, ele comunica a Orlando que ficou sabendo que a rainha
andou frequentando o local de trabalho do pintor, dando a entender que ela
estava traindo Rodolfo com Osiel. Enciumado, Orlando, que nunca esqueceu o
rápido romance que teve com Lucrécia, e que nem chegou às vias de fato,
acredita na história de Petrônio de que sua amada possa mesmo estar tendo um
caso com o artista. Petrônio sempre soube que o amigo e a rainha tiveram um caso,
e para se livrar da responsabilidade que Rodolfo lhe deu de fazer Lucrécia
traí-lo, acabou armando uma cilada para Orlando, pois sabia que por amor, o
mesmo daria um jeito de livrá-la de ser "pega" em adultério.
Para
salvar Lucrécia de ser flagrada com Osiel, Orlando entra no ateliê pedindo para ela se retirar do local, a esposa de Rodolfo pensa que ele está com ciúmes e tenta
explicar o motivo de estar ali, mas é tarde demais. A rainha de Montemor, que já
estava seminua, começa a chorar pensando que nem mesmo Orlando a ama mais, e
dizendo que “só queria ser amada”. Ela deixa o tecido em que estava enrolada cair e abraça o amigo em busca de
consolo. Neste momento, Rodolfo entra, juntamente com Petrônio, no ateliê e
flagra Lucrécia abraçada nua com Orlando. Fingindo estar ofendido e surpreso
com o que presenciou, ele acusa a esposa de adultério e diz que o
casamento deles acabou. Não existe nada mais triste neste momento do que ver
Lucrécia, após tentar explicar que nada era o que parecia ser, e ouvir que o
casamento acabou, ajoelhada, juntar suas mãos e implorar a Rodolfo: “não meu amor, por favor, não, por favor, meu
amor, por favor, Rodolfo, por favor”, e nada é mais cruel da parte de
Rodolfo em fingir todo esse desapontamento fajuto.
Lucrécia
é expulsa de Montemor após Rodolfo conseguir a anulação de seu casamento com
ela, mas não da forma como ele queria. O Patriarca da fé declara que é preciso
que o cúmplice do adultério seja revelado para o casamento ser anulado,
pois sem o nome do amante da adúltera, a traição não poderá ser consumada. Como Orlando acabou fazendo um favor a Rodolfo, mesmo sem querer, ele decide
acobertar o amigo para que ele não vá parar na forca. Enfim, Rodolfo, furioso,
destitui o Patriarca da fé de seu cargo por não fazer o que ele quer, funda uma
nova religião com doutrinas que o beneficiam em tudo, nomeia Orlando como novo
patriarca e anula definitivamente seu casamento com Lucrécia.
Antes
de partir, a ex-rainha de Montemor descobre através de Orlando o plano de
Rodolfo (Orlando, sempre um fofo com Lucrécia!), ela logo mata a charada ao
perceber que Catarina também está envolvida nisso tudo. Furiosa, ela vai até o
quarto da inescrupulosa princesa de Artena e diz: “Catarina, você não faz ideia do que eu sou capaz de fazer”. As duas se atracam em uma
briga ferrenha e cheia de comédia com direito até a um, “Terminou Lucrécia?” (nova versão de "Já acabou Jéssica?"), depois que ela tenta sufocar Catarina com um
travesseiro, e chora por ter se descontrolado pensando que matou a ordinária
princesa asfixiada. (Essa frase foi Mara!) É muito sofrimento. Pobre Lucrécia!
Antes de descobrir tudo e de ter seu casamento anulado, ela ainda tenta mais
uma vez salvar sua relação com seu amado cafajeste durante uma conversa. Mas é tudo
em vão. E eu adoro quando ela diz a Rodolfo: “você ainda vai rastejar aos meus pés feito uma minhoca, mas aí será
tarde demais…”, com essa fala, nos é mostrada uma Lucrécia mais séria e
completamente racional, e eu acredito fielmente que essa praga vá pegar em
Rodolfo, pois ele merece. Lucrécia também nos surpreende com sua inteligência
ao avisar Cássio (Caio Blat), em uma cena dramática em que ela demonstra sua
sede de vingança, para ele ter cuidado com Catarina, pois ele poderá ser o
próximo da lista da vilã.
Com um
pesar no coração, ela se despede de seu aposento no castelo. Lucrécia caminha
rumo à luz que entra pelas portas da sacada do quarto, e pede uma orientação
divina: “Deus que tudo sabe, e que tudo
vê, guie os meus passos, Senhor, me dê um sinal, me dê uma luz, Senhor”. Latrine, que segurava um objeto de prata, sem perceber acaba atraindo a luz que
reflete no objeto e faz o quarto resplandecer. Lucrécia, então, conclui que
Deus quer que ela siga o caminho religioso e decide ir para um convento.
(Risos! Isso não vai dar certo.) Estou até com medo do que ela irá aprontar por
lá.
Que
Deus salve Lucrécia!
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