Deus Salve o Rei – Um abrigo em Alcaluz e o tesouro da tia Margot

 



“A VELHA É RICA!”

De fato, Rodolfo e Lucrécia são do tipo que não se desgrudam. Entre tapas e beijos, ódio e desejo, eles vivem uma relação maluca que é cheia de altos e baixos (rs) – e eu adoro essa comédia toda. Praticamente, é impossível que um consiga viver sem o outro, e isso nos proporciona vários momentos hilários dos dois. Depois que Lucrécia descobre aquele lance entre Rodolfo e Glória, ela resolve se vingar dele antes de regressar para Alcaluz, contando a Afonso sobre os planos de Rodolfo em querer derrubá-lo para retomar o poder de Montemor. Então, Afonso consegue capturá-lo e Rodolfo é banido do reino… para sempre. Assim, a única coisa que lhe resta é ir até Alcaluz para pedir abrigo à Lucrécia, e tudo isso nos renderia maravilhosas cenas de comédia. Ele não é nada bem recebido por ela em seu reino falido e em ruínas, e enquanto ele implora para ficar, porque Afonso descobriu sobre seus planos e agora ele não tem para onde ir, ela o expulsa depois de extravasar sua raiva em cima dele por tê-la traído com a Glória. Mas, como bem sabemos, Lucrécia é inconstante demais quando o assunto é Rodolfo…

Ela resolve voltar atrás na decisão de não o receber em Alcaluz, porque está arrependida de tê-lo entregado para Afonso. Então, fazendo a linha boa samaritana, ela vai lhe comunicar que ele pode ficar, mas com uma condição: terá que trabalhar – “Mas isso é um ultraje! A sua oferta é um desrespeito, eu sou um rei. E jamais me curvarei diante de tamanha humilhação”/ “Bom, sendo assim, fica com Deus e feche a porta”. (kkkkkkkk maravilhosa!) Sem opções, Rodolfo reconsidera e encara sua nova vida de criado do castelo – e assim, novamente, ambos estavam debaixo do mesmo teto. E todo esse castigo é bem feito para o Rodolfo, afinal de contas, virar empregado da Lucrécia é pouco diante de todo o sofrimento que ele a fez passar desde quando a traiu com a demônia da Catarina. E eu nem preciso dizer o quanto me diverti com ele tendo que dar conta de todos os trabalhos pesados do castelo, junto com Orlando e Petrônio… sem falar na Lucrécia fazendo da vida dele um inferno, como naquela vez em que ela entrou com os sapatos sujos de barro no salão que ele estava acabando de limpar, de propósito. (kkkkkkkkkkkk)

“Bom dia, dedicados criados! Como estão passando? Muita esfregação? Usei de humor” / “Lucrécia, os seus sapatos, eles estão sujos de terra” / “Sim, é claro, porque eu estava andando pelo jardim. Conhece algum jardim com tapete?” (kkkkkkkkk) / “Não. Mas acontece que eu acabo de limpar todo esse salão” / “Não parece, Rodolfo. Porque, olha, há um rastro de terra ali” / “É claro que há um rastro de terra. Terra que você trouxe dos seus malditos sapatos” / “Rodolfo, você conhece o ditado: manda quem pode, obedece quem tem juízo? Pois aqui, como em todo o castelo, há regras. E você é o criado, e eu sou a princesa. É uma hierarquia. Então, eu posso andar por aí, posso sujar o meu pé, e voltar, e você vai esfregar o chão. E eu posso passear de novo, e voltar, e você vai esfregar de novo o chão… Eu posso sapatear a hora que eu quiser. E eu posso fazer o que eu quiser. Rodolfo, eu posso pegar o meu sapato e posso esfregar no chão, que você vai continuar limpando o chão, Rodolfo. A não ser, é claro, que você queira ir para outro lugar. Com licença” / “Sim, o inferno existe, ele é aqui. Satanás existe, e acaba de sair desta sala. Meu Deus do céu, Lucrécia jamais irá me perdoar por eu ter traído ela com Glória!” (kkkkkkk).

EU AMO ESSES DOIS!

E as coisas pioram para Rodolfo, quando Margot, a tia louca de Lucrécia, o confunde com seu falecido avô Guilherme de Monferrato, uma antiga paixão que a abandonou no dia do casamento – “Jesus, Maria, José! Guilherme, você voltou! Guilherme, o maior cafajeste de toda a Cália!”. (kkkkkkkkkkk) E isso não é tudo, porque Margot acredita que o “Guilherme” retornou para se casar com ela, e essa é uma vontade da qual ela está muito disposta a realizar, até porque, ela se guardou para o ele durante todos esses anos… então, quando Lucrécia se dá conta de que sua tia ainda é virgem, ela decide apimentar ainda mais sua vingança contra Rodolfo, incentivando sua tia a não esperar até o casamento para saliências. E eu não me aguento com aquela dica especial que ela dá para a tia Margot: de usar banha de porco na hora H… tipo, como uma espécie de lubrificante, se é que vocês me entendem (kkkkkkk). Essa Lucrécia não existe! Então, ela empurra Rodolfo para a tia Margot, praticamente o obrigando a entrar naquela onda de se passar por Guilherme de Monferrato para satisfazer a monarca louca.

Tudo culmina naquela hilária cena em que Margot vai até o quarto de Guilherme/Rodolfo para tentar intimidades com ele, enquanto Rodolfo pensa que ela é Lucrécia. E quando ele percebe que é a rainha desmiolada quem o está bolinando, ele arma um escândalo e a chama de “doida varrida”. E ela quase tem um treco com a ofensa (kkkkkkk), ficando profundamente magoada. Então, depois de convencer Margot de que Guilherme a ama, Lucrécia vai dar uma intimada em Rodolfo, impondo que ele faça o que sua tia quer ou então que arrume suas coisas e vá embora. E ela ordena que ele faça uma faxina no quarto da rainha. Lá, sem querer, Rodolfo acaba descobrindo um aposento secreto, onde a ensandecida guarda um tesouro que pode salvar todos da falência… e ele chora de emoção diante de tanta riqueza – “A velha é rica!” (kkkkkkk) –, e já se imagina como um futuro rei de Alcaluz. Agora, é ele quem quer continuar fingindo ser o falecido a fim de iludir Margot, cogitando se casar com ela para colocar as mãos em toda aquela fortuna. E é tudo uma questão de tempo até que ele volte a ser um monarca, novamente.

Assim, de uma maneira ou de outra, ele e Lucrécia continuam perto um do outro… nem que seja para que ele se torne o mais novo e adorável titio dela (rsrsrsrs).

Para mais postagens de Deus Salve o Reiclique aqui


Comentários