Totalmente Demais – Debaixo do mesmo teto: Parte 1



“NÃO DESISTE DE MIM. PORQUE EU NUNCA VOU DESISTIR DE VOCÊ”
Será que o sonho acabou? Após o vexame na Coletiva de Imprensa, Eliza acredita que sua oportunidade de vencer no concurso chegou ao fim, e, com isso, a chance de conseguir a grana para trazer a mãe e os irmãos para o Rio de Janeiro. Ela conta para o Jonatas tudo o que aconteceu na festa, depois que ele chega no cinema abandonado fedendo a cachaça por conta daquela saidinha para beber umas e outras com o Germano. Então, ele quer dar um abraço que a conforte, mas “está fedendo de verdade” (rs). E é tão fofo a Eliza dizendo que ele pode abraçá-la, porque não se “importa” com o fato de ele não estar cheiroso… e também porque ela “está péssima”, achando que perdeu o emprego. Mas não é bem assim, o Arthur ainda a quer como sua candidata no concurso, e enquanto ela e o Jonatas vão para outro fim de semana na Curicica, a fim de espairecer um pouco, ele procura por ela, e começa a se preocupar em onde ela possa ter se metido, após ter saído feito uma desesperada da Coletiva depois de discutirem feio sobre como ele queria que ela lhe obedecesse em tudo a partir daquele momento.
Na Curicica, o fim de semana é animado, com direito ao Jonatas levando Eliza até para um baile funk. Ela está feliz por ele ter conseguido um emprego na Bastille, porque “ele merece se dar bem na vida”, enquanto ele acha que os dois merecem, e que “para onde for vai levá-la com ele, e também vai sempre ajudá-la” (S2). E já que o concurso “já era”, ele propõe começar uma vida juntos na Curicica, porque para ele o concurso não era real… “real mesmo é trabalhar todos os dias e juntar dinheiro aos poucos” – Não é impossível se tornar uma grande Top Model, mas com as inúmeras tentativas frustradas que tantas garotas sofrem, eu até entendo o Jonatas, quando ele pensa que o concurso era mais uma roubada do que algo que pudesse mudar a vida da sua ruivinha da noite para o dia, sem o grande esforço de ter que batalhar pelo sustento diário. Assim, depois de não gostar muito da ideia de morarem juntos, do tipo casal, Eliza acaba concordando com Jonatas, e aceitando começar uma nova vida ao lado dele.
Mas as coisas ainda mudariam bastante… e isso acontece quando Eliza encontra o recado que o Arthur deixou para ela no cinema abandonado. E eu adoro as traquinagens da Jojô quando Eliza liga para ele a fim de saber o que o Arthur pode estar querendo. A Jojô pensa que ela é a nova “amante” do pai, e resolve mandar aquelas mensagens bem infantis para ofender Eliza – “Vai pro inferno, sua chata!” / “Não me enche o saco, sua idiota” (rs). Eu amo a Giovanna Rispoli nesse papel. Então, Eliza fica muito irada com aquilo, e depois resolve tirar satisfações com o Arthur na Excalibur, enquanto ele fica aliviado com o fato de vê-la novamente – “Eliza, minha ruiva desbocada predileta! Você pode me dizer onde é que você estava?”. E enquanto ela não entende aquele comportamento querido do Arthur, depois de ter recebido aquelas mensagens ríspidas que supostamente ele teria lhe enviado, ele também não entende o porquê de ela estar sendo grosseira com ele quando o chama de “cara de pau”, porque ele a havia xingado e agora a estava tratando daquela maneira, como se nada tivesse acontecido.
Então, ela mostra as mensagens no celular, e o Arthur entende que aquilo foi uma travessura da Jojô… e depois que ele explica tudo, Eliza volta a acalmar os ânimos, e a respirar aliviada por saber que ainda está no concurso. O Arthur garante que ela será a “Garota Totalmente Demais”, só que ele deixa bem claro qual a sua condição para isso: Eliza terá que morar com ele. E é aquele suspense sobre qual será a resposta dela quanto a isso. Ela discute novamente com ele, porque enquanto o Arthur acha que morar com ele é a única forma de ela conseguir um pouco mais de educação, Eliza acha que sua “mãe já lhe deu educação suficiente”. Assim, ele precisa explicar que ser modelo não é apenas “cuidar do cabelo, tomar banho e melhorar o vocabulário… ser modelo é ter atitude”, porque “modelo é uma pessoa que as outras pessoas querem ser”, e ela está longe de ser esse exemplo. Ainda assim, ela continua achando que ele está com segundas intenções, com essa história de ela ter que ir morar com ele, e Eliza se recusa a aceitar essa ideia…
E mesmo com o Arthur lhe dizendo que ela não passará da primeira etapa, porque “ninguém está a fim de uma menina dura, mal-educada e desbocada como ‘Garota Totalmente Demais’”, Eliza continua firme em sua decisão de que “se for para morar com ele, tá fora”. Mas, de cabeça fria, ela acaba mudando de ideia… e o Arthur lhe explica como serão as coisas na casa dele, porque ela não quer saber de “senvergonhice”. Depois de tudo acertado, o difícil para Eliza é ter que revelar para o Jonatas que os planos mudaram, e que ela não vai mais morar com ele na Curicica, e, sim, com o Arthur. E lá vai o Jonatas ficar chateado mais uma vez. É impossível não sentir pena dele enquanto seu sentimento de que está perdendo sua ruivinha só aumenta. Eles acabam discutindo, e isso não é legal, porque o Jonatas acha que o Arthur quer transformá-la em uma “Bonequinha de Luxo”, e que ela vai se vender para ele. E é óbvio que Eliza não gosta dessas palavras – e realmente o Jonatas pegou um pouco pesado. Mas eles logo se entendem e se desculpam um com o outro…
O Jonatas entende o que sua ruivinha quis dizer com aquele “pagar pra ver”. Entende o quanto ganhar aquele concurso é importante para que ela possa trazer sua família para o Rio de Janeiro, e que ela precisa de um lugar melhor para viver. E enquanto ele diz “não quer perdê-la”, Eliza deixa claro que está indo morar com o Arthur, mas que isso não significa que vão deixar de se ver… ela entrega para ele o bilhete que escreveu por achar que não ia mais vê-lo, já que discutiram e ele não estava ali no momento em que estava prestes a ir embora. E aquelas palavras acabam comovendo o Jonatas, e o deixando feliz.
“Pra pessoa mais importante pra mim no Rio de Janeiro. Eu não queria ir embora assim: brigada com você. Mas também não quero perder essa chance que pode mudar minha vida. Minha e da minha família. Hoje sei que você faz parte dela. Mesmo separado, a gente nunca vai ficar longe. Não desiste de mim. Porque eu nunca vou desistir de você.”
Então, Jonatas compreende que ele é, sim, importante para sua ruivinha, e aquilo tudo termina em clima de romance… Depois, ele prepara uma surpresa para ela na última noite dos dois no cinema abandonado. E é uma cena linda! Jonatas consegue recuperar parte do “Luzes da Cidade”, e eles assistem a esse clássico de CHARLIE CHAPLIN, porque a Eliza nunca foi ao cinema. E temos momentos lindos dos dois assistindo ao filme… a Eliza se encanta com a história da florista cega e do vagabundo. Eles se identificam com aqueles personagens – “I, ah lá, ela é florista que nem eu!” / “E ele é vagabundo, que nem eu”. E é tão comovente vê-la envolvida com o filme, que até temos aqueles instantes em que Eliza conversa com os personagens, indignada com algumas injustiças da história… ao lado do Jonatas, ela se diverte, se emocionam, e chora com o filme. E todas essas emoções chegam até nós através da belíssima atuação de Marina Ruy Barbosa e Felipe Simas. Eu acho que esse é um dos momentos mais lindos de JOLIZA na novela (S2 S2 S2 S2). Eu choro com essa cena!
Depois, com o filme incompleto, porque nem toda a fita foi recuperada, a Eliza quer saber como ele termina… mas nem o Jonatas tem noção do final. Então, ele pergunta: “Mas e se fosse a nossa história, você acha que a florista ia ficar com o vagabundo?” / “Ia, sim! Logo, eles se beijam, e o Jonatas e todo carinhoso com ela, dizendo que a ama, que nunca vai lhe fazer nenhum mal, e pedindo para que Eliza confie nele. Dessa forma, sem reservas, Eliza o deixa conduzir o momento, e eles acabam fazendo amor. É uma cena cheia de um romantismo delicado, sensível e terno… é um momento inesquecível para os dois, que ficará para sempre marcado em suas vidas. Eu amo como o roteiro constrói a relação de Jonatas e Eliza, nós não temos o primeiro beijo deles nos primeiros capítulos da novela, e para que eles façam amor, nós tivemos que esperar por um mês de história. Mas isso não faz falta, porque a afinidade entre eles é tão bem construída, tão crível, que eu não me importei em esperar tanto para que algo a mais acontecesse entre eles…
Primeiro veio a amizade, e depois o árduo trabalho do Jonatas para conseguir fazer Eliza confiar nele, por conta do trauma que o Dino deixou nela. E o mais legal dessa relação, nas primeiras semanas de novela, é o fato do Jonatas ser paciente com Eliza… a amizade deles, a forma como ele a ajuda a sobreviver no Rio de Janeiro, e a superar o seu medo de se envolver, já é uma história e tanto. Eu me contentei em esperar o momento certo para vê-los se entregando um ao outro. E é mágica a forma como tudo acontece, o clima é propício quando eles fazem amor, e tinha que ser dessa maneira: depois de um filminho juntos, e no cinema abandonado, o lugar que foi o lar dos dois durante tanto tempo, um lugar que tem muita história, e uma delas é a deles. Enfim! O Jonatas a pede em namoro, mas Eliza nunca teve um namorado, e ela não quer alguém naquele momento, porque “vai embora e não sabe o que vai ser da sua vida”. E mais uma vez o Jonatas acha que ela vai deixá-lo, mas ela garante que eles “nunca vão se separar”, enquanto a gente sabe, que com essas frases afirmativas, algo sempre vai acontecer para afastar um do outro…
Ela diz que “nunca vai esquecer o que aconteceu ali, e muito menos esquecê-lo”. E tudo o que Eliza quer naquele instante, antes de ir conviver definitivamente debaixo do mesmo teto que o Arthur, é que o Jonatas durma junto com ela aquela noite. E é assim que eles passam a última noite no cinema abandonado: juntinhos, porque o amanhã é um novo dia… um dia de mudanças para os dois.

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