Sansão e Dalila – Dalila conquista o Príncipe de Gaza
“É
A SUA CHANCE DE MUDAR DEFINITIVAMENTE O RUMO DA SUA HISTÓRIA”
É
em meio a dor e o sofrimento que Dalila ganha força e espaço na trama. E não há
como deixar de elogiar Mel Lisboa por esse trabalho. Ela entrega uma Dalila
autêntica. De fato, a personagem passa uma verdade que te faz acreditar que
todos os acontecimentos antes de seu envolvimento com Sansão realmente
aconteceram com ela. Eu amo a desenvoltura de Mel Lisboa, assim como me encanta
a força e a interpretação que ela dá para uma das personagens que menos sabemos
sobre a vida na Bíblia. É uma Dalila fascinante… ela não é somente a mulher que
traiu Sansão, mas também a mulher que teve que fazer escolhas para chegar onde
chegou, conquistando praticamente tudo com o que tinha de mais valioso em suas
mãos: A BELEZA. É claro que estou falando tudo isso com base no roteiro da
minissérie e na criação que Gustavo Reiz deu para a personagem, nos entregando
uma Dalila muito mais instigante e interessante que o pouco relato bíblico
sobre ela. É um deleite para os nossos olhos essa Dalila de Mel Lisboa. EU AMO!
Chegamos
no ponto da trama em que Dalila vai embora do Vale do Soreque. Ela infelizmente
não conseguiu escapar de seu padrasto e foi violentada por ele. Não tivemos
nenhuma cena chocante quanto a isso, porque essa não é a proposta de “SANSÃO E DALILA”… as insinuações das
cenas dizem por si só. E é comovente ver Dalila se lavando no mar por ter sido
abusada. Você chora junto com ela, junto com aquele choro de angústia, revolta,
sofrimento e desgraça. Não há diálogos, é apenas a personagem com aquela trilha
sonora que toca e envolve, além das lágrimas convincentes de Mel Lisboa completamente
entregue à Dalila. E aqui percebemos que não é preciso muito aparato para
certas cenas quando o ator ou atriz são bons o suficiente para o momento. E Mel
Lisboa foi muito talentosa naquele instante. Assim, Dalila vai parar novamente
na feira de Timna, reencontrando Zaira. Desta vez, ela aceita a proposta de
fazer a vida na Casa de Meretrizes da
mulher. E uma nova Dalila começa a surgir.
Rapidamente,
Dalila fica sabendo como funcionam as coisas na Casa de Zaira para se dar bem, quando a meretriz lhe conta sobre as
visitas do Príncipe Inárus à cidade, e sobre o quanto ele é “impiedoso com os
inimigos, mas generoso com as mulheres”. Assim, quando Zaira mostra a ela um baú
cheio de joias deixadas pelo Príncipe em todas as vezes que visitou sua Casa, Dalila se interessa por aquilo, e
quer saber o que precisa fazer para ser a escolhida de Inárus. Então, ela segue
o conselho de sua nova amiga, de conquistar o Príncipe de Gaza para que ele
faça dela uma cortesã, e a leve para morar em meio ao luxo do palácio… e o dia
da visita de Inárus à Casa de Meretrizes
chega, e essa é a chance que Dalila tem de seduzi-lo e ter mais uma mudança na
vida – “Está pronta? O grande Príncipe de Gaza já está aqui. É a sua chance de
mudar definitivamente o rumo da sua história”. Zaira a apresenta a Inárus, e
ele se interessa por ela, lhe dando a chance de provar que merece ser levada
para o palácio.
Então,
Dalila o seduz com sua dança e tem relações com ele. E a expectativa quanto ao
destino dela no palácio de Gaza é grande… todas as meretrizes estão ansiosas
pela resposta do Príncipe, a visita dele é sempre um acontecimento. Logo,
Dalila consegue o que quer, Inárus se agradou dela, e a leva com ele. Assim,
ele entrega uma joia à Zaira como pagamento por Dalila, enquanto ela entrega
outra, dada por ele, em agradecimento por toda a ajuda que a meretriz lhe deu.
Agora, Dalila é a nova aquisição de Inárus, e eu achei a chegada dela no
palácio meio “Maria do Bairro” chegando
na mansão dos De la Vega (rsrsrsrs), porque Dalila está com sua trouxinha de
roupa velha e um tanto quanto deslumbrada, assustada e curiosa, além de não
saber muito o que esperar daquele lugar, embora a trilha sonora insinua que ela
pode ter ido parar num ninho de serpentes.
E não demora muito para que a primeira delas apareça: Hannah, a chefe das
cortesãs – “É, até que é uma bela moça. Sei que agradou o Soberano, mas é a mim
que deve obediência”.
Depois
de demonstrar que quem dá as ordens no palácio ao que se refere às cortesãs é
ela, Hannah deixa Dalila à vontade, desde que ela não faça nada sem sua
permissão. E Dalila obedece, porque aquilo tudo é novo para ela, e ela ainda
não sabe como as coisas funcionam por ali. Aos poucos, Dalila aprende a lidar
com a vida no palácio, e principalmente com algumas serpentes que claramente ela sabe que são venenosas, como Tais, que
se apresenta a ela como uma amiga em quem Dalila pode confiar, ao mesmo tempo em
que também faz questão de que ela saiba que é uma das mais antigas e preferidas
do Príncipe no palácio, e que Dalila não deve se iludir muito, porque mulheres
chegam e vão embora com frequência. E eu gosto de como Dalila finge, com um
sorrisinho no rosto, acreditar na falsa amizade que Tais está lhe propondo. Ela
já sabe que terá que ser sagaz o suficiente para não cair em nenhuma armadilha.
Com novas roupas e adornos, a vida de cortesã de Dalila no palácio
definitivamente começa.
Mas
ir morar no palácio não significa que permanecerá nele, e Dalila terá que
provar todo o seu potencial como cortesã para continuar ali, porque aquelas que
perdem o frescor da juventude e não agradam mais ao Príncipe são descartadas.
Porém, ela não é tão ingênua, embora caia na primeira armadilha de Tais, quando
a cortesã mais experiente lhe aconselha a ir passear fora do palácio, dizendo
coisas como “não serem prisioneiras do lugar, e que podem ir e vir sempre que
quiserem”. Assim, Dalila sai do palácio sem a permissão de Hannah, o que lhe
traria problemas mais adiante. Na cidade, ela reencontra Myra, e descobre pela
amiga as agressões que Rudiju continua cometendo contra sua mãe. E a hora da
vingança está próxima. Dalila vê o padrasto, bêbado, em Gaza, e ela não pensa
duas vezes em acabar com a vida do homem que destruiu a sua, e que desconta
toda o seu ódio em sua mãe. Então, ela compra um punhal para matá-lo, e Myra,
depois de tentar fazer com que ela não cometa uma loucura, acaba ajudando
Dalila a matar Rudiju.
Myra
conhece a pessoa perfeita para ajudá-las a se vingar de Rudiju, um perigoso
criminoso das redondezas, e, com ele, elas colocam um plano em prática. Rudiju
está embriagado, e Dalila, disfarçada, troca de lugar com a meretriz com quem
ele ia se deitar, usando as mesmas roupas que a prostituta. Agora, era olho por olho e dente por dente. Ela se
lembra do abuso do padrasto contra ela, e precisa ser forte para levar seu
plano de assassiná-lo adiante, enquanto ele a toca sem desconfiar que é ela… logo,
ela começa a dançar, o seduzindo cada vez mais, porque Rudiju sempre quis que
ela dançasse para ele. E enquanto permanece fascinado por ela, Dalila olha
dentro de seus olhos e retira o véu que usava como disfarce, deixando Rudiju
encantado por saber que é ela quem está ali, mas o encanto dura pouco: Cheia de
ódio, Dalila conclui sua vingança, quando o criminoso apunhala Rudiju pelas
costas até a morte – “Que os deuses filisteus te castiguem, por todo o mal que
fez em vida”.
De
volta ao palácio, era hora de enfrentar Hannah. Taís, com inveja do destaque
que Dalila estava ganhando, envenena a
chefe das cortesãs contra ela, dizendo que a havia “aconselhado a pedir
permissão antes de sair do palácio, mas que foi ignorada” – “Só porque o Príncipe
Inárus a chamou na primeira noite já está se sentindo a princesa” / “Pois ela
saberá o valor que tem aqui dentro”. Então, Hannah a pune cruelmente por tê-la
desobedecido, abandonando Dalila para
ter relações com vários homens. E é realmente uma crueldade sem tamanho, porque
Dalila havia pedido desculpas por ter saído sem sua permissão e estava
implorando para que Hannah não a castigasse daquela maneira. Mas ela queria ver
Dalila pagando por sua ousadia –
“Tenho certeza que tornará a noite desses homens inesquecível”. Assim, Dalila é
obrigada a se deitar com todos aqueles homens asquerosos enquanto vê Rudiju
neles, revivendo o pesadelo de ser abusada novamente… é um horror. Porém, Hannah
não perderia por esperar, porque Dalila havia conquistado o Príncipe de Gaza, e
algumas coisas iriam mudar no palácio…
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