O Outro Lado do Paraíso – Finalmente, Natanael morre!
“É melhor mesmo que me mate. Porque senão, eu vou mover céus e terra
para mostrar o canalha que você é”
Podemos
considerar Natanael um bom vilão? Sim. O personagem de Juca de Oliveira não
precisou ser recorrente na novela para criar em mim uma enorme aversão a ele. O
JUCA SIMPLESMENTE BRILHOU NAS VILANIAS! E me fez odiar seu personagem em cada
cena onde ele esteve presente fazendo suas maldades contra a Beth. Velho
maldito! Natanael era um personagem realmente detestável, daquele tipo que a
gente não consegue distinguir muito bem o ator do papel que ele está
interpretando. Sem falar na vontade que dava de entrar dentro da tela apenas para
ir lá e esganá-lo. Mas, por fim, A Lei do
Retorno chegou para ele… e de uma forma até rápida – o que me frustrou um
pouquinho, eu confesso. Porque ele poderia ter sofrido ao menos um terço do que
ele fez a Beth sofrer. Mas já estava valendo. Aquela peste finalmente tinha
partido para o inferno. Sim, porque
para o céu é que com certeza ele não foi. Porém, Natanael ainda precisava
atormentar Elizabeth uma última vez, antes de ir definitivamente para o além.
Com
a inocência de Elizabeth provada no julgamento, ele sabia que mais cedo ou mais
tarde sua crueldade contra a ex-nora ia vir à tona. E aquilo ia acabar com ele.
Então, ele conseguiu impedir que Henrique e Adriana falassem com a Beth antes
dele. E depois de vigiar a casa de Clara, ele a invade para surpreender sua
inimiga, que estava completamente alone.
Porque Clara era madrinha de casamento da Laura e precisava ir à cerimônia. E eu
fiquei meio: Como assim a Clara me deixa a Beth, que ela tinha praticamente
acabado de saber que era sua mãe, sozinha em casa? Onde estava o Radu para
protegê-la? Isso não fazia sentido. Principalmente porque ela sabia que a Beth
já havia sofrido uma tentativa de assassinato de Natanael, no hospital. Custava
deixar a mãe mais protegida, Clara? Você não era rica? Condições para isso você
tinha, não?
E
ela até que ficou receosa quanto a deixar Beth sem companhia, mas só isso não
bastava para garantir a segurança da mãe, não é mesmo? Enfim! A Beth ficou
desacompanhada, lendo o seu livrinho tranquilamente no sofá, até Natanael surgir
do nada como um fantasma, para perturbá-la. E o inferno então começou, com ele
segurando uma arma e ameaçando matá-la para evitar que a ex-nora contasse toda
a verdade sobre tudo o que ele havia feito contra ela. Daí eu pensei: Pronto,
depois de ser inocentada e viver aquele momento lindo com Clara, ao revelar que
era sua mãe, só faltava a Beth levar um tiro do velho desgraçado e ficar entre
a vida e a morte. E isso poderia acontecer a qualquer momento, porque ela resolveu
enfrentar Natanael ameaçando chamar a polícia, enquanto ele queria fazer acordos para que ela não falasse nada e ainda amedrontava Beth com aquela arma apontada para a cabeça dela. Acordo? Por favor, né? E foi nesse meio
tempo que Henrique chegou para ter sua conversa com a ex-esposa, e passou a
escutar tudo atrás de uma parede.
Assim,
mais uma vez, tivemos um momento texto
didático do Walcyr Carrasco, com um diálogo mastigadinho e autoexplicativo entre Beth e Natanael, para que
Henrique pudesse entender, passo a passo, como seu pai tinha agido de forma
cruel contra sua ex-esposa. Mas dessa vez eu não vou brincar de criticar o texto… afinal,
o Henrique precisava saber de tudo, tim-
tim por tim-tim, né? E também tinha a Glória Pires, que arrebentou na atuação mesmo tendo que transformar um texto didático em algo mais consistente (rs). Henrique finalmente descobre todo o plano maquiavélico de
Natanael para tirar Beth da família… coisas que nós estávamos cansados de
saber, como o caso dela com Renan e a suposta morte dele, o que fez com que Natanael encontrasse a oportunidade de chantageá-la, ameaçando levá-la
para a cadeia se não aceitasse ser dada como morta através da explosão de uma
lancha. Também ficam evidentes os motivos que fizeram o vilão fazer o que fez: simplesmente porque
odiava a condição de ex-prostituta de Beth, e não queria em sua família alguém
com uma reputação como a dela, entre outras coisas.
Por
fim, quando Natanael acha que aquela discussão tensa estava se estendendo
demais e decide atirar pra valer, é que Henrique resolve sair da toca – Oi? Demorou, hein? E ele pede para que seu pai não
atire, enquanto Natanael acha que o melhor para todos é que Beth morra. É sério,
que aflição aquele atira ou não atira
e mata ou não mata. E que raiva daquele comportamento de mosca morta do Henrique. Sem
comentários! Ou comentários demais! Diferente de Henrique – ainda bem –, Beth não
se comportou como uma pamonha, e ela enfrentou Natanael o tempo todo. O ápice
da discussão chega quando ela resolve que vai denunciar o ex-sogro, porque
tinha como provar as atrocidades que ele havia cometido contra ela. E ainda
tinha o fato de pessoas terem sido assassinadas por conta das tentativas de
Natanael de matá-la, e dos documentos que ele usou para forçá-la a se passar
por Maria Eduarda Feijó estarem sendo analisados pela polícia… as autoridades
chegariam até ele de qualquer maneira.
Então, Natanael percebe que está destruído, e sem saída. E seu estado
piora com aquele ataque cardíaco ficando cada vez mais agudo – bem, só estava
colhendo o que plantou –, porque ele pensa no quanto não suportaria ser
humilhado e envergonhado. Principalmente diante da pessoa que mais amava, sua
neta, Adriana. Finalmente, ele morre! E eu acho que se a Emília, do Sítio do
Picapau Amarelo estivesse presente, ela diria algo do tipo: Já vai tarde, seu
cara de coruja seca! (rs) E pasmem, é só quando Natanael está nos últimos
suspiros, que Henrique resolve socorrê-lo. Tarde demais! Que pena! Ah, adivinha
quem aparece justamente neste momento? A Clara. Pra quê? Eu não sei. Já que
quando era para ela estar presente, ela não esteve – ai, Jesus! Mas era óbvio
que Natanael não morreria sem deixar mais problemas para Beth, porque Adriana
passaria a detestá-la, a culpando pela morte de seu adorável vovô. Ou seja, o
Walcyr havia feito apenas uma coisa: substituído um insuportável por outro.
Pobre Elizabeth! Sofre, mulher, porque esse é o teu destino…
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