O Tempo Não Para – Emílio chantageia Marocas
Emílio
quer entrar para a família de Marocas a qualquer custo. Porque ele sabe que os
Sabino Machado são uma verdadeira MINA DE
OURO, e que ele pode se dar muito bem se conseguir se casar com ela. Então,
ele planejou se aproximar dela se passando por um bom moço, quando soube que
Marocas não estava mais com Samuca, e viu, nessa situação, a oportunidade perfeita
para investir nela. E ele ainda armou aquela cena patética, onde pagou à uma
mulher, para que ela fingisse um enorme e exagerado agradecimento, por ele ter “salvado”
a vida de sua filha. Tudo isso para que Marocas assistisse a cena, e pensasse
que ele era um homem de alma generosa. Mas Marocas sabe muito bem que Emílio é
alguém imprestável, e tentar convencê-la de que ele é um bom partido é impossível.
Ainda
assim, Emílio tentou fazer tudo conforme o figurino, quando foi até Dom Sabino e
Agustina para pedir a mão de Marocas em casamento, achando que comunicando os
pais dela, em primeiro lugar, conseguiria o apoio dos dois, para dar aquela
força em sua união com a primogênita deles. Só que Marocas é uma mulher
independente, e se ela já havia abandonado Bento no altar uma vez, dizer um “Não”
para Emílio seria moleza. E foi exatamente o que ela fez, depois que descobriu
a ideia absurda que ele teve, para tentar convencer seus pais de que aquela união
seria o melhor. Marocas deu aquela lição de moral no vilão, quando disse que “ele
agia unicamente por impulso próprio”. Eita!
E
Marocas ainda continuou confirmando sua decisão de não aceitar aquela união
absurda, quando resolveu dizer, na cara de Emílio, “que da próxima vez que ele
tivesse intenções com uma dama, seja ela deste século, ou de outro qualquer,
que ele a consultasse primeiro, antes de planejar laços conjugais com a família”.
Eu amo a ousadia de Marocas! E também sua fibra diante de situações que ela não
concorda. Marocas é PODER! Diante de tal decisão de sua filha, Dom Sabino não
pode fazer nada para contribuir com o plano de Emílio, porque ninguém manda em
Marocas. E ele também estava desconfiado de tantas demonstrações de bondade que
andava recebendo, ultimamente.
As
desconfianças de Dom Sabino foram reveladas à Marocas, por ele mesmo, durante aquela
conversa em que ele falou que “primeiro Amadeu lhe presenteou com um baú, com
os documentos reduzidos a pó, e, em seguida, Emílio lhe deu a apólice do seguro
do Albatroz”. Dom Sabino sabia que havia “segredos por trás daquelas paredes”.
E Marocas ofereceu seu apoio a seu pai, depois que os dois passaram a
desconfiar que Amadeu pudesse “estar tramando um golpe”. Porém, Marocas não conseguiu
fugir tão facilmente de seu compromisso com Emílio, porque o vilão tinha um
plano B: Emílio forjou um dossiê com provas que comprometiam não
só a reputação de Dom Sabino, mas também sua liberdade. Porque naqueles
documentos, que ele mostrou à Marocas, estavam as provas de que o pai dela havia
“cometido crimes hediondos durante a guerra do Paraguai”.
Então,
Emílio decidiu chantageá-la, porque naquele dossiê, que estava na “arca do sigilo
do Instituto Histórico” comprovavam as supostas barbaridades de Dom Sabino
contra a humanidade. E ele disse a Marocas que “crimes de guerra são considerados
crimes contra a humanidade, e não prescrevem. Ou seja, o querido papai de
Marocas iria responder e pagar por todo o mal que havia cometido contra os
civis paraguaios”. Mesmo não acreditando em nada que leu no dossiê - porque seu
pai “jamais faria nada daquilo, pois é um herói de guerra, que mesmo não precisando
se alistar, se alistou, lutando com bravura, mas também com dignidade” -,
Marocas se viu sem saída.
E
quando Emílio propôs guardar tudo em um cofre, caso ela aceitasse se casar com
ele, e pediu, com aquele tom ameaçador, para que ela pensasse com carinho em sua proposta ridícula,
Marocas lhe deu um tapa na cara (mais que merecido). Porque Emílio “é baixo,
além de também ser nojento!”. E Marocas passou a viver um pesadelo, porque ela,
por amor a seu pai, e para protegê-lo das ameaças de Emílio de entregá-lo às
autoridades, aceitou o compromisso com o crápula. E ela teve que fingir que
estava tudo bem, e que aquela decisão, tomada por ela, era o melhor a ser
feito. Mas nada daquilo estava convencendo Dom Sabino, e nem Dona Agustina, e
ambos tentaram saber o motivo daquela escolha tão repentina de sua primogênita: em aceitar o bacharel como seu futuro esposo. Mas ela estava decidida a
proteger seu papá, e nada falou, ainda
que estivesse sendo difícil engolir a presença asquerosa de Emílio ao seu lado,
fingindo ser um casalzinho perfeito.
Aquela
farsa já estava se tornando insuportável demais para Marocas. E as cenas em que
Emílio se aproveita de situações em público, para dar carinho a ela, estavam
embrulhando o estômago. E eu digo que, até aqui, esse está sendo o melhor
momento de João Baldasserini na novela. Emílio está nos dando asco! Mas esse não
era o único pesadelo de Marocas, ela ainda teve que enfrentar Samuca, depois
que ele descobriu, através de Elmo, seu compromisso com Emílio. E ele quis
esclarecer o motivo daquela decisão, além de tentar impedi-la, porque sabia que
“Emílio era alguém sem escrúpulos”. Mas Marocas precisou pisar em cima de seus
sentimentos por Samuca, para convencê-lo de que sabia o que estava fazendo. E
ela pediu para que ele a deixasse me paz, além de dizer que “se um dia se
amaram, esse amor se acabou”. Não tem nada mais triste do que ouvir isso de alguém
que se ama! Então, Samuca decidiu respeitar sua decisão, e depois de dizer que “sentia
muito por ela ter decidido se casar com Emílio”, lhe deu um beijo na testa, e,
com lágrimas nos olhos, a deixou em paz.
Ai,
meu Deus! Como foi difícil vê-los assim.
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