Deus Salve o Rei – Afonso, Amália e Levi, os foragidos de Montemor
Não
foi nada fácil para Afonso (Romulo Estrela) ver que seu plano, no dia do
LEVANTE, não deu certo. O jovem rebelde se sentiu impotente ao notar que
Montemor, o reino que ele havia nascido para proteger e cuidar, ainda
continuaria sofrendo com a tirania de Rodolfo (Johnny Massaro). Um pesar havia
tomado conta de seu coração, pois além de fracassar na liderança da rebelião,
ele também não conseguiu salvar seus aliados da prisão, depois que a
conspiração foi descoberta. Daquele momento em diante, Afonso, juntamente com
Amália (Marina Ruy Barbosa) e Levi (Tobias Carrieres), passou a ser um “fora da lei”. Os três acabaram se
tornando o principal alvo da captura de Rodolfo e seu exército, que não mediram
esforços para persegui-los, e por diversas vezes o tirano chegou perto de
colocar suas mãos em seu irmão “traidor”,
e cada vez que isso acontecia, meu coração se apertava, e eu só conseguia
voltar a respirar depois que o perigo passava. Foram momentos tensos da novela,
que caminhava, cada vez mais, para o seu clímax (Fantástico!).
Mas nada foi mais triste
naquela cena do que ver Constância e Martinho se desesperarem ao ver Tiago ser
condenado: o irmão de Amália nada tinha a ver com a rebelião, mas acabou sendo
preso apenas por ter sido visto no castelo, na noite do levante, ao tentar salvar
a plebeia de alguma condenação… afinal de contas, ele estava fazendo seu papel
de irmão e aquilo foi lindo da parte dele, pois Tiago é um irmão maravilhoso, e
eu faria o mesmo por minha irmã sem a menor sombra de dúvidas. Enfim, o jovem
acabou sendo visto como um rebelde, e o seu “fim”
não poderia ter sido o mais injusto possível. O momento em que Constância corre
em meio à multidão, com lágrimas nos olhos para se despedir de seu filho me
cortou o coração (foi uma belíssima interpretação de Débora Olivieri, nossa eterna Carmem
da primeira versão brasileira de Chiquititas).
A atriz me fez sentir a emoção de uma mãe que nunca mais iria ver novamente o
rosto do filho que um dia deu à luz. Eu chorei. Constância estava sentindo uma
dor que chegou até mim de forma impactante… sem palavras.
Voltando a Afonso, Amália e
Levi, o trio foragidos se refugiou na
floresta enquanto as coisas se acalmavam, e Afonso construía uma nova tática
para derrubar Rodolfo e tomar o poder. Porém, viver naquela situação não foi
nada confortável para eles: o ex-príncipe estava sentindo-se fracassado, e
tentava manter uma figura de protetor para sua amada e seu filho de coração. Enquanto a plebeia, como boa
mãe e esposa, trazia aquela segurança materna a Levi, e também tentava dar a
Afonso um pouco de calma, embora estivesse preocupada com a família que havia
deixado para trás. Mas a experiência na floresta serviu para que um desse força
ao outro, além de fazer seus laços de amor ficarem ainda mais fortes diante das
adversidades (que não foram poucas). Afonso e Levi conseguiram despistar os
soldados que quase conseguiram capturá-los (adrenalina!), os dois chegaram ao
acampamento para buscar Amália e novamente fugiram para outro lugar. Mas a
perseguição e a busca por eles não terminava ali, e para piorar ainda mais a
situação: a plebeia foi picada por uma cobra ficando entre a vida e a morte, e
a vida parecia estar sendo injusta com eles, que apenas estavam buscando por
justiça.
Catarina saiu da casa da velha
bruxa com a certeza de que Rodolfo iria ser destronado, mas ela continuaria com
sua coroa na cabeça. Porém, para que tudo desse certo, ela precisaria ter a “semente” plantada em seu ventre (um
filho). Amália, por sua vez, teve a certeza de que Catarina não queria apenas o
trono somente para si, pois como também foi revelado pela feiticeira, a
preocupação da esposa do atrapalhado
rei não era apenas com os fugitivos que ela tanto queria capturar, havia algo a
mais, Catarina tem um amor que a incomoda, que aumenta, e que se mistura ao
ódio, um amor que nós sabemos muito bem que é por Afonso. E quando ele retorna para
a casa da velha Mandingueira, antes de partirem, a jovem plebeia lhe diz que é
Catarina a mulher da profecia que a feiticeira há muito lhe havia dito a ele: “a mulher que lhe juraria amor, mas lhe
traria ódio, que lhe falaria de paz, mas traria a guerra”, e o sofrimento parece
não ter fim para o casal. Amália se preocupa com essa obsessão que a vilã sente por seu amado, é aí que Afonso tem uma das atitudes mais lindas, ele a consola
dizendo que só há uma mulher que ele ama (e essa mulher é ela, Amália... que amor!), e a forma
como ele diz que a ama, e a beija, demonstra o quanto ele nunca se arrependeu
da escolha que fez na vida, a escolha de ter se tornado um plebeu por amor… mas
é hora de partir novamente, pois não é seguro estar no mesmo lugar por muito
tempo. Após agradecerem a Mandingueira por sua hospedagem, eles partem com a
certeza de que não saberiam qual seria a próxima parada.
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