Deus Salve o Rei - Crisélia, uma Rainha sem lucidez



Crisélia (Rosamaria Murtinho) governou Montemor por anos com dedicação e benevolência, mas percebendo que seu estado de saúde não anda muito bem, a Rainha decide passar o comando de seu reino ao neto mais velho, Afonso, que desde a infância foi preparado para assumir o trono de Montemor.
Quando sai em uma expedição em busca de água para o reino, que sofre por falta do líquido precioso, Afonso não retorna, pois em meio a uma batalha na floresta juntamente com seus homens contra salteadores, o jovem príncipe é dado como morto.
Mas antes de deduzirem a morte de Afonso, e ainda no comando do reino, Crisélia sofre com seu estado de demência que começa a piorar. Rodolfo encontra a avó falando sozinha como se estivesse em uma reunião com seus conselheiros no castelo, e depois, Crisélia fala com o jovem o confundindo com o irmão, sobre como ela o ajudará e estará ao seu lado quando ele assumir o trono, o que deixa o príncipe atrapalhado, preocupado com o que pode vir pela frente com a Rainha não apresentando mais uma mente lúcida.
Em uma conversa onde Rodolfo, Cássio (Caio Blat), Comandante do exército de Montemor, e outros homens falam sobre a morte de Afonso e o rumo que o reino tomará dali por diante, Crisélia acaba escutando que seu neto mais velho está morto.
Crisélia: “Afonso está mortoIsso não é possível.”
A antiga Rainha não se conforma com a suposta morte de seu neto mais velho, que ao voltar da expedição assumiria seu lugar no reino, e ao desabafar com Rodolfo sobre a má notícia que a pegou de surpresa, ambos acabam chorando ao lamentar o falecimento de Afonso.
Crisélia, agravada por seu problema, oscila entre a lucidez e a demência, seu comportamento é estranho, e começa a levantar suspeitas sobre a saúde psicológica de sua pessoa. Ela já não é a mesma rainha firme de antes com uma mente sã.
 Sem saber o que está fazendo, ela, então, vagueia por entre as ruas de Montemor com um olhar distante, lunático, sem rumo, como se não soubesse que é a Rainha daquele reino, nem onde está e muito menos o que fazer.
Seu semblante é de alguém que já não se lembra mais de seu próprio nome, e que já foi a sabedoria viva de seu povo. Seus súditos a observam pasmados o comportamento anormal da Majestade, o que gera burburinhos entre eles pelas ruas do reino.
Por sorte, ela é encontrada por Rodolfo que à leva de volta ao castelo preocupado com a saúde de sua avó, pois Lupércio (Pascoal da Conceição), médico do reino, alerta que a situação da Rainha não é nada boa.
…A notícia da “morte” de Afonso abalou ainda mais as estruturas psíquicas da Monarca. E agora o reino está ameaçado sem a lucidez de sua respeitada e justa protetora…
Opinião do Blogueiro
Rosamaria Murtinho executou um excelente trabalho como a Rainha acometida por uma doença grave que lhe faz ter alucinações e perda de memória. Sua breve participação na trama foi fundamental para o rumo que a história tomou.
Eu achei genial a ideia de colocar uma Rainha demente no folhetim, o que cria todo aquele drama e suspense do que poderá acontecer em um reino sem sua Majestade lúcida. E de todo, a história fictícia de Crisélia não é tão surreal assim, pois se estivéssemos na Idade Média, com certeza morreríamos de medo do que poderia acontecer se o nosso Monarca não estivesse mais em condições de governar.

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