Salem 1x03 – In Vain
“THE
MAGISTRATE WILL LEARN WHO LEADS US, AND HE WILL ACCEPT IT”
Anne
pode atrapalhar os planos de Mary de dominar Salem, com sua intromissão em
defesa de pessoas inocentes que foram condenadas e mortas por bruxaria, como
sua amiga Bridget, a qual ela sentiu muito a perda. E Mary age de forma
inteligente, quando dá um jeito de colocar uma boneca enfeitiçada por ela mesma
no quarto da filha do magistrado Hale, para exercer qualquer influência que lhe
for conveniente sobre Anne. Depois de um sonho que começa erótico com John, e
termina em um pesadelo, onde Mather e Mary surgem para atormentá-la com coisas
como “o amor ser a causa da morte das mulheres que foram enterradas em Salem” e
“o Diabo não permitir que a terra prometida seja estabelecida naquele lugar sem
antes haver uma batalha”, Anne percebe que algumas coisas sobrenaturais estão
acontecendo com ela, como aquele reflexo estranho de si mesma no espelho.
Com
Anne aparentemente sob controle, Mary continua com seu objetivo de encontrar
mais vítimas inocentes para o grande ritual.
E nesse caminho, ela percebe que Hale pode ser uma ameaça a sua liderança no Coven. Será? Acontece que ele não é
apenas o magistrado de Salem, Hale pertence a uma linhagem de bruxos poderosos
e antigos da região. E ao que tudo indica, ele parece estar se cansando de
obedecer às ordens de Mary. Ainda mais quando algumas das atitudes dela podem
expor as bruxas, por conta de seus sentimentos quanto a John. Enquanto isso,
temos Anne se aproximando de John, porque ela se sente atraída pelo capitão desde que ele voltou da guerra.
E Mary não está gostando muito dessa aproximação – acho que aqui temos mais um
motivo para ela querer manipular, ou destruir, Anne.
Finalmente,
Hale consegue descobrir, em parte, quem viu o ritual do Coven na floresta na noite do Sabbat, quando Petrus faz seus
feitiços e revela a ele que foi Isaac, “o Fornicador”…
mas ainda existe uma outra pessoa que também estava lá, e que o vidente não
conseguiu descobrir quem era. Logo, essa não é uma informação completa, e Hale
ainda precisa encontrar quem é a outra pessoa que sabe demais e ameaça os
planos de Mary sobre Salem, porque ela está cobrando isso dele veementemente. Depois
que Anne acusa Hale de ser o culpado por todas as mortes na vila, John passa a
desconfiar do magistrado, e o segue até a cabana de Petrus. Lá, ele não
consegue encontrar ninguém, a não ser os animais empalhados com olhos costurados, que se abrem quando John não os
está encarando… até que ele é atacado por um deles, um cão, do qual ele não
consegue se defender muito bem e é salvo por Hale.
Então,
ele meio que confronta sutilmente o magistrado para saber o que ele estava fazendo
ali, como se Hale conhecesse muito bem o vidente e fosse um frequentador
assíduo daquela cabana. E aquilo pode ser perigoso, porque Hale tem o poder de
uma autoridade em Salem. Mas, como John está sendo um bom amigo para sua filha,
ele apenas resolve alertá-lo para ter cuidado com sua atitude, caso contrário,
pensaria que John poderia o estar seguindo. Sabendo que Isaac presenciou um
ritual do Coven, Hale o sequestra
para tentar tirar dele a informação sobre quem era a outra pessoa que o
acompanhava na noite do Sabbat… e ele ordena que um bruxo (bem bizarro)
enfeitice Isaac para isso, mas o Fornicador
resiste e não revela a identidade de John. Então, Hale ordena que o bruxo plante evidências de bruxaria nele,
porque se caso ele for acusado da prática, Mather irá querer provas.
Depois
de ficar sabendo que as bruxas o viram na floresta, Isaac fica atormentado de
medo e causa desordem no bordel e nas ruas de Salem… e ele é preso pelas
ordens de Hale. E consequentemente Mather encontra as provas plantadas pelo magistrado com Isaac. Assim, ele passa a
ser um suspeito de praticar bruxaria. Mas Mather não quer mais assumir a culpa
de condenar um possível inocente, já que ele anda perturbado com o fato de
poder estar fazendo isso. E embora Isaac tenha evidências de que pode ser um
bruxo, o que pode levar o reverendo a condená-lo, Mather parece estar muito
mais preocupado com o fato do Fornicador
tê-lo visto no bordel do que com as evidências
propriamente encontradas. Assim, Mary decide intervir naquela prisão,
porque Hale fez algo sem consultá-la, e ela não gostou disso. Ele parece estar
passando dos limites com seu comportamento desobediente.
Mas
existe algo a mais que faz com que Mary pareça sentir uma empatia por Isaac, já
que os dois sentiram a dor da perda de uma possibilidade de serem felizes com
quem amavam: ela com John, quando Sibley o enviou para a guerra, e ele com
Abby, quando depois de serem julgados por práticas sexuais, ela decidiu ir
embora de Salem no dia seguinte à humilhação. E Mary conhece muito bem essa
dor, ela e Isaac chegam a falar sobre o episódio do julgamento dele e de Abby com muito pesar em algum
momento do episódio, onde Mary parece se compadecer do sofrimento do rapaz. E
isso é uma das coisas que eu gosto nela: o fato de mesmo sendo uma bruxa
poderosa, ter uma certa compaixão em alguns momentos, ao menos é o que parece…
assim, John a confronta por sua falta de compaixão, e diz que se ela não fizer
nada, Isaac poderá ser enforcado. Então, ela garante que ele tem sua
fidelidade.
Só
que antes de ajudar a libertar Isaac, Mary se aproveita de sua fragilidade em
ter esperanças de um dia voltar a ver Abby, e o faz ter uma visão de sua amada
na prisão. E eu amei essa cena, com Mary manipulando a visão, com a falsa Abby,
para arrancar informações de Isaac sobre quem esteve com ele na noite do Sabbat
na floresta. Pois àquela altura, ela já sabia que ele havia visto coisas demais
referente a seu Coven. E eu achei um
máximo ela suspensa no ar com aqueles olhos completamente brancos. Mary
consegue descobrir o que Petrus ainda não havia conseguido: que era John o
companheiro de Isaac naquela noite. Então ela sai do transe e cai pasma em sua
cama. Acho que ela terá algumas questões para resolver quanto aos seus
sentimentos por John daqui em diante. Ainda assim, Mary está disposta a salvar
Isaac da condenação, e vai ordenar que Hale o liberte, garantindo que ele
estava sozinho na noite do Sabbat.
Porém,
Hale ainda coloca em questão o fato de Isaac ter visto demais, e que o que ele
viu poderá matá-los… então, ele quer enfocá-lo por bruxaria, já que ela precisa
de uma nova vítima para o grande ritual e
a lua cheia se aproxima. E eu adoro como Mary o enfrenta, impedindo que ele
faça qualquer coisa contra Isaac, porque claramente ela está farta do
magistrado querendo dar palpites em seus planos. E ela é imponente ao dizer
vários “nãos” para qualquer uma das ideias dele. Afinal, ela também pode
controlar Isaac para que ele não diga nada. Mas Hale está disposto a
provocá-la, e Mary explode com aquele “Você não fará isso!”. É quando ele
resolve jogar em sua cara que só o sentimentalismo pode estar detendo ela, e a
tornando vulnerável. E ele a alerta para ter cuidado, porque aquilo poderá
atrapalhar o propósito dela, e que Isaac tem que morrer. Então, a discussão é
interrompida pela chegada de Anne, e Hale está disposto a levar sua vontade
adiante contra as ordens de Mary. Ele não sabia o perigo que estava correndo ao
desafiá-la.
Por
fim, ela resolve fazer uma última boa ação, contando a John que Hale virá para
enforcar Isaac, e que é para ele detê-lo como pode. Assim, John luta com os guardas;
Mather tira Isaac da cela para que ele ajude o amigo, e uma notícia faz o
magistrado parar tudo: Anne está muito mal. E eu adoro os planos de Mary! Dessa
vez, para mostrar que quem manda é ela e colocar Hale em seu devido lugar, Mary
coloca a boneca enfeitiçada para se mover no quarto de Anne e exercer sobre ela
uma força maligna, deixando a garota entre a vida e a morte ao provocar um
ataque. Logo, Hale se vê obrigado a implorar para que Mary pare com aquilo – e
eu amo ele se curvando diante dela. Soberana, Mary impõe suas condições: resumidamente,
que Hale deixe de interferir em seus planos, porque ela decide quem vive e quem
morre. E ele promete, pois sabe que Mary tem poder para tirar dele coisas que
ele ama, como sua filha, Anne.
Logo,
Isaac é solto, sob a desculpa de Hale de que ele e o Conselho decidiram que a condenação
do Fornicador era desnecessária. Ele
estava apenas “bêbado”. Enquanto isso, Mary vai ter uma última conversa com
John sobre ele ir embora de Salem, porque talvez eles não tenham tanta sorte
quanto tiveram agora, com Isaac, numa próxima vez. E se ele insistir em ficar,
provavelmente ela não poderá mais protegê-lo… e aquelas palavras deixam o
capitão intrigado. Por outro lado, ela não está disposta a perder todo o poder e
domínio que conquistou até agora sobre todos. E Mary se nega a sequer pensar na
possibilidade de ter sido “EM VÃO” tudo o que já fez para chegar aonde chegou.
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