Deus Salve o Rei – Afonso é condenado à Pedreira de Angór
Gostaria
de começar este texto dizendo: como foi bom ter Constantino de volta! Eu cheguei
a pensar que José Fidalgo não fosse
mais retornar à novela por conta de algumas críticas quanto a sua atuação… tudo
bem, ele realmente não é o melhor ator do mundo. Mas eu gostei do personagem e
da forma como ele conduziu sua parte na trama, com aquelas cenas CALIENTES com Catarina (Bruna
Marquezine), e isso ele fez muito bem. De qualquer forma, para não ficar com um
final vago (fugindo de Afonso naquela briga depois do sequestro da vilã), ele
retornou para uma finalização em seu papel. E foi um retorno maravilhoso: ver
Constantino com aquele aspecto acabado e abatido na Pedreira de Angór, trouxe
mais veracidade ao personagem, e contribuiu muito para que o inferno de Afonso
(Romulo Estrela) no lugar fosse mais convincente.
Depois
de ser traído por Otávio (Alexandre Borges), Afonso foi levado de volta para
Montemor de forma humilhante: amarrado como um animal e como se fosse um
troféu de Rodolfo (Johnny Massaro), e sua prisão por traição parecia ser o fim
da esperança dos plebeus por um reinado mais justo. E ainda tinha Catarina o
visitando na masmorra com aquela cara de vadia
cara de pau, fingindo preocupação, e como era difícil para ela vê-lo naquela
situação. Por favor! Há muito tempo sabemos que a víbora é apaixonada por
Afonso (e ele sabia que parte da culpa de tudo aquilo era dela com suas manipulações
sobre Rodolfo), e podia até ser que ela estivesse lamentando toda aquele momento
dele preso. Mas por trás de todo o teatrinho, ela estava gostando de tê-lo ali,
pois parte de seu plano era se fingir de bondosa em uma situação que ele
estivesse frágil, para depois conseguir conquistar a confiança dele. E para que
seu “planinho” desse certo, ele precisava
estar preso para que ela fosse, posteriormente, “prestativa”… mas convenhamos, isso parece mais uma obsessão do que
amor, pois quem planeja/deseja o sofrimento de quem se “ama” para ter êxito em sua conquista (isso é meio sádico)? Só mesmo Catarina! E como
sabemos, sua vontade é reinar ao lado de Afonso, e para isso acontecer era
preciso que ele passasse por todo o sofrimento.
A
condenação de Afonso foi a mesma de Cássio (Caio Blat) e Tiago (Vinícius Redd),
a Predeira de Angór, e eu achei incrível colocarem o protagonista em uma
situação que parecia ser de impotência, pois ser condenado aquele lugar era o
mesmo que uma prisão perpétua: mas Afonso não encarou aquilo como o fim da linha, o lugar tenebroso serviu
para dar mais força e obstinação ao nosso mocinho, que não descansou até
conseguir arrumar uma maneira de escapar do local. Todo o cenário da pedreira
estava incrível; aqueles condenados, sofridos, trabalhando de sol a sol quebrando
pedras enormes, e a “coloração” das
cenas (menos vivas e meio acinzentadas), trazia o ar necessário que as elas
pediam, ou seja, um lugar dramático, triste, sem expectativa de vida e totalmente
sombrio. SHOW! Afonso não foi nada bem recebido na pedreira, muito pelo
contrário, a zombaria dos outros detentos por ele ser uma “Alteza” em um lugar como aquele, já nos dava uma noção de que seus
dias em Angór não seriam nada fácil.
Mas o
jovem não estava sozinho, e foi com emoção que eu assisti a cena em que ele se
encontra com Cássio e Tiago, seus únicos amigos naquela TREVA, e era um alívio para os três estarem juntos, embora nenhum
desejasse que o outro estivesse em uma situação tão deprimente. Cássio passou a
ter um comportamento revoltante, porque não aceitava que o amigo tivesse um fim
como aquele, e diferente de Afonso, ele não tinha esperança nenhuma de sair da
pedreira, a prisão mais bem protegida de toda a Cália… e por vezes, ele foi
grosseiro com seu melhor amigo, e era compreensível toda aquela rebeldia, pois
Afonso estava em um lugar que não era para ele estar, e segundo Cássio, seu
lugar era no trono de Montemor. E realmente ele tinha razão. Mas o pior e o
melhor ainda estava por vir: o encontro de Afonso com seu inimigo, Constantino,
não foi nada agradável. O ex-noivo de Catarina o recebeu com um: “Como vai Alteza?”, o deboche e a
alegria de Constantino em ver Afonso na mesma situação que a dele era prazerosa,
e, de cara, ele já deixou explícito que ambos estavam do mesmo lado da moeda, e
que seu desejo era ver Afonso morto, e, é claro, os dois já arrumaram uma briga.
Um dos
momentos mais tensos dos capítulos na pedreira, com certeza, foi a luta de
Afonso e Constantino, na Noite de Lutas,
uma espécie de festa para os prisioneiros… e aquele cenário estava fantástico! Aquela
arena com um círculo de fogo em volta era um local tenso, mas muito bom para o
que estava por vir. Constantino era o campeão da pedreira, o invencível, ele já
havia dominado o lugar e ganhado o respeito de todos. Depois de derrotar
brutalmente alguns oponentes, havia chegado o momento mais esperado, era a hora
do acerto de contas entre ele e Afonso: Constantino já havia provocado demais
Afonso, os dois já tinham passado pela solitária por conta disso, e agora era o
momento de saber quem seria o melhor em Angór. Mas antes do confronto entre
eles, uma outra rixa acontece. Quando o feitor instiga alguém a ser corajoso o
suficiente para enfrentar o “invencível
Constantino”, Cássio, saturado das prepotências do Duque, se oferece para
lutar, Afonso acha uma loucura, mas não consegue impedir que o amigo lute, e a
luta se inicia.
Mesmo
Cássio desferindo alguns golpes ele é imobilizado e perde a luta. Afonso, amigavelmente,
o repreende por uma atitude tão louca, e Cássio lhe diz que, prefere morrer numa arena do que ver Afonso
que nasceu para ser rei preso por suas escolhas. O ex-comandante estava
inconformado com o destino de seu amigo, e aquela atitude foi uma forma de
dizer o quanto isso o estava incomodando. Cássio parecia não estar mais
raciocinando de forma lúcida, e isso era triste, pois era frustrante para ele que não havia conseguido ajudar
o amigo a subir ao trono, vê-lo em Angór.
Por fim,
em uma outra Noite de Lutas, o tão
esperado embate acontece. Constantino, com o direito de escolher o seu
adversário, e com sede de vingança, escolhe Afonso para a luta… e a tensão
tomou conta da cena: Afonso não recuou e aceitou o desafio (que cena
maravilhosa!), a arena estava tomada pelo ódio de Constantino e pela bravura de
Afonso, mas ambos esperam um do outro um primeiro ataque. Para instigar ainda
mais o embate, o feitor entra na arena ordenando que lutem como homens, e que lutem por suas vidas, ele joga dois punhais no chão incentivando o fim
daquela luta com uma morte. Em posse dos punhais, Afonso e Constantino lutam
por suas vidas, e aquela luta parecia não ter fim, pois qualquer deslize seria fatal. Os prisioneiros gritam, todos querem sangue na arena, Cássio
e Tiago se preocupam; um momento de distração e tudo pode acabar mal para
Afonso. A coreografia da luta foi esplêndida! E para minha felicidade, o
mocinho foi mais habilidoso, Afonso conseguiu ferir Constantino com um corte e
render o Duque no chão em um golpe final… rendido, Constantino pede para que
ele o mate. No fundo, o prepotente inimigo de Afonso também estava cansado
daquela vida, e eu cheguei a ter pena dele que clamava através do olhar, para que
um fim fosse dado a seu sofrimento. Pronto para o golpe de misericórdia, Afonso
encara Constantino, e crava o punhal na arena livrando a pele do inimigo,
porque ele não seria capaz de se tornar um algoz.
Nada
feliz com o resultado da luta, o feitor os prende novamente na solitária. Porém,
dessa vez, Afonso não quer mais um embate e nem provocações, ele prefere unir
forças com seu inimigo para poder fugir da pedreira. O jovem propõe uma união com o Duque, mas Constantino ainda só pensa em matá-lo na primeira oportunidade. Após tentar fazer o ex-amante de Catarina usar a inteligência, pois o feitor não desconfiaria se agissem juntos, já que são inimigos, Afonso é retirado da cela... e uma surpresa o aguarda do lado de fora.
Para mais postagens de Deus Salve o Rei, clique
aqui
Comentários
Postar um comentário