O Outro Lado do Paraíso – Último Capítulo (11 de Maio de 2018)



“TUDO O QUE VOCÊ FAZ, UM DIA VOLTA PRA VOCÊ”
Indo na contramão da considerada “crítica especializada”, eu encerro o ciclo de “O Outro Lado do Paraíso” aqui no “Hoje é dia de NOVELA” declarando o quanto eu amei essa novela! E eu afirmo com todas as letras o quanto também sentirei saudades da saga de Clara em minha vida de noveleiro – e é bom saber que poderei rever essa história muitas e muitas outras vezes: Salve Globoplay! Como toda novela, a trama criada por Walcyr Carrasco para o horário nobre da Globo teve, sim, seus problemas… e muito do que a crítica considerou um erro, eu também considerei, além de também ter dado a minha opinião crítica a respeito de partes do roteiro que não me agradaram. E essas críticas pessoais estão espalhadas pelos muitos textos que escrevi sobra a novela. Mas não seria um apanhado de críticas que me faria deixar de considerar essa obra do Walcyr uma boa novela. Afinal de contas, ele é um autor do povo, e sabe, como ninguém, escrever as coisas que o público ama ver na TV – precisamos concordar que tudo o que ele toca é sucesso de audiência. Isso é um fato, pelo menos até aqui.
Grande parte do último capítulo da novela centrou-se no desfecho da vilã Sophia Montserrat, brilhantemente interpretada por Marieta Severo – já podemos dizer que a malvada também entrou para a galeria de vilãs icônicas como Sophia “mãos de tesoura”, virando meme e sendo aclamada pelos fãs da novela! E esse apelido faz jus à personagem, não? (eu o acho sensacional!) Começamos a vislumbrar seu fim, e sua decadência total, quando são incluídas duas importantes testemunhas em seu julgamento: a Grande Mãe do Quilombo e Mariano. Logo, Sophia tinha muito o que temer ao saber que o ex-amante que ela tentou assassinar estava vivo. O Mariano parecia ser a única pessoa por quem Sophia sentiu algo durante toda a trama, e o único pelo qual ela teve remorso por ter assassinado, como ela pensava… afinal de contas, ela o desejava descontroladamente. Mas a chantagem dele a levou a cometer o crime. Depois do depoimento da Grande Mãe, que consistiu em contar como ela encontrou Mariano ferido e de como cuidou dele, temos o testemunho do próprio.
Abel pede para que ele relate “em que circunstâncias se deu o seu desaparecimento”. Então, Mariano começa falando sobre sua relação de anos com Sophia, uma relação que ela nunca assumiu publicamente como ele sempre quis quando estava com ela – e vale a pena relembrar rapidamente das inúmeras cenas de pegação entre a vilã e o garimpeiro nas minas de esmeraldas (a vilã tinha um apelo sexual que eu amava ver em cena). Depois, ele fala sobre a chantagem que fez a ela quando descobriu os “podres” de seu passado e tudo o que ela “já tinha nas costas”, e que para não contar nada pediu uma “casinha em Pedra Santa e dinheiro”. E ela aceitou lhe dar tudo o que queria. Assim, o relato da tentativa de assassinato não demora para chegar ao conhecimento de todos no julgamento, quando Mariano confronta Sophia falando sobre ela ter lhe pedido um “abraço de despedida”, o momento que ela aproveitou para dar as tesouradas. Mariano, então, revela como conseguiu sair da cova que foi enterrado, depois de acusar Zé Victor de ter ajudado Sophia a enterrá-lo…
E que delícia foi ver o nojento do Zé Victor se estrepando junto com Sophia. Eu literalmente tinha nojo desse personagem. Um verdadeiro ranço, para ser mais preciso e usar o termo da moda (rs). E eu achei emocionante o Mariano falando, agradecido, sobre o cuidado que a Grande Mãe teve com ele, a “segunda mãe que Deus lhe deu, a mãe Preta que cuidou dele como se fosse um filho de verdade”… depois, ele acusa Sophia de ser uma “assassina”. E quando Maurício tenta defender sua cliente, dizendo que aquela acusação é uma denúncia ridícula e sem fundamento médico, Mariano se revolta com aquele argumento e mostra as cicatrizes das tesouradas que Sophia lhe deu, e diz que ela “tentou matá-lo, mas que voltou para ver a derrota dela e para vê-la ir presa”. Logo, Sophia percebe que está cada vez mais acabada. E chega o momento de seu próprio depoimento. Ela tenta justificar seus crimes contando sua história de vida: a de uma mulher com uma infância difícil, que precisou se prostituir para sobreviver, mas que conseguiu casar, ter uma família, ser respeitada e fazer parte da sociedade…
Assim, ela chega na chantagem de Laerte, dizendo que seu mundo ia desmoronar; que perdeu a cabeça; que todos começaram a chantageá-la, e que tinha que se defender. Então, sem saída, ela banca a vítima – “Eu é que sou a vítima” – e confessa que foi por chantagem que matou, e que cometeu os crimes para defender-se delas… então, o júri faz sua votação, e Sophia é considerada culpada por unanimidade. Mas antes de dar a sentença, Raquel decreta a prisão de Zé Victor por “falso testemunho e cumplicidade em tentativa de homicídio”. Adorei! Só que a vingança de Clara ainda não estava completa, ela queria algo a mais que uma simples penitenciária para Sophia pagar por tudo que lhe fez no passado… logo, Abel apresenta uma moção à Raquel, e o julgamento é suspenso. Na cadeia, Sophia começa a provar da Lei do Retorno com mais intensidade, quando Samuel lhe faz uma visita profissional com uma junta médica para uma avaliação psiquiátrica de Sophia, conforme pedida na moção. E isso ia pesar ainda mais na sentença da assassina.
De volta ao tribunal, Samuel fala sobre a avaliação psiquiátrica de Sophia, dizendo que “a ré não demonstra nenhum sentimento de remorso pelos crimes que cometeu e nem pelas vidas que ceifou”. E ele apresenta o laudo que atesta que Sophia é psicopata, e, mais que isso, que ela “tem uma personalidade impulsiva e transtorno de controle dos impulsos assassinos”… e que sua orientação, e a de seus colegas psiquiatras, é que ela seja levada a um Manicômio Judiciário”. Então, o jogo vira completamente, e Clara consegue concluir sua vingança completa contra sua arqui-inimiga, como sempre quis. Raquel dá a sentença de Sophia, declarando que o júri decidiu seguir a avaliação psiquiátrica, e que segundo ele, “a ré não está em plena posse de suas faculdades mentais, sendo incapaz de controlar seus impulsos assassinos… e diante disso, o tribunal determina que Sophia seja transferida imediatamente para um Manicômio Judiciário, e que só saia quando tiver alta médica dada por uma junta de psiquiatras”. É o fim de assassina da tesoura!
Com Sophia derrotada, Clara a afronta pela última vez: “Agora você vai ter o que merece. Você vai passar pelo que eu passei. Perdeu, Sophia. Eu venci!”. E realmente é uma vitória maravilhosa. Então, Sophia a chama de “maldita”, e promete voltar para acabar com Clara. E a vilã vai parar no mesmo manicômio em que trancafiou Clara, agora um Manicômio Judiciário. Sophia surta com sua prisão, e, para ser contida, tem o mesmo tratamento de choque que Clara teve quando chegou ao hospício, levada por ela no passado… enfim, Sophia vive dias infernais lá dentro. Assim, a última e grande vingança de Clara é concluída definitivamente. E eu gosto disso, porque mesmo vendo a personagem como uma anti-heroína, todas as questões relacionadas às suas vinganças envolviam justiça… todos que a fizeram mau eram pessoas que mereciam pagar por suas maldades, porque cometeram crimes (óbvio) que não poderiam permanecer impunes. Logo, o sentimento de vingança da protagonista de Walcyr Carrasco era aceitável, ao menos ao meu ver, principalmente porque Clara usou armas brancas para se vingar, e seus algozes mereciam o troco, para não cometerem mais os mesmos crimes contra outras pessoas.

CLARA, GAEL, RENATO E PATRICK

Como eu disse no início, minhas críticas estão espalhadas pelos muitos textos que escrevi sobre a novela. Mas uma delas eu reservei para este texto de encerramento da trama. E essa crítica envolve os grandes personagens citados neste subtítulo. Primeiro, eu gostaria de destacar o mal desenvolvimento do roteiro em relação a vida amorosa de Clara. A protagonista passou a novela inteira pensando tanto em vingança, que acabaram esquecendo de construir um romance crível para ela. Apesar de ter torcido por um romance entre Clara e Renato no comecinho da novela – e que fique claro que foi bem no comecinho mesmo, muito antes de descobrirmos que, na verdade, ele era um vilão (rs) –, quando Renato teve uma chance com Clara, e ainda não sabendo que ele era do mal, não rolou vontade nenhuma de torcer pelo casal, porque ela não o amava e só o enxergava como um amigo. Logo, descartemos essa história como sendo uma possibilidade de romance na vida da protagonista.
Já no que diz respeito ao romance de Clara com Patrick, quando eles finalmente tiveram a oportunidade de ficarem juntos, tudo foi interrompido pela doença da insuportável da Adriana… e a Clara abriu mão do maravilhoso advogado porque a irmã chata o amava, e ela não queria ficar entre os dois. Inaceitável essa parte do roteiro! Simplesmente porque Patrick não amava Adriana, e seria forçar demais a barra se do nada decidissem unir a mimada com o cara mais legal da novela. E depois veio aquela bobagem do Walcyr querer fazer suspense sobre Clara estar em dúvida entre ficar com Patrick ou Gael, depois que ela se aproxima do ex- marido espancador para fingir um romance com ele a fim de fazer com que Patrick acreditasse que ela não o amava mais. Ridículo! Principalmente pelo fato de uma possível volta de Clara com o homem que a agredia… apenas com essa possibilidade sem noção, o Walcyr jogou fora toda a campanha contra violência doméstica que a novela abordou no início.
Quanto a Gael, ele passa por uma transformação aceitável na novela: a tal redenção. Eu deixei de repudiar o personagem pelas atrocidades que ele fez contra Clara na primeira fase do folhetim. E eu achei que ele merecia uma segunda chance na vida… menos com a Clara – Isso não. Isso nunca. Pelo amor de Deus! Porém, mesmo aceitando a mudança de Gael, uma coisa me incomodou bastante nessa “redenção” dele: o fato de Gael recusar uma ajuda terapêutica para se apegar somente a ajuda espiritual que veio através da vidente Mercedes. Nada contra o espiritual fazer parte da recuperação do caráter de uma pessoa, eu até acho que isso seja válido, desde que seja em conjunto com a ciência… e no caso do Gael, com muita terapia. Eu sei que o Walcyr é um autor muito espiritualista, e eu até aceito que ele resolva algumas questões em suas novelas usando a espiritualidade. Mas quando abordamos um tema polêmico, que envolve a realidade da nossa sociedade, como é o caso da violência doméstica, é inadmissível sugerir ou querer dar a entender que a solução para esse problema venha do além.
O Gael precisava muito daquela ajuda terapêutica, era essencial para a redenção do personagem… mas não rolou. Também não estou afirmando que a Mercedes o curou com seus “poderes”, ela apenas o fez lembrar de onde veio aquela personalidade violenta que o dominava. E é como eu li em uma certa crítica que compartilhava do mesmo ponto de vista que o meu a respeito deste mesmo tema: Gael ter descoberto a raiz do seu mal não justificava ele ter sido um espancador, mas talvez explicasse o porquê ele era. E isso é um tanto complexo. Enfim! Ele encontra sua segunda chance neste último capítulo, quando abre mão de lutar pelo amor de Clara para deixá-la ser feliz com Patrick e vai para o Rio de Janeiro refazer a vida. Aliás, essa cena dos dois é muito linda. E sempre concordei que eles deveriam ser amigos, até porque, eles tiveram um filho juntos, e mesmo com tudo o que Gael fez contra ela no passado, o que ela inclusive perdoou, não seria legal manterem uma relação negativa diante de Tomaz. De certa forma, ele até que pagou por sua violência contra Clara quando ela se vingou dele o colocando na cadeia e, lá, ele foi espancado.
No Rio de Janeiro, Gael se depara com Taís (Vanessa Giácomo), uma mulher vítima de violência doméstica… e ele quase a atropela quando ela está fugindo de mais uma agressão do marido. Então, ele a ajuda a perder o medo e a criar coragem para denunciar seu agressor. Depois, ele a protege quando ela quer buscar suas coisas em casa, e a defende de uma tentativa de agressão do já ex-marido – “Experimenta bater nela de novo”. Gael se identifica com aquela situação, porque um dia ele já foi dessa maneira. Assim, ele fala para Taís sobre seu passado de homem agressivo e que perdeu seu amor por conta disso, mas que mudou… e ela acredita. Logo, ele quer uma chance com ela, mas Taís tem medo de se relacionar novamente depois de tudo o que viveu. Então, eles concordam em ir com calma, aos poucos, e no tempo dela… e é assim que a redenção de Gael lhe rende frutos.
Por fim, Clara encontra sua felicidade completa ao lado de Patrick e do filhoTomaz. Eles se casam em uma cerimônia linda – depois, temos aquela tórrida e intensa cena de amor entre os personagens. Que momento, minha gente! E em uma cena estonteante, com um belíssimo pôr do sol num dos cenários paradisíacos do Jalapão, Tomaz a chama de mãe pela primeira vez. E é um momento emocionante, porque Clara espera a novela inteira por isso… e esse momento finalmente chega. É um final digno para a personagem. Sabemos que na vida real nem sempre a felicidade está em um casamento ou em ter um par romântico para a vida inteira. Mas em se tratando de Clara e Patrick, esses dois personagens mereciam mais do que tudo ficarem juntos. E esse tipo de desfecho ainda é muito comum em novelas. Agora, Clara está totalmente realizada. Está em paz porque a Lei do Retorno a ajudou em suas vinganças justas, e aliviada porque, daqui pra frente, seus problemas talvez sejam mais comuns. Ao menos no Tocantins, ninguém jamais se atreverá a fazer nada contra a Vingativa (rs).
OUTRAS TRAMAS

Neste último capítulo, temos a concretização da felicidade de Lívia e Mariano, finalmente sem Sophia para perturbá-los. Eu nunca gostei muito desse personagem do Cazarré, mas como eu torcia por um final feliz para Lívia, e se esse final consistia em ela estar com Mariano, eu acabei aceitando os dois juntos no fim das contas. Para completar a felicidade do casal, Lívia ia ter o filho que sempre sonhou, e que pensava nunca poder ter por achar que era estéril. Quanto a Estela, essa foi uma trama bem mal desenvolvida. A novela começou com a promessa de que o nanismo seria abordado no folhetim, mostrando os obstáculos que os anões enfrentam na sociedade em vários sentidos. Mas dentro de poucos capítulos, o nanismo foi ignorado, e tudo o que tínhamos de Estela eram cenas sem graça da anã com a empregada, ambas esquecidas em uma casa no interior do Tocantins porque Sophia não queria a filha anã, da qual tinha vergonha, convivendo com ela na sociedade de Palmas. E para complicar ainda mais a trama de Estela, inventou-se um triangulo amoroso desinteressante entre ela, Juvenal e Amaro. E eu preciso dizer que a personagem de Juliana Caldas se tornou mais uma chatinha na novela por conta disso.
A cena em que Estela visita Sophia no manicômio, e escuta da vilã que é a “filha que ela mais ama”, me lembrou o final de Félix e César em “Amor à Vida”. Porém, diferente da emoção que Mateus Solano e Antônio Fagundes transmitiram na cena de reconciliação, a cena de mesmo teor entre Estela e Sophia é, além de sem emoção, patética e mal formulada… a Sophia estava lá, toda desgrenhada e com a cara sofrida por já estar há algum tempo no Manicômio Judiciário, e ela parecia mais uma louca que não sabia o que estava dizendo do que uma mãe que realmente reconhecia a filha que tanto rejeitou como a mais amada. Não convenceu. Não passou verdade! E mudando de trama, preciso comentar rapidamente sobre o final de Elizabeth, a personagem que mais sofreu em toda a novela. Eu gosto bastante das últimas cenas da personagem. Realizada na vida amorosa com Renan, e também na profissional, estreando em grande estilo com sua grife no SÃO PAULO FASHION WEEK. Achei incrível a novela ter aproveitado a semana de moda mais badalada do Brasil para encaixar cenas de Elizabeth como uma grande estilista.
E já que eu não escrevi textos sobre as tramas dos personagens de Fernanda Montenegro, Lima Duarte e Laura Cardoso, também não poderia deixar de falar sobre esse elenco de peso protagonizando cenas maravilhosas com o talento incontestável de cada um. O romance na terceira idade entre Mercedes e Josafá convenceu bastante, e era lindo de ver … inclusive, uma das cenas mais lindas e emocionantes da novela foi o casamento da vidente com o avô de Clara, com um texto muito bem escrito e uma interpretação maravilhosa de Fernanda Montenegro e Laura Cardoso, onde Mercedes lhe entrega o primeiro pedaço de bolo e sela de uma vez por todas o perdão e a amizade entre as duas, esquecendo as intrigas que Caetana fez no passado para separá-la de Josafá. Mercedes entendendo que tudo foi parte de um plano superior para que eles pudessem se casar na velhice. É um momento lindo, emocionante e delicado. Esses três deram um show em cena. Foi um maravilhoso presente para os telespectadores tê-los no mesmo núcleo da novela.
E falando em Caetana, eu acho que posso dizer que Laura Cardoso já fez de tudo na televisão brasileira. O que mais falta para essa mulher interpretar, minha gente? Até quenga velha ela já viveu em cena, sempre muito profissional e arrasando demais! SENSACIONAL! (kkkkkkk) Aliás, o núcleo bordel da novela era um dos meus favoritos, eu gostei bastante de como o Walcyr abordou a vida das prostitutas do Love Chic… pela noite, elas faziam a alegria dos homens, e durante o dia, cada uma tinha seus dramas, dilemas, e aquela vontade enorme de se casar e virar “mulher honesta”. Afinal de contas, prostituta também é gente, não é mesmo? Prostituta também tem sentimento, e quase sempre ninguém está nessa vida por querer. E isso foi muito bem abordado na trama. Mas voltando a Caetana, ela morre no último capítulo, e a cena de sua partida é linda, com todas as meninas, Mercedes e Josafá, pessoas que fizeram parte de sua vida, ao redor dela para a grande despedida. Mas outra coisa também marcou bastante a despedida da personagem no último capítulo: o seu velório, que foi bem a cara da Caetana.
Depois de se despedirem da grande Diva no caixão, o bordel entra em festa, após a chegada de Pabllo Vittar no Love Chic para fazer a homenagem final a grande Mentora das quengas, cantando o seu hit na trilha sonora da novela, “K.O.”. Eu amei a participação da Pabllo, mas gostaria de frisar que foi bem comédia ver o espírito da Caetana dançando enquanto subia para encontrar a luz… aquilo foi hilário, divertido, cômico e um pouquinho bizarro também (kkkkkkk), mesmo sendo a despedida ideal para a personagem de Laura Cardoso. A cena final da novela é de Fernanda Montenegro. Uma cena que me emocionou e que foi um verdadeiro presente para os fãs da história. Eu achei lindo ela declamando seu texto, que eram as últimas palavras da novela. Achei maravilhosa a estética da cena, e a ideia de irem desmontando o cenário com a personagem ainda em cena, enquanto a câmera se afasta e depois volta fechando naquele close no rosto e no olhar de Mercedes, a personagem vidente que sabia tudo sobre o destino dos demais personagens da novela.
“Esta é a história da Clara. É uma das muitas histórias que acontece no Jalapão, no Tocantins. Quando o mundo acabar só vai restar o Tocantins. Surgirá uma nova civilização, sem guerra, sem ódio, baseada no amor, na fraternidade. Até lá, a luta continua. A luz contra a escuridão. É, e meu Deus, mesmo com sofrimento, com dor… e porque não, com alegria? A gente vai alcançar a luz maior. A luz maior! A luz maior!”
São palavras lindas e poéticas, que comoveram através da interpretação de Fernanda Montenego… Chorei! Ah, como eu vou sentir saudades dessa novela! Walcyr Carrasco, muito obrigado por mais esse sucesso que eu tive o prazer de acompanhar!
FIM!

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