Deus Salve o Rei – Amália é rejeitada pela nobreza da Cália
A
fama de Amália (Marina Ruy Barbosa) já havia percorrido toda a Cália, e todos
sabiam quem ela era: a plebeia que havia “feito” Afonso (Romulo Estrela) abdicar
do trono para se casar com ela. E isso não foi nada bem visto por todos os
nobres da região. Além de estar sofrendo com a hostilidade do povo, por não aceitá-la
como rainha de Montemor, Amália ainda iria passar por mais momentos de
humilhação, com a chegada de reis e rainhas ao reino, durante aquele banquete,
que Afonso havia preparado para reunir o Conselho da Cália, a fim de pedir um empréstimo
para o seu reino que estava falido. E tanta rejeição e preconceito me pareceram
atitudes injustas contra ela, que havia feito de tudo para se tornar uma
excelente anfitriã, na tentativa de causar boa impressão, e ajudar Afonso a
conseguir tal empréstimo.
Ela
havia se dedicado ao máximo para conhecer toda a história da Cália, quando
decidiu estudar para estar a par de tudo sobre a região, e os reinos que a
compunham, além de todos os acontecimentos ocorridos neles, suas políticas,
economias, formas de vida, etc… E isso foi muito nobre de sua parte, porque
Amália passou a ser mais nobre do que muitos nobres com tanta intelectualidade,
e era nítido o quanto ela estava se esforçando e conseguindo se tornar uma
verdadeira rainha; só lhe faltava a aprovação daquele maldito Conselho para que
ela recebesse o título, porque, de resto, Amália já poderia ser considerada uma
nobre como qualquer outro de qualquer reino… Quiçá, até melhor do que eles,
porque ela havia se tornado expert
também em outros assuntos, como geografia, regras de etiqueta, danças reais, dentre
tantas outras coisas. E essa parte da trama acabou parecendo uma NOVELA MEXICANA, onde a mocinha pobre e
favelada, depois de virar milionária, passa por aquela transformação, e retorna
elegante e sofisticada para enfrentar outras adversidades da vida (Risos).
Qualquer semelhança com a TRILOGIA
DAS MARIAS, interpretada pela maravilhosa THALÍA, é mera COINCIDÊNCIA! AMO!
Porém,
tudo o que Amália tinha feito, não mudou em nada o olhar da nobreza sobre ela,
e aquele preconceito foi visivelmente escancarado, quando logo na chegada a
Montemor, a rainha, esposa do presidente do Conselho, fez pouco caso de suas “boas-vindas”
e puxou Catarina (Bruna Marquezine) para mais adiante, dizendo “que lugar de
rainha era na frente”. É claro que Amália se sentiu rebaixada, mas ela não deu
o gosto de demonstrar estar ofendida, àqueles nobres que pretendiam massacrá-la
com futuras humilhações, porque aquele encontro era muito importante para
Afonso, e ela também queria mostrar que poderia muito bem ser uma boa rainha.
Uma rainha de verdade! Porque Amália se recusava a viver de enfeite ao lado de
Afonso. Ela queria ser participativa, e não uma figurante da realeza, afinal de
contas, ela era uma plebeia, e sabia muito bem quais eram as necessidades do
povo. E mesmo diante de rejeições e afrontas, ela se manteve de pé, com toda a
educação e elegância de quem havia nascido para reinar, e continuou tratando
todos com cordialidade, sendo a melhor das anfitriãs, e passando por cima de
todas as humilhações.
Amália
estava disposta a demonstrar ser superior a todos, e ela não se deixou abater,
nem um minuto sequer, diante daquelas ofensas veladas dos nobres, pelo fato
dela ser uma simples plebeia. E Catarina estava amando ver a realeza
hostilizando sua rival, e Amália sabia muito bem disso. Por isso, ela fazia
questão de fazer tudo conforme o figurino, para não dar o gostinho de derrota à sua inimiga. Mas as tentativas
de deixá-la de fora, como se ela não fosse ninguém, estavam apenas começando.
Porque durante o Chá das Rainhas, naquele
momento em que Amália esteve no meio de um verdadeiro ninho de cobras, Catarina
liderou as ofensas contra a plebeia, porque ela queria ver Amália se saindo
mal, e ela tinha uma grande aliada: a esposa do presidente do Conselho, que estava
fazendo questão de deixar clara a sua preferência pela vilã, além de jogar aos
quatro ventos o seu desejo de vê-la casada com Afonso. E a nossa mocinha teve
que experimentar um pouquinho mais do veneno de todas as rainhas malvadas da
Cália.
Amália
se sentiu desconfortável no meio daquelas fúteis conversas, e depois de ter
sido questionada sobre seu pai, e de ter respondido que “ele havia falecido”,
Catarina aproveitou para dizer que ele “era um artesão que fazia moringas”,
como uma tentativa de rebaixar a ruiva, e demonstrar que ela não era de uma
linhagem nobre, e que jamais seria bem-vinda entre eles, porque não fazia parte
daquele mundo. Porém, Amália demonstrou ter uma mente com mais conteúdo e sem
futilidades, quando quis saber como as rainhas “faziam para participar do
reinado de seus maridos”, e depois de obter a resposta, de que elas apenas “lhes
forneciam herdeiros, organizavam festas e outros divertimentos”, ela revelou-se
uma grande estrategista ao dizer “que quando se tornasse rainha iria fazer algo
mais pelo povo”. E Catarina quis saber quais eram suas ideias, depois de questioná-la
sobre o que pretendia fazer. Amália revelou-se uma visionária, ao responder que
“iria dar educação aos plebeus”. Mas tais ideias foram vistas como “uma perca
de tempo, pois não era necessário ter estudos para cultivar a terra e cuidar de
cavalos”.
Amália
estava ficando farta de tudo aquilo, e Afonso foi maravilhoso, quando a amparou
e disse “que era hora de respirar fundo e não cair em provocações”, porque ele
sabia o quanto estava sendo difícil para ela todas aquelas humilhações. E ela
teve a chance de dar um “tapa” na
cara de todos, quando, durante a ceia, um dos reis tentou ofendê-la ao dizer que
“nunca havia feito uma refeição ao lado de uma plebeia”, e ele começou a falar coisas
sobre o seu próprio reino, assuntos que todos presumiam que Amália não soubesse,
inclusive Catarina, que disse que ela “ainda está conhecendo a história da
Cália”. Mas a ruiva deu um show de conhecimento,
ao relatar tudo sobre a fonte de renda do reino daquele rei impertinente, além
de dar detalhes sobre a geografia e a economia local (Toma!). E foi muito fofo
ver Afonso sorrindo, cheio de orgulho, da sabedoria de seu grande amor. Mas todo o esforço foi por água abaixo, após o
presidente do Conselho comunicar a Afonso que não lhe daria o empréstimo que
Montemor precisa, por conta de seu relacionamento com uma plebeia. E mesmo
insatisfeito, com tal decisão, e com tal ideia dos conselheiros de que se
casasse com Catarina para receber a ajuda, Afonso foi firme em manter sua decisão
de se casar com Amália. E o resultado de tal decisão ainda traria consequências
drásticas para ele, Amália e Montemor.
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