O Outro Lado do Paraíso – Clara dá o troco em Sophia

Sophia (Marieta Severo) tentou usar duas vezes a mesma armadilha contra Clara (Bianca Bin): a de drogar sua inimiga com remédios psiquiátricos, para provar que ela ainda era louca, e, assim, interditá-la novamente. A vilã estava com medo da nova Clara que havia retornado, após dez anos, disposta a se vingar. E a presença da ex-nora representava uma ameaça ao seu poder sobre as minas de esmeraldas, porque Sophia estava sentindo que a qualquer momento Clara ia querer recuperar a guarda de Tomaz, e isso significava que ela perderia totalmente o direito de explorar as pedras preciosas, pois, até então, Sophia ainda fazia a vez de tutora do neto. E ela logo tratou de colocar o repetido plano em prática, para afastar de uma vez por todas a ameaça que Clara, livre e solta por aí, representava para ela.

A vilã foi novamente até Samuel (Eriberto Leão), para conseguir uma cápsula com um poder ainda mais alucinógeno do que as primeiras drogas dadas à Clara por ela, anos atrás, com a ajuda de Lívia (Grazi Massafera). E após conseguir a medicação pesada, era hora de dar o próximo passo no plano. Sophia teve uma conversa com Irene, a empregada de Clara, e noiva de seu motorista, Cido. E ela sabia o ponto fraco de Irene: a imensa vontade de se casar com Cido, mas as condições financeiras de ambos não possibilitavam a realização desse sonho, e uma boa grana seria muito bem-vinda. Logo, Sophia lhe deu dinheiro para que ela entrasse no plano, de colocar o conteúdo da cápsula em um suco, para que Clara bebesse, quando ela fizesse uma visita surpresa a ex-nora. E Irene, em um primeiro momento, aceitou ajudá-la, porque aquela oportunidade parecia ser única, e Sophia lhe disse que “ela poderia ganhar muito mais se fosse sua amiga”.

Com o plano engatilhado, Sophia foi fazer a tal visita à casa de Clara, e aquela aparição repentina deixou a mocinha surpresa: “Sophia, por essa eu não esperava!”. Depois de ter dado a cápsula para Irene, logo quando a empregada abriu a porta para ela, Sophia inventou um motivo para a visita, porque “estava na hora das duas terem uma conversa sobre Tomaz”, mas Clara a tratou com hostilidade, pois uma visita de sua inimiga não poderia ser boa coisa. E quando Sophia disse que “estava calor”, Clara mandou Irene providenciar um suco para ela, e aquela era a deixa para que a empregada executasse o combinado. Depois de uma breve conversa, onde Sophia usou a desculpa de querer saber “quais eram os planos de Clara a respeito de Tomaz”, Clara foi até a cozinha para que Irene acelerasse a preparação daquele suco, porque ela não queria a presença de Sophia em sua casa, e também não estava disposta a levar aquela conversa, que não estava dando em nada, adiante.

Irene não teve coragem de levar o plano até o fim, porque Clara era uma boa patroa, e a tratava muito bem. E, ela, arrependida, contou que “Sophia a havia pagado para colocar algo no suco, mas que estava arrependida e ia preparar outra bebida”. Clara acreditou na sinceridade de Irene, porque ela sentiu que sua ajudante do lar estava realmente falando a verdade sobre a injustiça que estava prestes a cometer. E ela ordenou que Irene servisse o suco, dando o batizado para Sophia. Irene atendeu a ordem, e Clara enrolou mais um pouco na conversa, enquanto Sophia bebia o suco e a droga fazia efeito. Aquele era o momento de Clara dar o troco que a vilã estava merecendo, e ela viu, naquela situação, um perfeito começo para sua vingança, pagando na mesma moeda o que Sophia havia feito com ela no passado. E eu adorei ver a forma como Clara foi usando a oportunidade de realizar aquela “vingancinha” a seu favor.

Não teve como não amar ver Clara adotando, naquele instante, uma postura maquiavélica, quando viu Sophia começando a passar mal, e, irônica, perguntou “se ela estava bem”. EU AMO A CLARA! Amo a maneira como ela foi se transformando quando o assunto era sua vingança contra seus inimigos. Clara, definitivamente, foi uma protagonista humana, cheia de oscilações no comportamento e repleta de sentimentos que qualquer ser humano fora da ficção sentiria. MARAVILHOSA. Clara decidiu atender ao pedido de Sophia, de emprestar seu guarda-costas para levá-la para casa, por não estar se sentindo muito bem. E depois de perdoar Irene, “porque ela havia se arrependido a tempo”, quando a empregada pensou que ia ser despedida, Clara soltou um “eu queria ser uma mosquinha para estar na sala da casa da Sophia, agora”. E aquela pequena gargalhada de quem acabou de aprontar uma traquinagem saborosa, foi encantadoramente deliciosa de se ouvir (Risos!).

E, rapidamente, nós fomos transportados para a casa de Sophia, naquela cena em que ela chegou completamente perturbada e variando com tantas alucinações. E ela não reconheceu quem era Renato e Lívia, quando eles não entenderam aquele comportamento louco e tentaram ajudá-la. A atuação de Marieta estava incrível! Aplaudi. Sophia gritava como uma louca, porque sua mente estava criando alucinações, e ela estava totalmente fora da realidade, enquanto berrava: “Me solta! Vocês estão querendo me bater, estão querendo me matar”. E ela acabou agressiva com os dois, quando, surtada o tempo todo, jogou jarros em Lívia e Renato, porque pensava que eles estavam querendo lhe fazer mal. Não havia jeito, Sophia acabou provando do próprio veneno, porque “tudo o que você faz, um dia volta pra você”.

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