Deus Salve o Rei – Selésio, a tentação número 1 de Lucrécia



Já faz um bom tempo que Lucrécia (Tatá Werneck) saiu do Convento, mas sua passagem por aquele lugar deixou claro que seus momentos como noviça foram os melhores da personagem, porque ela nos fez rir muito com suas tentativas de ser uma santa, o que não foi nada fácil, pois apesar de todos os esforços para seguir no caminho da retidão, ainda assim, Lucrécia teve que passar por muitas tentações, algumas foram vencidas, já outras nem tanto. Mas a maior de todas essas investidas para tirá-la do lado de Deus tinha um nome: Selésio (Cirillo Luna)! O jardineiro caipira do Convento. De modos simples, e carinha de cachorro que caiu da mudança, ele logo despertou o lado mais pecaminoso de Lucrécia, o lado sexual. Conviver com o matuto foi uma árdua prova de fogo, pois resistir aquela beldade ruiva foi a coisa mais trabalhosa que a ex-rainha de Montemor teve que tentar suportar, naquele lugar santo.
É claro que Mirtes (Maria Manoella) estava metida nessa confusão toda, a mais pecaminosa das noviças, que nenhuma vocação levava para o ofício, estava louca para ter seus momentos de intimidade com o belo caipira, e ela foi a responsável por apresentar a tentação chamada “Selésio” à Lucrécia, quando interrompeu uma das orações dela para dizer de forma calorosa que havia tido uma “visão divina”, e é claro que a curiosidade de Lucrécia falou mais alto, e quando ela perguntou se a visão foi a de uma santa, um anjo, uma coxinha de frango (Risos!), Mirtes teve que mostrar do que estava falando. Para constatar que visão era aquela, as duas foram até ele na horta do Convento, e as palavras de Lucrécia ao vê-lo trabalhando sem camisa são as melhores: “Deus Pai do céu! Senhor, Jesus, perdoai por antecedência!” Daí por diante, nós já sabíamos que aquela tentação não seria fácil de suportar (Ai, que calor!).
Quando a Madre Superiora reúne as religiosas para dar instruções a elas, a fim de que mantenham distância de Selésio, para evitar certos tipos de liberdade, é justamente nesta hora que ele aparece, no refeitório, com Lucrécia no colo. A amalucada havia machucado o pé, e o caipira apenas estava sendo gentil com ela, porque Selésio é ingênuo demais para querer tirar qualquer proveito de uma mulher, ainda mais das religiosas do Convento, que ele tanto respeita. A Religiosa-Mor acha aquilo tudo um absurdo, e depois que Lucrécia explica o motivo pelo qual estava nos braços do jardineiro, a Madre a repreende para que aquilo não se repita mais, e ela sai pulando que nem um Saci-Pererê do recinto. Os dias foram passando, e foi ficando cada vez mais difícil resistir a presença de caipira, porque tudo o que Lucrécia mais queria, porém não podia: era fornicar com ele. Mas não era só ela quem desejava ter momentos de prazer com o jardineiro, Mirtes também estava nesta “onda”, e não queria perder nenhuma oportunidade de ficar a sós com o ruivo.  
A despudorada prima de Catarina sempre achou aquela vida de religiosa um “porre”, e ela sempre dava um jeito de quebrar as normas impostas pela Superiora. Mirtes foi, em grande parte, a responsável por fazer Lucrécia transgredir algumas regras do Convento, enquanto ambas estiveram por lá, o que nos garantiu grandes momentos cômicos, e dessa vez não seria diferente. Louca para fornicar com Selésio, ela passa a investir pesado em cima do caipira, e o pior de tudo é que ela sempre contou vantagem para Lucrécia, dando a entender que estava tendo um caso com o jardineiro, como naquela vez em que Mirtes chega no quarto com um ar de quem acabou de ter momentos íntimos e Lucrécia diz: “Finalmente! Onde estava? Você é louca?” Quando a devassa começa a querer narrar uma suposta noite de amor com o jardineiro, Lucrécia com ciúmes e uma ponta enorme de inveja, logo a corta para que ela não prossiga com aquela narrativa, que no fundo, a interessava, e muito… tudo se torna ainda mais engraçado quando ela vai até a cama de Mirtes, morta de curiosidade, e pede para que a prima de Catarina lhe conte algo, e pergunta se Selésio é todo ruivo, do tipo: todo ruivo, até naquelas partes.
Lucrécia passa a sentir muito ciúmes de Selésio com Mirtes, e quando ela vai tirar satisfações com ele sobre o suposto momento que teve de pecado com a depravada noviça, o caipira lhe explica que não ouve nada, por ser um homem devoto. Ele ainda diz que nunca teve relações sexuais, pois isso é algo que fará só depois do casamento. Aquilo foi o fim para Lucrécia! Ou melhor, foi o começo de uma tentação que ela não poderia mesmo resistir: Selésio era VIRGEM! E aquela carinha dele de gato de botas do SHREK, seu jeitinho de bobo e sua inocência, só aumentou ainda mais a vontade da noviça atrapalhada de querer ter algo com ele. Lucrécia tentou esconder o que realmente sentia pelo matuto, e colocou em sua cabeça, depois que descobriu toda as mentiras de Mirtes, que sua missão era defender o caipira dos pecados, e das pecadoras também. É claro que essa ideia não prestou, pois Selésio passou a ver em Lucrécia a personificação da noviça perfeita, justa e santa, e ela, além de enganá-lo, estava enganando a si mesma com aquela atitude de “defensora de pecados”, pois no fundo o desejava mais que tudo, e cada vez que ele chegava perto seus “países baixos” pegavam fogo.
Um dos momentos mais engraçados de toda essa história, e quando Mirtes, sem desistir de tirar seu atraso sexual, leva Selésio para o quarto, que as duas dividiam no Convento, sob o pretexto de que um móvel do aposento está com defeito. Quando ela tranca a porta, Selésio entende que tudo não passa de mais uma investida da devassa em querer seduzi-lo, mas ele é salvo por Lucrécia que arromba a porta com uma barra de ferro dizendo: “Devassa! Desencaminhada! O que está querendo fazer com esse pobre homem?” Aquela cena foi realmente hilária, principalmente quando ela fala que “Mirtes foi expulsa do inferno por mal comportamento” (Morri de rir!). Mas Mirtes não ficou por baixo ao responder cinicamente: “Nada que você não tenha pensado em fazer irmã”. Eu adoro o cinismo dela, porque ela sabia muito bem que Lucrécia também estava louca para fornicar com o caipira. Essa aproximação de Lucrécia com o belo ruivo foi criando laços que poderiam se tornar nós, e esses nós seriam difíceis de desatar, porque ambos não puderam se aguentar, pois Selésio acabou se apaixonando por Lucrécia, e ela passou a se render aquele desejo desenfreado.
Depois que Lucrécia sonhou que vivia uma vida feliz com Selésio, de marido e mulher, e ele sonhar com ela, em uma cena em que ela está fazendo o trabalho de um oleiro, e ele chega por trás para ajudá-la de forma máscula e sensual, como naquela cena sexy de GHOST (eu adorei a referência que a novela fez ao filme!), o caipira chega à conclusão de que está passando dos limites e decide ir embora do Convento, por achar pecaminoso demais estar sentindo tais desejos por uma noviça tão “santa”. Mas Lucrécia, com medo de perdê-lo, o convence a ficar dizendo que “sente suas fraquezas”, e ela ainda o abençoa erguendo a mão e orando em sua cabeça. Só mesmo Lucrécia para ter tal atitude! Mas a hilária noviça também tem seu momento de autoflagelamento, quando percebe que não está mais conseguindo resistir, e pede para a Madre trancá-la no isolamento. Porém, a Superiora se recusa, pois em acordo com o tio de Lucrécia, ela está achando um máximo que a atrapalhada esteja cedendo ao pecado da carne. Tudo termina quando Lucrécia desiste do plano de fuga com Selésio, por perceber que jamais poderia esquecer Rodolfo, e eu confesso que senti aquela peninha dele quando o mesmo disse: “Eu não vou aguentar! Fica comigo! Vamos fugir! Mas nada daquilo surtiu efeito, Lucrécia foi racional (Que milagre!), ela não poderia amá-lo de verdade, e a história dos dois terminou naquele momento… E lá fomos nós, novamente, para a trágica trama de Lucrécia com Rodolfo.

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