O Outro Lado do Paraíso (As Vinganças de Clara) – De volta ao banco dos réus!




“CLARA TAVARES, VOCÊ MATOU LAERTE RODRIGUES!”
A grande oportunidade de Clara acabar com Sophia. Depois daquele AVC da vilã, que fez com que seu julgamento fosse suspenso, Sophia estava novamente diante de um tribunal para ser julgada por seus crimes: os assassinatos, a tesouradas, de Laerte, Vanessa, Rato e Mariano. E me desculpem, mas aquela cena da personagem tendo um AVC em pleno tribunal foi meio comédia – como sempre digo: coisas do Walcyr! (rs) Agora, Clara estava com esperanças de que sua arqui-inimiga pudesse ter o que tanto merecia: uma condenação mais que justa. E isso significava o desfecho de sua vingança final. O julgamento é tenso, e Clara é a primeira a depor contra Sophia. As duas se enfrentam com ódio, enquanto Clara concentra todas as suas forças em seu testemunho. Ela havia escolhido um caminho perigoso em seu depoimento: Clara queria contar exatamente como as coisas tinham acontecido no dia do assassinato de Laerte, porque ainda existiam pessoas que desconfiavam que Beth o tinha matado, e se ela contasse a verdade, a culpa recairia sobre Sophia, e Clara poderia inocentar completamente sua mãe.
Mas contar os detalhes do dia do assassinato de Laerte poderia complicá-la também, afinal de contas, Clara esteve no local do crime com a vítima agonizando. Então, ela depõe sobre as crueldades que Sophia cometeu contra ela no passado: todo a história da vilã ter permitido seu casamento com Gael depois de ter descoberto que nas terras de seu avô haviam esmeraldas; sobre interferir em seu casamento com ele e colocá-lo contra ela; sobre tê-la induzido a assinar um acordo no divórcio, onde passava todas as terras para o nome de Tomaz, e sobre ter comprado um juiz, um psiquiatra e um delegado para interditá-la e interná-la num hospício. E há o primeiro protesto, com Maurício dizendo que estão ali para julgarem se Sophia cometeu, ou não, os crimes do qual é acusada, e não para ficarem escutando as lamurias de Clara, enquanto Abel rebate, porque aquele depoimento é essencial para trazer à luz o caráter da acusada, e para definirem quem é a ré. E Clara acrescenta que Sophia agiu por ambição, por maldade, porque só queria as esmeraldas.
Depois, ela conta sobre o dia do assassinato de Laerte… que antes de saber que Beth era sua mãe foi até o bordel e, no quarto dela, encontrou um homem com uma tesoura cravada nas costas, e que tentou ajudá-lo, mas era tarde demais. Então, ela afirma que Beth a encontrou no quarto e pensou que havia matado Laerte, e Abel aproveita para reforçar que Clara havia chegado depois do crime ter acontecido, o que demonstra que Laerte tentou chantagear Sophia, e ela o matou para se livrar da chantagem. E quando Maurício interroga Clara, ela afirma que viu um homem com uma tesoura cravada no corpo… mas Clara não tem como confirmar que Sophia esteve no local do crime, e suas alegações, de que a inimiga estava lá instantes antes, porque quando chegou no quarto, Laerte ainda estava vivo, não valem de nada. E Maurício começa a colocar em prática sua estratégia de defesa para absolver Sophia, dizendo que Clara “ajudou a orquestrar aquele julgamento para se vingar de sua antiga sogra, e que não estava sozinha” – “Isso aqui é uma farsa!”.
Maurício a chama de mentirosa, dizendo que Sophia é inocente e que Clara “matou Laerte Rodrigues e as demais vítimas”. Dali em diante, as coisas complicariam para ela, e ficaria cada vez mais difícil convencer que Sophia era uma assassina. E precisamos elogiar Marieta Severo como Sophia. A personagem não teve texto durante essa longa primeira parte do julgamento, e ter segurado a interpretação só no olhar, com aquela boca torta, numa sequência extensa de cena, não deve ter sido nada fácil. Parabéns! Para defender sua cliente, Maurício começa a inverter os depoimentos seguintes… quando Beth dá seu testemunho, ela confirma ter visto Clara com uma tesoura em mãos, que só pensou em tirá-la do lugar, e que depois descobriu que ela era inocente. Então, ela também fala sobre seu relacionamento com Laerte, e que ele buscava alguma coisa para chantageá-la, mas que acabou se “apiedando” dela, dizendo que tinha a possibilidade de chantagear outra pessoa, e que a deixaria em paz caso desse certo… chantagear um “fazendeiro rico”.
Logo, Abel coloca em que questão que não se tratava de um fazendeiro, e, sim, de uma milionária: Sophia Montserrat! E que ele a ameaçou, e que para se livrar da chantagem, ela o matou. Mas Maurício é um bom advogado, e depois de interrogar Beth, ele apela para o júri, porque ficou estabelecido que nem Clara e nem Beth viram Sophia no local do crime… não a viram porque “Clara matou Laerte e ocultou as provas que a incriminavam”. No depoimento de Leandra, ela fala sobre Rato ser o homem de confiança de Sophia. Assim, Abel alega que Sophia era a pessoa mais rica que Josimar Flores/ Rato conhecia, e para chegar onde queria com sua linha de raciocínio, ele menciona o assassinato de Vanessa, dizendo que Rato fez o serviço para Sophia por ser seu homem de confiança, e que tentou chantageá-la depois por dinheiro, e “eis o motivo do terceiro crime” – o assassinato de Rato. Porém, Maurício distorce os fatos, alegando que Clara assassinou Vanessa, porque a prostituta a viu sair do bordel no dia do crime de Laerte… “e Rato ajudou Clara a se livrar do corpo, recebendo a morte como pagamento”.
Chegamos, então, ao depoimento de Xodó, a testemunha-chave de Clara para derrotar Sophia desde o princípio do julgamento. E ele relata sobre ter visto Sophia com Rato, e confirma que ela foi a última pessoa a vê-lo vivo, assim como relata que a escutou discutir com Mariano e matá-lo, e depois viu quando ela e Zé Victor colocaram o corpo dele dentro do carro. E quando Maurício o interroga, ela causa um alvoroço no tribunal, colocando Damiano Lima/Xodó como alguém que nutria um sentimento de vingança por Sophia, por ter sido demitido da mina acusado de furtar uma esmeralda, e que Clara o pagou para inventar tudo aquilo, o acusando de “falso testemunho”… e chega a vez do nojento do Zé Victor depor, mas Abel não consegue nada em favor de Clara no depoimento do cúmplice de Sophia, quando prova que “ultimamente ele vinha dando demonstrações de riqueza”, e tenta arrancar dele se o dinheiro era fruto de alguma chantagem sobre Sophia… mas o traste se sai bem, dizendo que é chefe nas minas e que tem parte na venda das esmeraldas – que ódio desse verme!
Então, Abel o acusa de ser cúmplice de Sophia no assassinato de Mariano e pede à Excelência que o prenda por “falso testemunho e cúmplice em assassinato”. O plano de Clara, de destruir Sophia no julgamento, acaba desmoronado com os depoimentos seguintes, principalmente com o de Caetana. Ela confessa que conhecia as vítimas, e que todas morreram por conta da sua “boca grande” (verdade). Caetana fala sobre o passado de prostituta de Sophia, e sobre o crime já prescrito que ela cometeu no passado contra o amante Agenor, o assassinando a tesouradas – a primeira e grande informação que desencadeou uma série de chantagens contra a vilã. Depois, ela fala sobre o esquema para pegarem Sophia em flagrante, e que ela serviu como isca… e quando Maurício a interroga, ela confessa que o flagrante foi armado por Clara, e que não viu Sophia com nenhuma tesoura porque estava escuro e ela estava nervosa… e isso foi o suficiente para Maurício ter outra chance de acusar Clara por todos os assassinatos. Assim, com incertezas em seu depoimento, Caetana, sem querer, coloca tudo a perder para Clara.
Quando Bruno é interrogado, não há mais esperanças para Clara, porque Maurício consegue manipular muito bem os testemunhos – “O Senhor confessa que perseguiu uma mulher sem provas? Que forjou um flagrante?”. Então, ele pede que Bruno seja afastado de seu cargo de delegado e investigado pela Corregedoria da polícia. Quanto ao testemunho de Gael, ele confessa que foi a primeira pessoa a tomar conhecimento dos crimes de Sophia, e ainda lhe dói confessar que a mãe é uma “assassina”. E quando Maurício pergunta sobre sua relação com Clara, Gael diz que a “ama”, e o advogado de Sophia não tem mais perguntas, porque está claro que ele está contra a mãe e em favor de Clara por amá-la. Dessa maneira, Maurício consegue inverter todos os testemunhos, e ainda tenta abrir caminho para levar Clara a julgamento, para fazê-la pagar por aqueles crimes do qual Sophia estava sendo acusada. E ele apela, mais uma vez, ao júri.
“Eu quero que os Senhores levem em consideração a obsessão doentia de Clara, conhecida em toda a cidade. Seu desejo de vingança, uma prova incontestável de uma mente doentia, prejudicial ao convívio com a sociedade”
Logo, Raquel suspende o julgamento “pelo adiantado da hora e pela exaltação dos ânimos”. Agora, Clara está desesperada, porque Maurício “distorceu tudo”, e ela pensa que Sophia “vai conseguir, que ela vai sair livre”. E ela não acha justo que tenha que pagar pelos crimes de sua arqui-inimiga, porque sua vingança “é sede de justiça”. Mas para o seu alívio, seu desespero pode durar apenas algumas horas. A Grande Mãe a procura no hospital, e a encontra saindo de uma visita ao Patrick, ainda se recuperando do tiro que levou de Renato durante o sequestro de Tomaz. E ela acaba revelando, por fim, que Mariano está vivo – “Eu sabia que um dia a gente ia ter que se encontrar. Tem um relógio dentro de mim que me fala a hora certa”. Assim, Abel pede a inclusão de duas novas testemunhas no julgamento, e quando Raquel se dá conta de quem é, ela permite a inclusão – “Eu peço a entrada de duas novas testemunhas: Dona Otacília Formiga, e o Senhor Mariano de Assis”. Agora, é tudo ou nada. Sophia se surpreende ao ver que seu ex-amante está vivo…
E esse é o grande, e último, trunfo de Clara contra sua rival. E ela está confiante de que dessa vez Sophia irá cair.

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