Totalmente Demais – A "empresária das ruas"



“JONATAS, COMO É QUE EU FAÇO PRA VIRAR UMA EMPRESÁRIA DAS RUAS TAMBÉM?”
Os primeiros capítulos de uma novela são sempre cheios de acontecimentos. E com “Totalmente Demais” não seria diferente, claro. Temos muitas tramas começando a se desenvolver… mas a melhor de todas, com toda a certeza, é a de Jonatas e Eliza – eles são muito fofos juntos! As coisas nunca foram fáceis para a Eliza, a começar pelo assédio do Dino. Eu acho repugnante ele espiando ela no banho. E depois me enfurece a atitude da Gilda, de dar um tapa na filha quando a Eliza diz que o padrasto “nunca arruma o trinco da porta só para vê-la pelada”. A Gilda trata a Eliza como se ela fosse a culpada por despertar o desejo do padrasto. Eu sei que ela ama a Eliza, isso é fato, mas parece que ela prefere tapar os olhos para não ver que o Dino sempre a está assediando, porque a Gilda vive batendo naquela tecla de que a Eliza tem que entender que o Dino “é bom pra elas”, porque a “acolheu quando estava na pior e cuidou delas”. Bem, isso foi no passado, e a realidade agora é outra: o Dino quer Eliza de uma maneira diferente do carinho de um pai, e é inadmissível que a Gilda veja isso e fique parada diante dessa atitude nojenta dele.
Daí tudo piora para a Eliza, quando o Dino tenta abusar dela mais uma vez. E para se defender, ela quebra uma garrafa e o ameaça feri-lo, enquanto ele diz que “não quer o seu mal”, porque ela é “como se fosse uma filha para ele”. E me dá pena ver Eliza acuada e implorando para que Dino a deixe em paz… então, aquele acidente acontece: Dino escorrega na garrafa que Eliza jogou no chão, batendo a cabeça na mesa de sinuca e desmaiando. Aparentemente ele está morto, e se estivesse mesmo eu não me importaria. Mas a Gilda se importa, e a ideia dela é fazer a Eliza fugir, porque se o Dino morrer “a culpa será dela” – Claramente ela prefere o Dino nesse momento. Então, ela praticamente abandona a filha num momento desesperador… ela pega o dinheiro do caixa do bar e manda Eliza ir embora para bem longe, para não sofrer as consequências de algo que ela não fez contra o Dino – “Desculpa, minha filha. Eu espero que um dia você me perdoe. E que Deus te proteja”. Como assim ela prefere ficar do lado do cachaceiro que assedia sua filha a defendê-la? Difícil de engolir.
E coitada da Eliza, ela nunca saiu de Campo Claro, e agora vai ter que se virar sozinha na vida, sem nem saber o que fazer direito. O Dino, infelizmente, está vivo, e agora ele quer Eliza na cadeia… Eu me emociono quando ela, toda perdida e sem rumo, reza para o pai caminhoneiro, e o Bino aparece para ajudá-la. Então, ela pensa que ele pode ser o seu pai (tadinha), enquanto ele acha que ela fazendo programa na estrada. Ele dá uma carona para ela até o Rio de Janeiro, e o Bino é um querido, dando aquele sanduíche pra ela comer enquanto Eliza é meio rude com ele – eu gosto dessa participação do Stênio Garcia na novela, o Bino, de “Carga Pesada”, é um dos maiores personagens do ator em sua carreira. E a gente entende esse comportamento grosseiro da Eliza. Qualquer homem para ela representa uma ameaça de assédio. No Rio de Janeiro, temos a primeira cena dela com o Jonatas. E lá vai a Eliza ser grosseira novamente, quando o Jonatas lhe oferece uma ajuda por perceber que ela está perdida… mas ela volta atrás e aceita a ajuda dele com o endereço da pensão da Fátima que o Bino lhe deu para se hospedar.
Na pensão, a Eliza é roubada. Então, ela é expulsa de lá por não ter como pagar as diárias adiantado. E tem barraco e até polícia, porque ela sabe que foi a recepcionista da pensão quem a roubou, e quer o seu dinheiro de volta. E eu faria a mesma coisa que ela fez depois que descobre que a vaca da Fátima e a ladra da recepcionista armaram pra cima dela: jogar aquela pedra na janela da pensão e sair correndo da polícia (adoro!)… logo, Eliza vai perambular pelo Rio de Janeiro sem ao menos ter noção do que pode ser o dia de amanhã. Assim, ela se dá conta de que está perdida de vez. E vê-la dormindo em cima de um papelão me comove. E ainda tem o Jacaré e seu comparsa de olho nela. Mas o Wilson a alerta do perigo que é dormir na rua, e depois que ela não consegue uma vaga no abrigo, Eliza vai dormir na porta do Flor do Lácio, e eu acho hilário a Cassandra abrindo a padaria de manhã e dando aquele grito, porque tem uma “mendiga morta ali”. E ela quer jogar creolina na Eliza porque ela é fedorenta (louca). Infelizmente, suas condições são mesmo de uma mendiga.
Eliza acaba reencontrando o Jonatas na roda de capoeira, mas o clima entre eles ainda não é dos melhores, porque novamente ela é grosseira enquanto Jonatas leva na esportiva a marra dela. Eu adoro ele dizendo que ela precisa “tomar um banho” porque não está cheirando bem, e ela revida, dizendo que ele precisa ir “tomar naquele lugar” (kkkkk). Daí vem todo aquele problema dela com o Jacaré e seu comparsa, e o Jonatas percebe que ela corre perigo e vai salvá-la (lindo). Ele luta com o Jacaré e consegue livrar Eliza do bandido… então, os dois saem correndo, e o Jonatas tem aquela ideia de empurrar Eliza pra cima de uma barraca de frutas para que o dono pense que o Jacaré, logo atrás deles, também faz parte da confusão, e ele acaba preso. Depois, o Jonatas é um fofo, a levando para o cinema abandonado para dar abrigo a Eliza. Então, ela não quer entrar lá dentro com ele, porque a gente sabe, ela pode ser durona e bancar a valentona, mas Eliza também sente medo. Assim, ele a convence a “deixar de frescura”, porque o comparsa do Jacaré ainda está solto, e ali é seguro…
É tão fofo ela achando lindo aquele lugar abandonado – “Parece até um palácio!”. E é só aqui que eles se apresentam, mas Eliza ainda não confia em Jonatas, e acha que ele quer abusar dela quando acorda e o vê lhe cobrindo com um cobertor. Falando sério, é todo um processo até ele ganhar a confiança dela. O Jonatas precisa dar toda uma explicação de que só estava querendo cobri-la, e que não ia encostar nela… ele pede pra que ela fique quando Eliza decide ir embora. Dali em diante, as coisas vão melhorando entre eles, e Eliza já não pensa mais que ele é um mendigo como antes. E depois que ela fala sobre querer trazer a mãe e os irmãos para o Rio de Janeiro, ela também quer ser uma empresária das ruas assim como ele – “Jonatas, como é que eu faço pra virar uma empresária das ruas também?”. E daquele jeito esperto e batalhador, ele a ensina a como se transformar na tal empresária das ruas. E eu amo essa parte, porque o Jonatas a leva para aquele Bazar de Caridade do Padre Bento para escolher uns vestidinhos pra ela se vestir melhor, e depois a leva para a bicicletaria do Procópio, que lhe cede o chuveiro sempre que precisa de um banho…
Assim, ele também a leva para o Flor do Lácio, porque é o Seu Hugo quem garante a principal refeição do dia em troca da faxina que o Jonatas dá no lugar, e, dessa vez, ele leva Eliza como assistente, e ela quase arruma mais uma confusão com a Cassandra quando é chamada de mendiga novamente… depois, o Jonatas a ajuda a se torar uma vendedora de flores – e eu adoro essa parte também –, só que ele precisa trabalhar essa marra toda que ela tem, porque Eliza "precisa ser mais sorridente, mostrar mais os dentes, aprender a dizer com licença, obrigado, por favor, essas coisas". O Jonatas não existe, gente! Ele dá o maior apoio pra Eliza, e também cuida dela. E a Eliza realmente tem muito o que aprender com ele… aos poucos, ela vai deixando de ser arisca e marrenta, enquanto ele consegue ir se aproximando dela. E esse momento é tão lindo! (S2) Eu gosto muito de como a parede que os separa vai desmoronando, e a Eliza vai deixando cair toda aquela armadura de durona… mas ainda é todo um processo, que aos poucos vai dando certo. E a essa altura, o Jonatas já está caidinho pela "ruivinha marrenta". Eu amo esses dois! 

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