Deus Salve o Rei – Amália é acusada de BRUXARIA


Amália (Marina Ruy Barbosa) estava sofrendo muito com o falecimento de seu pai, Martinho (Giulio Lopes), por conta da peste, e nós tivemos momentos lindos dos dois enquanto ele ainda estava doente, e ela cuidou dele com todo o amor e carinho de uma boa filha. A plebeia havia retornado a Montemor, sem mais nenhum temor, após ter vencido, ao lado de Afonso (Romulo Estrela), aquela enorme saga cheia de adversidades até que ele chegasse ao trono. E quando ela encontra seu pai enfermo, prostrado em cima de uma cama, Amália quer transmitir fé e segurança a ele diante daquele problema, porque Martinho estava muito feliz em ter sua filha de volta, e ao descobrir que Afonso era o novo rei, suas palavras foram: “Então, eu sou o pai de uma Rainha?”. De fato, Amália é uma rainha! Uma rainha em beleza exterior, interior e em caráter. A conversa dos dois é carregada de sentimentos, a ruiva lhe diz que ele “deu tudo o que uma filha precisa. AMOR”. Em resposta, Martinho declara que ela “lhe deu coragem para enfrentar tudo”. Essas frases com declarações de amor entre pai e filha foram carregadas de emoção, porque perto da morte, tudo o que queremos é que a pessoa que amamos não se vá desse mundo.
Aquele diálogo terminou com um pedido de Amália para que seu pai “fosse forte”, e um: “Eu te amo!”… Por mais que a plebeia, sua família e Afonso fizessem de tudo para salvar a vida de seu pai, o pior aconteceu. Martinho faleceu. Mas antes, ele pediu para que Constância (Débora Olivieri) cuidasse dos filhos, e disse à Amália “que ela seria a rainha mais amada de toda a Cália”. Em um momento onde todos não queriam aceitar o inevitável, Afonso prometeu atender ao pedido de seu sogro, de cuidar de todos após sua partida, afinal de contas, aquela também é sua família, e na hora da morte, quem está partindo quer ouvir palavras que lhe tragam segurança, para poder descansar em paz. Dessa forma, Martinho falece. Não sendo suficiente, infectada pela peste, Catarina (Bruna Marquezine), que sempre desejou o mal da plebeia, ainda teve forças para fazer suas vilanias: ela é incansável! E já que não havia conseguido matar Amália queimada, naquele cativeiro, ela, então, como toda vilã, decidiu arquitetar mais um plano para eliminar sua inimiga. Com medo da morte, e de nunca conseguir viver sua paixão obsessiva com Afonso, ela ordena que Lucíola (Carolina Ferman) espalhe o boato de que a peste é trazida por uma bruxa. E é claro que a tal bruxa seria Amália, porque se ela morresse sem conseguir se casar com Afonso, “a plebeia ruiva dos infernos”, como ela costuma chamá-la, também não ficaria com ele.
Os boatos se espalharam rapidamente por Montemor, e Amália, que já não era muito bem vista pelos plebeus, passou a ser o principal alvo de ataque, principalmente porque o povo começou a ligar as desgraças que caíram sobre o reino a ela, como, por exemplo: a abdicação de Afonso, o que fez os plebeus sofrerem com a tirania de Rodolfo (Johnny Massaro), a guerra, a falta de água, a crise financeira e a peste, logo, a ruiva seria uma bruxa que enfeitiçou Afonso e trouxe a maldição para o reino. Uma histeria coletiva começou a tomar conta de todos, e o plano de Catarina passou realmente a dar certo. A situação piora, ainda mais, quando Lucíola e Isis veem Amália queimar ervas, sob as orientações de Lupércio (Paschoal da Conceição), pois as ervas usadas, como incensos, ajudariam a afastar a mazela, ao verem aquele ato, que parecia um ritual de bruxaria, Amália foi considerada, definitivamente, a bruxa que fez Afonso abdicar do trono, e trouxe a ruína a Montemor, principalmente depois que Isis viu a plebeia conversando com a Mandingueira, que apenas queria avisá-la sobre perigos futuros. Daí por diante, tudo ficou mais tenso, porque mais boatos surgiram, e a trama começou a ganhar um “ar” de perseguição maravilhosa, e muito bem amarrada, pois como uma novela medieval, uma caça às bruxas não poderia ficar de fora, não é mesmo? Eu amo história de bruxas! Acho que já mencionei isso aqui algumas vezes (Risos!).
Catarina já estava bem adiantada em trazer mais complicações para a vida de sua grande rival, recuperada da peste, a vilã havia feito uma visita secreta ao inquisidor da Cália, Dom Bartolomeu (Stênio Garcia), e o convencido de que uma bruxa estava em Montemor. Sempre com sua máscara de boa moça, a víbora transpareceu um sentimento de preocupação com os plebeus do reino, e com as desgraças que estavam recaindo sobre o povo. Fingindo querer promover a paz, ela pede ajuda para salvar a todos, e não é nada difícil manipular Bartolomeu. O mais famoso, e cruel inquisidor, tem verdadeira fixação por colocar mulheres na fogueira, sejam elas inocentes ou não, e com seu caráter nada justo e muito perverso, ele aceita ir até Montemor, para mostrar sua falsa justiça contra aquelas que tem “pacto com o demônio”, principalmente quando Catarina também o convence de que Afonso está sob o efeito de um feitiço, e lhe entrega um colar com um pentagrama, supostamente encontrado no quarto dele. A esperteza de Catarina é muito convincente, porque mesmo sem mencionar o nome de Amália, ela sabe que em Montemor, as coisas estão ficando bem tensas para o lado da plebeia, e não iria demorar muito para que o inquisidor tirasse suas próprias conclusões sobre quem era a bruxa.
A chegada de Bartolomeu no reino foi bem propício para os planos de Catarina, porque ele chega justamente quando Amália está defendendo uma plebeia das acusações do marido, de que a pobre mulher, por ter falado uma língua estranha, enquanto dormia, seria uma bruxa. Amália não deixa de ficar assustada ao saber que aquele homem é o inquisidor, e depois que ele se apresenta e diz: “que se houver uma bruxa, irá descobrir sua identidade e puni-la com fogo”, ela, mesmo temendo, não deixa transparecer o seu medo, e o enfrenta… Amália é mesmo maravilhosa! A plebeia consegue livrar a mulher acusada pelo marido, pois as provas contra ela, uma marca de nascença, eram poucas para que a pobre coitada fosse condenada, e eu cheguei a pensar que uma marca de nascença fosse ser uma prova contra Amália, porque além de ruiva, o que durante a era medieval já era uma prova contra aquelas que tinham “os cabelos de fogo”, e muitas foram parar na fogueira por conta disso (breve aulinha de História! Risos!), a atriz, Marina Ruy Barbosa, possui, na vida real, uma mancha em seu antebraço esquerdo, e teria sido genial se eles tivessem usado disso, como prova de bruxaria, na personagem! Ainda que fosse um completo absurdo. Amália ganhou a antipatia de Bartolomeu, logo de cara, por tê-lo desafiado diante dos plebeus que queriam ver a mulher na fogueira, e aqueles dias em que ele passaria em Montemor não seriam nada fáceis para ela.
Afonso passou a ficar incomodado com a presença repentina de Dom Bartolomeu em Montemor, afinal de contas, pela lei, um inquisidor só poderia visitar um reino se chamado pelo rei. Mas Bartolomeu é astuto quando fala que há razões maiores para a visita de um inquisidor, em qualquer lugar, sem ser chamado: “a incapacidade de um rei de perceber coisas malignas”. Nossa mocinha voltou a enfrentá-lo, quando ele falou sobre ela ter defendido uma mulher acusada de bruxaria na praça, e eu adoro quando ela fala que “Deus prega tolerância e justiça, e que espera o mesmo dele”, porque Amália já havia percebido, muito bem, que o famoso inquisidor da Cália, gostava mesmo era de demonstrar autoridade através de atrocidades, e “show de horrores”. E convenhamos, Stênio Garcia estava maravilhoso como Dom Bartolomeu, a caracterização do ator para o personagem estava incrível! O que dava a entender que o inquisidor era mais maligno do que as supostas criaturas diabólicas que ele combatia. Me deu até medo de Stênio, ele estava medonhamente BIZARRO! Mas voltando a trama, o inquisidor estava disposto a culpar uma bruxa pelas desgraças do reino, ele apenas precisava encontrar a vítima perfeita para jogar tal culpa.
E quando Afonso se ausenta do reino, para ir até o Conselho tratar da presença nada bem-vinda de um inquisidor em Montemor, ele deixa Amália sob os cuidados de Selena (Marina Moschen), a nova chefe da guarda real, e pede para que ela não permita, por precaução, que sua mulher saia do castelo, pois sob Amália já estava recaindo as acusações de bruxaria, através dos rumores dos plebeus, e aquilo o estava preocupando. Os embates entre a plebeia e o líder religioso estavam se tornando constantes. Antes da partida de Afonso, a ruiva, cheia de coragem, o enfrenta mais uma vez, após ficar sabendo que ele passou a investigar a vida dela pelo reino. Bartolomeu questiona a história de Amália com Afonso, e começa a "jogar" com ela, quando toca no assunto sobre o rei ter abdicado depois de a ter conhecido, ele fala sobre a peste ter vindo para o reino justamente quando ela retornou, que foi vista com uma Mandingueira, e que defendeu uma mulher acusada de bruxaria. Mediante a tais injustas “provas”, Dom Bartolomeu a acusa de bruxaria, depois de dizer “saber quem ela é, e  que provará que todo o mal em Montemor nasceu dela”. A plebeia acha um absurdo toda aquela acusação sem fundamento, mas permite que o inquisidor investigue sua vida, pois não tem nada a temer. Porém, o pior estava por vir: com a ausência de Afonso, Amália ficou ainda mais desprotegida, e disposta a não se render ela cai em uma emboscada.
…Catarina havia ordenado a Delano que colocasse um livro de magia negra na antiga casa onde a plebeia vivia, e os assessores do inquisidor acabaram encontrando a “prova” definitiva de que a plebeia ruiva era uma bruxa. Em um encontro com Amália, nas ruas do reino, Bartolomeu a surpreende ao lhe dar voz de prisão, e ao dizer “que ela está presa por culto ao maligno e bruxaria”, e quando ela lhe diz que ele não tem provas, o inquisidor apresenta o livro e pede que ela explique onde o encontrou. A partir dali, Amália teria que enfrentar um julgamento que colocaria sua própria vida em risco.

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